Time to say goodbye...

Um novo começo

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2 de jul. de 2013

Posted by Natália Lins On 20:06 0 comentários

Das Prateleiras: Cubo


A produção Cubo (Cube) transformou a arte do terror da década de 90 e acabou inspirando outros filmes do gênero como Jogos Mortais (2004) e Armadilhas Mortais (2006). O filme, apesar do baixo orçamento, atingiu sucesso comercial significativo, conquistou muitos fãs e ganhou o status de filme cult.

O longa canadense de 1997 mostra um grupo de seis pessoas que misteriosamente acorda dentro de um intrincado labirinto formado por salas cúbicas interconectadas. Cada sala possui uma armadilha e uma pista para a solução do imenso quebra-cabeça. A princípio a ideia pode parecer um tanto bizarra, mas o espectador logo estará mergulhado naquele universo tentando decifrar o verdadeiro enigma que existe por trás de tudo aquilo.


Mais que um simples terror, existe um forte elemento de thriller psicológico, ao decorrer da história fica claro que as piores armadilhas não estão nos cubos, mas sim dentro de cada personagem e na forma com que ele demonstra lidar com a situação. Cada um possui características que, ao serem somadas, podem ajudá-los a escapar. Porém, essas mesmas características podem fazer com que se prejudiquem ainda mais.


A direção de Cubo é de Vicenzo Natali. Mesmo com atores pouco conhecidos e utilizando de poucos efeitos especiais, o filme consegue ser angustiante e claustrofóbico, o que parece ser sua intenção. O que poderia ser apenas um terror vazio se torna atraente à medida que os detalhes são estampados na tela. O objetivo de terem sido trancafiados ou quem fez o tal cubo não é explicado durante o filme, fica a encargo do espectador e sua imaginação.

As situações de pressão provocam em cada pessoa um efeito colateral, cada um responde de uma forma, insana ou heroica, mas ainda assim nem sempre é previsível. E de acordo com essas reações acabarão criando armadilhas para si mesmos.



17 de jun. de 2013

Posted by Thaís Colacino On 23:55 0 comentários

Das Prateleiras: V de Vingança


"Remember, remember the 5th of November"

De um governo opressor surge uma força que deseja inspirar o povo a tomar o que lhe pertence: o poder. Essa força é uma ideia em forma de homem, o V, que utiliza a máscara de Guy Fawkes, hoje famosa também por ter sido tomada como símbolo dos Anonymous e que faz parte de praticamente todos os protestos no mundo. Portanto, não há momento mais propício para falar de V de Vingança do que agora.

Em uma Londres distópica, após uma guerra civil devastar os EUA, o Reino Unido sofre com um governo autoritário, personificado pelo chanceler Adam Sutler. Nesse cenário, acompanhamos Evey Hammond, funcionária de uma rede de TV, que é salva pelo V que depois destrói um importante prédio. V vê em Evey uma chance de ter uma aliada e de inspirar uma revolução e trazer a liberdade ao povo oprimido. Evey precisa se decidir se o herói dela é a grande ameaça que o governo e a mídia disseram que era.

Hugo Weaving está excelente como V, nunca deixando de lado a máscara, mas ao mesmo tempo conseguindo conferir um carisma que só os grandes atores conseguem, mesmo com limitações ao rosto. Ainda assim, atua com a voz e corpo, tornando V o que ele realmente deseja ser: uma ideia incorruptível.

Natalie Portman como Evey também está ótima, como sempre, sentindo na pele toda a opressão e tortura do governo para qual sempre trabalhou, até dizer um basta. A personagem é inteligente, mas precisou ter contato com V, o ideal da mudança e da revolução popular e sofrer até o limite para entender o que o revolucionário representa e a importância da sua voz no combate a injustiça e autoritarismo.

V de Vingança baseia-se na HQ escrita por Alan Moore e David Lloyd e foi adaptado pelos irmãos WachowskiLevantando questionamentos e trazendo diversas frases que viraram mote para muitos (como "O povo não deveria temer o governo. O governo deve temer o seu povo"), o filme mostra que, mesmo sofrendo, a população precisou da coragem de um gatilho, de uma ideia personificada, para conseguir agir de forma unificada e conseguir mostrar a força que possuíam e conquistar o que realmente desejavam.


11 de jun. de 2013

Posted by Aline Guevara On 22:48 0 comentários

Das Prateleiras: Festim Diabólico


Festim Diabólico (Rope, 1948), o primeiro filme colorido de Alfred Hitchcock, não é tão conhecido quanto clássicos como Psicose, Janela Indiscreta e Um Corpo Que Cai. Mas a obra merece ser lembrada, pois com ela o diretor prova que, diferente do que vemos no cinema atual, é possível fazer um suspense de alta qualidade somente com um cenário e muito diálogo.

Na trama, os estudantes Brandon (John Dall) e Philip (Farley Granger) matam o colega David Kentley (Dick Hogan) para provarem sua teoria de que poderiam cometer o crime perfeito. Para tornar a situação mais desafiadora, eles convidam os pais e a namorada do rapaz assassinado, além do professor Rupert Cadell (James Stewart) para uma reunião em sua casa e usam como mesa para a comida e bebida o baú que guarda o corpo.

Como o filme é baseado em uma peça teatral e tendo praticamente só um apartamento como cenário, os diálogos e as atuações são seu ponto alto. Das conversas banais às provocações que Brandon faz constantemente tentando atiçar a mente do inteligente professor, o roteiro é impecável na tarefa de provocar tensão crescente. E existe um grande trabalho de atuação, principalmente de Granger e Stewart que culmina no clímax de Festim Diabólico e na extraordinária discussão entre os dois.

Philip, Cadell e Brandon
Hitchcock faz um trabalho de câmera excepcional. Festim Diabólico foi todo filmado em poucas tomadas contínuas de quatro a dez minutos e no fim só tem oito cortes. Mas o filme foi editado de forma que nem esses cortes nós conseguimos perceber, parece que ele foi rodado em um único take. Como acompanhamos em "tempo real", parece que a sua duração é bem maior do que somente 80 minutos. O diretor é tão fantástico que consegue deixar o público à beira de um ataque de nervos só de decidir focalizar o baú por vários minutos, enquanto ouvimos a conversa banal dos personagens.

O filme é baseado em uma história real, o caso Leopold-Loeb, no qual dois universitários mataram um colega de uma forma bem parecida a mostrada no filme. 

Apesar do fantástico trabalho de câmera e atuações, uma das coisas mais marcantes no filme são as explanações dos estudantes do porquê realmente mataram o colega. A desconstrução e uso de um conceito filosófico de forma deturpada instiga discussões e divergência de opiniões. O mesmo não se pode dizer da constatação que Festim Diabólico é uma das melhores obras de Alfred Hitchcock.

5 de jun. de 2013

Posted by Thaís Colacino On 21:22 0 comentários

Das Prateleiras: Equilibrium




















Qual o sentido da vida? Para que ser humano?

Equilibrium não é um filme completamente filosófico, apesar de propor um questionamento. Em um futuro distópico, após uma terceira e devastadora guerra mundial, os humanos abriram mão de seus sentimentos em nome da paz e da existência, sendo obrigados a aplicar uma droga todos os dias para suprimir as emoções. Então uma ramificação da lei foi criada, o Clero Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a real fonte de crueldade entre os humanos: a capacidade de sentir, pois há a crença de que as emoções foram culpadas pelos fracassos das sociedades do passado.


A história centra-se em John Preston (Christian Bale) um clérigo do mais alto escalão. Ele cumpre a missão que tem sem questionar - até por não ter razões alguma para questionar, afinal, não tem sentimentos. Infelizmente, ele tem motivos, que ignora.

Lembrando que Equilibrium também é um filme de muita ação e porrada, para agradar a todos. O Clero inventou uma arte marcial que coloca as armas como extensões da mão (eu não saberia explicar de forma melhor), tornando-os ainda mais mortais.

Mas voltando a história. John encontra os criminosos passionais e, como bom clérigo, vai matando todos. Até ele encontrar Mary O'Brien (Emily Watson), que cria diálogos interessantes com John. Afinal, por que existir se não sentimos? Somente para reprodução? E reproduzir só para continuar a existir?

Apesar dos bons questionamentos e ótimas cenas de luta, o roteiro deixa bastante a desejar na terceira parte. Ainda assim, é um filme muito recomendado. E tem o Sean Bean (Ned Stark/Spoiler ambulante).

14 de mai. de 2013

Posted by Natália Lins On 21:53 0 comentários

Das Prateleiras: O Discurso do Rei


Ocupar uma posição na realeza britânica não é o suficiente para se tornar um bom líder do povo. O poder de persuasão e de comunicação é indispensável quando se está em tal posição, como é apresentado em O Discurso do Rei. O cineasta Tom Hooper transformou o longa num exemplar para os admiradores de boas histórias, ainda mais quando, neste caso, elas aconteceram efetivamente. 

A trama roteirizada por David Seidler conta a história de Albert Frederick Arthur George (Colin Firth), pai da atual rainha da Inglaterra, Elizabeth II, que era o segundo na linha de sucessão do Rei George V, depois de seu irmão Edward. Nas vésperas da guerra contra a Alemanha de Hitler ele se vê obrigado a assumir o trono, pois seu irmão havia abdicado devido a interesses pessoais. Sem conseguir proferir uma frase sem gaguejar, George necessita aprender a falar, literalmente.



Com o apoio de sua esposa, a Rainha Elisabeth (Helena Bonham Carter), ele passa a ser atendido pelo excêntrico Lionel Logue (Geoffrey Rush), que tem a difícil tarefa de fazê-lo expressar-se com clareza e eliminar de vez a gagueira que o perseguia desde criança. Sem se aprofundar muito nos verdadeiros motivos da gagueira de George, o filme deixa a encargo do público algumas interpretações ao mostrar a rígida educação da realeza, o que poderia ter interferido no crescimento do indivíduo, deixando-o com traumas profundos que só serão identificados com o passar dos anos. 

Uma produção grandiosa e requintada envolveu o espectador desde os primeiros minutos de filme. Com um roteiro focado em diálogos, O Discurso do Rei teria tudo para se tornar um filme muito sisudo e monótono, porém a linguagem cinematográfica utilizada de forma tão competente o deixou leve e agradável. Os enquadramentos marcantes transmitiram com facilidade as aflições de George e sua dificuldade de se expressar.



A discreta trilha sonora composta por Alexandre Desplat acompanha toda a pressão vivida pelo futuro rei. Responsável pelas trilhas de A Rainha e O Curioso Caso de Benjamim Button, as melodias tocadas em piano renderam ao compositor sua quarta indicação ao Oscar. 

Com um elenco que fez jus a grandeza do longa, o resultado não poderia ser melhor. Colin Firth interpretou o rei George de forma natural e impecável, e o público torce por ele para que consiga vencer de uma vez por toda sua gagueira e possa assim representar sua nação. O Oscar de Melhor Ator foi devidamente merecido. Helena Bonham Carter também surpreendeu a todos que estavam acostumados com seus personagens burlescos, se entregando a um personagem determinado e sensível.



O destaque também vai para o experiente Geoffrey Rush, ousado e autêntico, que deu vida a um dos personagens mais primordiais da trama. Através dele o espectador pode notar o crescimento de George e sua contribuição para que o rei chegasse ao objetivo final. 

Surpreendentemente, o filme que pouco se ouviu falar levou para casa quatro importantes prêmios da 83ª edição do Oscar, vencendo as categorias de Melhor Filme, Diretor, Ator e Roteiro Original - todos mais do que merecidos. O Discurso do Rei é sem dúvida um grande filme que deve ser conferido por você e sua família.




7 de mai. de 2013

Posted by Natália Lins On 23:07 1 comentários

Das Prateleiras: Up - Altas Aventuras


Com histórias carregadas de emoção e sensibilidade a Pixar se supera a cada dia, abrindo mão de heróis valentões e figuras carimbadas que costumamos ver nas telonas, ela cativa o público sedento por histórias inusitadas. 

Muito se questionou quando foi lançado o trailer de Up – Altas Aventuras (2009). Um protagonista velhote e ranzinza que voava com sua casa através de balões não parecia uma história muito atraente. Bastaram alguns minutos de projeção para que o espectador tivesse certeza de que essa premissa funcionaria. 

A trama gira em torno de Carl Fredricksen, um garoto tímido que sonhava em ser um grande explorador para viver muitas aventuras ao redor do mundo. Em meio a um passeio distraído, ele encontra Ellie, uma menina falante que divide as mesmas paixões. A inocente amizade se torna uma bela história de amor que, acabou não lhes trazendo filhos, mas ainda assim tiveram uma vida muito feliz. Já na velhice, Ellie acaba partindo e deixando Carl viúvo e solitário. 



O vendedor de balões aposentado ao perceber que seria mandado para um asilo resolve fugir com casa e tudo (hã?). Ele amarra centenas de balões em sua casa e parte em direção ao lugar que sua querida esposa queria tanto conhecer: as Cataratas do Paraíso. Mas surpresas não faltam ao velho Carl... Quando menos espera surge um turista a bordo, o pequeno escoteiro Russel, atrapalhado como ele só, porém muito prestativo. 

O longa foi divido em duas partes. O primeiro, quando os personagens são apresentados, mostrando o passado do protagonista e o que o motiva a viver uma aventura apesar da idade avançada, alternando entre momentos dramáticos e divertidos. Já no segundo ato, figuras fantásticas são inseridas para adicionar emoção à aventura de Carl e Russel, o ritmo fica mais acelerado e, um vilão surge na tela, o explorador Charles Muntz. E justamente com ele que aparece um problema que salta aos olhos: Muntz já tinha seus 30 e poucos anos quando Carl era apenas um garotinho sonhador, porém, quando se encontram ele não parece muito mais velho do que Carl. 



A relação entre Carl e Russel é o que move a trama. O garoto carente devido à ausência do pai e o idoso que não teve a oportunidade de ter filhos se completam. A jovialidade do menino incentiva Carl a continuar vivendo e, a perceber que a vida pode ser bela ainda, mesmo sem a amada Ellie ao seu lado. 

O filme contou com uma ótima dublagem nacional, a irreconhecível voz de um talentoso ator brasileiro, Chico Anysio, que deu vida ao humor irônico do velho Carl. Além disso, a bela trilha de Michael Giacchino, também merece destaque, assim como uma ótima versão da ópera Carmen

Sensível e divertido, Up – Altas Aventuras mostrou que não se deve duvidar de algo, mesmo que pareça “estranho” ou diferente do que você está acostumado, afinal, a vida é uma caixinha de surpresas...






30 de abr. de 2013

Posted by Bueno Neto On 21:10 0 comentários

Das Prateleiras: Amnésia


Amnésia não é um filme comum, assim como seu diretor Christopher Nolan (que tempos depois ficou mais famoso por dirigir a trilogia Batman). Com perdão do trocadilho é um filme a ser lembrado, serve como uma metáfora e nos mostra como é fácil esquecer todos nossos valores quando somos consumidos por uma obsessão e como ela nos controla.

Como nota vale lembrar que a tradução do titulo original foi a pior possível. Não que Amnésia seja um título fraco, mas o próprio protagonista, Leonard, por diversas vezes explica que não é amnésia que ele sofre, é algo mais complexo, assim como toda trama do filme. 


O grande problema de Leonard (Guy Pearce) é que não tem memória de curto prazo. Esta condição foi causada durante um ataque em que (segundo ele) sua esposa foi estuprada e morta, ele foi agredido e seu cérebro foi danificado. Leonard se lembra de todos os eventos que ocorreram antes de ele ter sido atacado, seus sentimentos são aflorados por ser sua lembrança mais recente, e o sentimento gerado por tudo isso o leva a uma obsessão: sua missão para vingar a morte de sua esposa.


O problema de se ter uma missão e ter apenas a memória de curto prazo é que você pode facilmente se esquecer de terminar de fazer o que começou. Apesar de Leonard usar um sistema de fotos Polaroid e tatuagens com as principais informações que descobriu em suas investigações para acompanhar o que ele está fazendo, cabe a ele decidir o que ele considera importante gravar ou escrever.

Parte da dificuldade de sua missão está em Leonard decifrar os bilhetes que ele escreveu para si mesmo, pois muitas vezes tem tempo apenas de fazer uma anotação rápida do que acabou de acontecer. Em um momento de desespero se ele não conseguir encontrar uma caneta, ou se ele simplesmente optar por não registrar as informações, tudo que descobriu e fez estará perdido e corre o risco que ele faça tudo de novo.


Premissa complicada? Bom, o diretor complica ainda mais, pois o filme é todo contado de trás pra frente, dando a quem assiste a ideia de viver no mundo de Leonard. Não é um filme para mentes preguiçosas e público passivo, ele emerge você em sua atmosfera e assim mostra seu brilhantismo.

23 de abr. de 2013

Posted by Natália Lins On 18:21 0 comentários

Das Prateleiras: À Procura da Felicidade


Com uma proposta singela e envolvente, o longa À Procura da Felicidade cativa o espectador por conta da empatia que o faz sentir pelos personagens e, principalmente, pelos obstáculos enfrentados pelo protagonista que poderiam ser facilmente seus.

Chris Gardner (Will Smith), um homem batalhador que luta para proporcionar uma vida digna a sua mulher, Linda (Thandie Newton) e filho, Christopher (Jaden Smith) mas que, infelizmente não tem muita sorte. Fracassos atrás de fracassos fazem com que sua esposa o deixe sozinho com o filho, a partir desse momento sua vida consegue ficar ainda pior. Quanto mais se esforça para conquistar uma vida estável mais provações surgem em seu caminho, tendo apenas um ao outro para se apoiar.



O roteiro é inspirado na história real de Christopher Paul Gardner, que virou milionário após passar por muitos problemas financeiros na cidade de São Francisco. Portanto, o final feliz acaba se tornando óbvio, mas ainda assim o filme é capaz de envolver o espectador. Com uma "pitada gigante" de drama, pois além de ser baseado numa história triste, é dirigido pelo italiano Gabriele Muccino que foi escolhido pelo próprio Will Smith para conduzir o longa.

Além de toda a dificuldade financeira, À Procura da Felicidade também aborda o relacionamento entre pai e filho, onde o pai é sempre o herói, não importa o que aconteça ou a cabeçada que ele dê, ele será sempre o ídolo dos pequenos. Mesmo passando por muita dificuldade Chris faz de tudo para que nada falte ao seu filho e, todos os dias luta bravamente para que as coisas melhorem.


O carisma de Will Smith merece destaque. Com uma performance surpreendente, o ator que está acostumado a fazer comédias, interpretou muito bem o papel dramático que lhe foi incumbido. A química entre pai e filho ultrapassou a realidade e foi parar nas telonas. Mesmo com um final esperado é impossível não se emocionar com a trama, vale a pena conferir.



16 de abr. de 2013

Posted by Thaís Colacino On 22:43 0 comentários

Das Prateleiras: Meninas Malvadas

Lembra quando Lindsay Lohan era linda, ruiva e fazia filmes muito bons?

Em 2004 foi lançado Meninas Malvadas, roteirizado por Tina Fey (Saturday Night Live e 30 Rock), uma divertida comédia sobre o mundo cruel das garotas, ainda mais no colegial estado-unidense. Com decisões acertadas de atores e diálogos críticos e afiados, o filme foi um merecido sucesso.

Acompanhamos Cady Heron (Lohan), uma estudante recém-chegada da África que aprendia em casa com os pais, que resolvem colocá-la no colégio para que tenha uma vida normal. Ao chegar lá, depara-se com todo tipo de esteriótipo, evidenciado nos lugares da cantina: os nerds asiáticos, os asiáticos legais, os esportistas, os artistas, os drogados e as Plásticas (não lembro como traduziram).

E então algo inesperado acontece: por ser considerada uma 'gostosona', ela é convidada a andar com as Plásticas. Ela aceita para ouvir o que elas dizem e contar para a amiga Janis, e assim descobre o mundo das garotas, no qual precisa depreciar alguma parte do corpo, falar mal de todos os outros, manter a aparência impecável e usar o mínimo possível de roupas no Halloween.

E então Cady se apaixona...pelo ex de Regina George, líder das Plásticas e o diabo em pessoa. E começa um plano para destruí-la.

Lohan, apesar das maluquices da vida pessoal, sempre foi uma ótima atriz, algo que é ressaltado em Meninas Malvadas e que consolidou seu estrelato. Rachel McAdams (Sherlock Holmes), que faz Regina George, apesar de fazer outros filmes antes, também se destacou imensamente, assim como Amanda Seyfried (Os Miseráveis).

Mesmo após tanto tempo lançado, o tema continua atual, evidenciando o mimo que alguns pais fazem e acabam por estragar os filhos, a futilidade de muitos e a maldade do mundo das garotas. Meninas Malvadas é uma comédia para reassistir sempre.

9 de abr. de 2013

Posted by Natália Lins On 22:10 0 comentários

Das Prateleiras: A Casa do Lago


Produção norte-americana dirigida pelo cineasta argentino Alejandro Agresti, A Casa do Lago é um romance baseado em uma história fantástica na qual os personagens se apaixonam e se correspondem com uma diferença temporal de dois anos entre eles. Pode parecer confuso mais o resultado foi muito bom.

A refilmagem do filme sul-coreano Siworae (2000) conta a diferente história de amor entre Kate (Sandra Bullock), uma médica que se muda deixando para trás a casa do lago, onde morou tantos anos, e Alex (Keanu Reeves), um arquiteto cheio de problemas com o pai que muda para a então casa do lago. Por meio das cartas que foram deixadas na caixa de correio, os dois se conhecem e começam a trocar correspondências, porém, logo percebem que a concretização desse amor é praticamente impossível: ele vive em 2004, enquanto ela está em 2006.
 
 


Até aquele espectador mais incrédulo se sentirá atraído pela trama envolvente e bem elaborada. Para todas as situações onde os clichês e a tristeza dos dramas românticos tomariam conta da tela, o drama vem com um toque de humor e deixa a história mais leve e mais fácil de ser digerida.

A química entre Sandra Bullock e Keanu Reeves também contribuiu para o sucesso do longa. Os atores que já haviam estado juntos em Velocidade Máxima (1994) fizeram com que os personagens se tornassem muitas vezes plausíveis para o público e com isso se torna impossível não torcer para que fiquem juntos.
 




Com uma produção tratada com respeito e uma direção fluída, A Casa do Lago se tornou um exemplar de destaque entre as produções do gênero. A situação nada convencional vivida pelo casal serve como metáfora pra um drama real: ambas as partes precisam estar procurando pela mesma coisa quando se encontram, é necessário estar no mesmo "tempo" para que uma relação dê certo.
 

2 de abr. de 2013

Posted by Thaís Colacino On 23:14 0 comentários

Das Prateleiras: Hermanoteu na Terra de Godah


 "Corre negada!" - frase de Moíses, aquele estadista.

Mas, espera aí, essa não é a seção Das Prateleiras? E vai falar de uma peça de teatro? Sim! Porque Hermanoteu na Terra de Godah já foi lançado em DVD!

Na trama da peça acompanhamos Hermanoteu, um típico hebreu do ano zero: camarada, bom pastor e obediente, em sua missão dada por Deus: guiar seu povo à Terra de Godah. No caminho (um cenário estático que representa o deserto) ele peregrina por diversos locais, conhecendo Cleópatra, César, os Godos e, claro, o Diabo.



A temática pode começar a afastar alguns, mas trata-se de uma ótima comédia, feita pelo grupo Os Melhores do Mundo. Adriana Nunes, Adriano Siri, Jovane Nunes, Victor Leal e Welder Rodrigues se revezam no palco para dar vida à diversos personagens enquanto Ricardo Pipo interpreta Hermanoteu. O grupo também e conhecido pelo famoso Joseph Klimber.


Com um enredo basicamente igual, mas com piadas atualizadas para as regiões em que se apresentam, Hermanoteu na Terra de Godah é uma peça hilária, uma ótima sátira, bem produzida e com grandes tiradas, principalmente de notícias atuais (o DVD é de 2009).

26 de mar. de 2013

Posted by Redação Quentin On 14:24 0 comentários

Das Prateleiras: 2 Coelhos


Por Gabriela Saldanha


Cada dia que passa eu percebo que estou ficando mais velha. Não que isso seja ruim, até porque é bom notar que, realmente, a maturidade é algo importante a ser conquistado a longo prazo, mas, já foi o tempo em que saber se a camiseta do uniforme do colégio está limpa "para amanhã" era um problema. Fato é que os adolescentes de hoje, ainda que bem parecidos, já não são os mesmos que os de ontem. É Facebook, Twitter, Instagram, e uma pancada de hashtags a nossa frente (os "velhos" da década de 90).

Certo. Resolvi contrariar uma das regras essenciais ensinadas no primeiro semestre de jornalismo e fiz esse nariz de cera (vulgo, enrolação) para dizer que minha irmã mais nova, é, muitas vezes, a minha principal fonte de notícias sobre o que acontece no mundo (virtual, digamos assim)...

E foi a Rafa quem me convenceu a assistir 2 Coelhos (2012), filme escrito e dirigido pelo estreante Afonso Poyart. "Gabi, é muito loco! Você vai curtir!". Não levei a sério essa "mini crítica" logo de primeira, mas, depois de muitos dias de insistência, (e com uma vontade adormecida de assistir um BOM filme), me rendi à indicação... HEADSHOT! Ela estava certa.

Com uma linguagem gráfica surpreendente e inovadora, trilha sonora e roteiro envolventes, o longa, do gênero ação/policial é capaz de conquistar o público nos primeiros cinco minutos só por não ser mais do mesmo. E o melhor de tudo: é um filme nacional.

Fora dos padrões, está longe de parecer uma novela na telona. A verdade é que cultura pop que se preze tem que ter Tarantino como referência. E é possível perceber traços dessa "escola Tarantinesca" na não linearidade do roteiro, no humor tipicamente sarcástico, nos diálogos nonsenses e na violência escrachada. Diria que Pulp Fiction é o avô de 2 Coelhos.


Edgar (personagem protagonista vivido por Fernando Alves Pinto) é o chamado anti-herói, ou o mocinho politicamente incorreto. O jovem vive (e não há como negar) num mundo nerd, rodeado de videogames, tecnologias e espadas samurai. Mas além desse universo quase de GTA, Edgar está inserido na mais bruta realidade deste país: pobreza, corrupção e selvageria.

A trama que, segundo o diretor, foi feita sob o pano de fundo do ideal sentimento patriota de "fazer justiça", torna-se interessante, pois trabalha muito bem com a questão das elipses de tempo e também abusa dos artifícios gráficos vindos da bagagem profissional do próprio Poyart (originárias da computação gráfica).

Alessandra Negrini (Julia), Caco Ciocler (Walter), Marat Descartes (Maicon) e grande elenco potencializam as críticas (nem tão sutis) aos problemas sociais. Questões até filosóficas como flexibilidade moral, de onde viemos e pra onde vamos, são muito bem expostas nos diálogos, cerca de 80% improvisados (como afirmou o diretor em entrevistas).

É possível brincar com o título (2 Coelhos) e à ele agregar muitos dos pares embutidos da história. Quem ou o que seriam esses dois sujeitos ou coisas... Críticas como: "O filme é muito americanizado e cheio de efeitos especiais" não devem ser levadas em conta, afinal criatividade não se delimita por território e se fosse pra ser reflexo idêntico da realidade a obra se chamaria vida e não filme.


Não faça como eu, não demore muito para assistí-lo. No fim, você também irá curtir!

19 de mar. de 2013

Posted by Natália Lins On 14:00 0 comentários

Das Prateleiras: Um Parto de Viagem



Ao que tudo indica o diretor Todd Phillips acertou o tom certo para fazer comédia, por vezes apelativo mas sem perder a linha, além de gostar de trabalhar com o talentoso ator Zach Galifianakis, que após trabalhar com Phillips em Se Beber, Não Case, aparece com destaque em Um Parto de Viagem (2010). 

Pelo título já é possível imaginar que se trata de um longa no estilo road movie, e conta a história de Peter Higman (Robert Downey Jr.), um arquiteto que precisa viajar de Atlanta para Los Angeles para assistir o nascimento de seu filho. Com a viagem organizada dias antes um imprevisto acontece: ele conhece Ethan Tremblay (Zach Galifianakis), um ator que sonha com o sucesso em Hollywood sem largar seu cachorro Sonny, na porta do aeroporto. A partir desse instante sua vida toma novos rumos. 



Dois personagens completamente diferentes se vêem obrigados a viajar juntos. De um lado o arquiteto típico homem contemporâneo, que faz de tudo para seguir as regras ditadas pela sociedade e do outro, o tresloucado ator, que se perde em meio a suas loucuras e excentricidades. 

Cenas divertidas estão garantidas, porém com um humor nem sempre politicamente correto. O texto também aborda de forma eficiente os dramas dos personagens, que vai além das piadas. A relação de Tremblay com o pai, por exemplo, que foi o responsável pelos traços irritantes na personalidade do jovem. Zach Galifianakis interpretou muito bem o jovem alienado que possui costumes demasiadamente bizarros. 



O queridinho Robert Downey Jr. mesmo interpretando um personagem mais contido também ganhou destaque, como sempre. Ele abriu espaço para Galifianakis mostrar seu talento e fazendo com que se tornassem uma dupla com sincronia perfeita. 

Mesmo parecendo uma história simples e um tanto previsível, Um Parto de Viagem conta com criatividade e humor de qualidade, além da trilha sonora contagiante. Pode não ser uma comédia familiar (tirem as crianças da sala), mas é sem dúvida um ótimo filme e que merece ser assistido.




12 de mar. de 2013

Posted by Bueno Neto On 13:57 1 comentários

Das Prateleiras: Psicose



Psicose de Alfred Hitchcock é um marco na história do cinema. Um verdadeiro clássico e por boas razões. Tudo neste filme leva o toque da arte, a começar por sua filmagem em preto e branco lindo em sua simplicidade e seguindo para cada performance de seus atores, chegando a famosa trilha sonora de Bernard Herrmann, contendo algumas das cenas de maior suspense já filmadas. Qualquer pessoa que se considera um cinéfilo deve ver este filme. 

Psicose é realmente assustador, mas também é um mistério psicológico. Tudo graças a Hitchcock, que é a verdadeira estrela do filme, manipulando o público em cada quadro, esperando o momento perfeito para nos surpreender.

Desde a primeira cena, em que uma mulher e um homem não casados equilibram prazer e culpa em uma ligação na hora do almoço em um hotel barato, Psicose anunciou que estava levando o público a lugares que nunca foi levado antes. E quem o segue não se decepciona.

Na trama Marion Crane (Janet Leigh) é infeliz em seu trabalho, um escritório imobiliário, e frustrada em seu romance. Em uma tarde, Marion recebe de seu chefe US$ 40.000 em dinheiro para ser depositado no banco. Minutos mais tarde, o impulso e ambição a tomam: ela foge com o dinheiro levando também a esperança de deixar Phoenix e começar uma nova vida com sua nova riqueza. Trinta e seis horas depois, paranoia e exaustão começam a se estabelecer e Marion decide parar para passar a noite no Motel Bates, onde o nervoso mas agradável estalajadeiro Norman Bates (Anthony Perkins) alegremente menciona que ela é a primeira hóspede na semana. Existe até tempo para que ele possa divertí-la com histórias curiosas sobre sua mãe. 


Provavelmente quase não existe um fã vivo de cinema que não saiba o que vai acontecer. Talvez ainda menos pessoas não reconheceriam a cena do chuveiro, que é justificadamente a sequência mais famosa do filme. Sabendo ou não, assistir este filme é realmente ver a arte em movimento,  portanto obrigatório para todos que querem apreciar um bom filme.


5 de mar. de 2013

Posted by Natália Lins On 22:35 1 comentários

Das Prateleiras: Megamente



Os vilões sempre entram naquelas listas de caras que amamos odiar, certo? Pois é, na maioria das vezes eles são carismáticos e conquistam o público que na verdade deveria odiá-los. E a DreamWorks está apostando nesse carisma todo e construindo novos vilões tão bons que caíram nas graças do espectador. Foi o que aconteceu com a divertida animação Megamente

Dois planetas de algum lugar do Universo estavam prestes a serem extintos, sendo assim uma nave de cada planeta foi lançada cada qual com um ocupante bem diferente do outro. Enquanto um era bonito e teve a sorte de encontrar uma família com posses e poderes incríveis, o outro caiu dentro de uma penitenciária e, com uma aparência exótica, teve que aprender a lidar com o desprezo e a indiferença. Assim, para sustentar a idéia de que o ambiente molda o indivíduo, o bonitão se torna Metroman, o herói de Metro City e o que sofreu bullying a vida torna o grande vilão: Megamente. 

Metroman baby
Megamente baby

As batalhas entre os dois se tornaram parte da rotina da cidade, porém em meio a mais um embate algo jamais visto antes acontece: Megamente vence o duelo e mesmo sem acreditar vê apenas o que sobrou de Metroman, seu esqueleto. Mas o que faz um vilão sem o mocinho para brigar? O que fazer depois de conquistar o mundo? Ele e seu lacaio fiel, o Criado, estão perdidos, sem saber que caminho seguir. De tanto maquinar ele encontra algo para trazer de volta a aventura em sua vida, mas algo sai muito errado e ele se vê obrigado a assumir um papel que nunca pensou em ter: o de herói. 

Mais uma vez o questionamento sobre os verdadeiros motivos que levam uma pessoa a se tornar o “vilão” da história vêm a tona. As pessoas já nascem com a sementinha do mal ou de acordo com o ambiente em que são criadas se tornam boas ou ruins? Megamente nasceu mau e depois ficou bonzinho ou nasceu bom, ficou mau e depois tornou a ser bom? Isso é no mínimo complexo. Referências a clássicos também não falta, como Superman – O Filme



Uma obra que trata com sutileza temas tão sérios, apresentando diversos conflitos, mas de uma forma leve e divertida, que são absorvidos pelo público naturalmente, ao mesmo tempo em que desenvolve belas sequências de ação. Os roteiristas Alan J. Schoolcraft e Brent Simons conseguiram um resultado com equilíbrio entre as questões mais complexas e a diversão. A trilha sonora agradou muito mais os pais do que os pequenos, contando com nomes como: AC/DC, Guns n’ Roses,Ozzy Osbourne, Michael Jackson e Minnie Riperton, além da trilha original de Hans Zimmer. 

Um longa que mostra que é possível haver bondade e maldade em todos, tudo através de muita risada e descontração. Adultos e crianças, não deixem de assistir Megamente, é sem dúvida um filme imperdível!

26 de fev. de 2013

Posted by Aline Guevara On 22:52 0 comentários

Das Prateleiras: Ratatouille


Quando a Pixar, estúdio conhecido por sua liberdade criativa e produções originais, foi comprado pela Disney, já há muito desgastado na fórmula de produzir animações, muitos se preocuparam com os próximos projetos que surgiriam dessa união. Felizmente o estúdio de Toy Story não só manteve a sua independência como seu primeiro lançamento após a fusão das empresas foi uma das mais criativas animações já feitas: Ratatouille (2007).

Remy tem um talento imenso para cozinhar. Misturando sabores, texturas e aromas, ele consegue produzir resultados culinários incríveis e onde muitos só veem ingredientes que não combinam, este pequeno chef enxerga uma forma de criar um novo prato ainda mais impressionante. E ele também é um rato. Portanto o seu sonho de ser um grande cozinheiro tem poucas chances de se tornar realidade. Afinal, quem gostaria que um rato fizesse a sua comida?

Remy encontra em Linguini, um péssimo cozinheiro mas que consegue emprego no cargo, a sua chance de poder cozinhar em um restaurante parisiense e ter o trabalho reconhecido. Os dois desenvolvem então uma relação de benefício mútuo e uma amizade inesperada.

Com um trabalho de arte fantástico, a animação recria Paris não só em belos planos abertos que mostram a cidade do alto como também em sua periferia, ruelas e becos, contrastando a realidade dos personagens com os objetivos que almejam. 

Os personagens fogem dos esteriótipos tanto em personalidade quanto no visual. Remy não foi criado para ser uma criatura fofinha, ele é um rato que tem uma família de ratos sujos que invadem espaços para roubar comida. Portanto não somos conquistados pelos "olhinhos do Gato de Botas do Shrek" e sim pela simpatia e talento do protagonista. Assim como magrelo Linguini, com um nariz enorme e atitudes um pouco egoístas, está muito longe de ser um herói tradicional. E o crítico de restaurante Anton Ego, que pela aparência cadavérica poderia muito bem ser o vilão da história, mostra uma personalidade muito mais complexa e profunda.

O personagem de Ego proporciona uma bela análise do crítico, respeitando essa profissão muitas vezes tão desprestigiada entre os cineastas. Quando o seu apreço por comida é questionado uma vez que é magro, ele responde enfaticamente: ele não gosta de comida, ele AMA comida e se ele não amar o que está comendo, ele não engole. Ou seja, sua reverência pela arte culinária é tão grande que não aceita que esta não seja tratada com o mesmo respeito que ele mesmo dedica a ela. 

É Ego o responsável por um dos momentos mais bonitos e emocionantes do filme, quando o crítico experimenta pela primeira vez o simples prato de Ratatouille. Da mesma forma como o filme evoca brilhantemente os cheiros e sabores das comidas preparadas por Remy a partir de imagens, neste momento podemos perceber a emoção do personagem e tudo o que aquela comida tão comum, mas ao mesmo tempo tão bem feita, pode representar para o seu apreciador a partir da utilização de um flashback. É o cinema em sua forma mais poderosa e original, quando somente as imagens, sem qualquer adição de texto, podem não só dizer tudo o que precisamos saber, mas como também provocar intensamente nossos sentimentos.

Mas além de uma bela homenagem a arte de forma geral e a provocação à discussão de que "qualquer um pode cozinhar", uma clara metáfora de que o talento pode surgir dos lugares e pessoas mais improváveis, Ratatouille diverte bastante com boas piadas, ação, tensão e uma história emocionante. Recomendação máxima.