25 de jun. de 2012

Perdidos no Espaço da TV: The Killing - final de temporada

Posted by Aline Guevara On 22:54 0 comentários


Rosie Larsen, pouco tempo antes de ser assassinada

Emocionante. Se tem uma palavra que pode definir o final da segunda temporada de The Killing, é esta. Finalmente descobrimos quem matou Rosie Larsen (Katie Findlay) e porque a garota foi vítima da tragédia. Ainda que o caminho percorrido pelos detetives Linden (Mireille Enos) e Holder (Joel Kinnaman) tenha sido tortuoso, apontando diversos outros suspeitos de cometer o crime, sua conclusão foi satisfatória o suficiente para garantir que a jornada valeu a pena.

(Spoilers da temporada) 

Capaz de tudo por poder, Jamie foi um
dos responsáveis pelo destino de Rosie

A solução ficou para o episódio final e descobrimos que Jaime (Eric Ladin), o fiel assessor de Derren Richmond (Billy Campbell), foi o responsável pelo crime. Depois das investigações levantarem diversos motivos para a morte de Rosie (envolvimentos amorosos, ciúmes, vingança), a questão era outra: ela estava no lugar errado e na hora errada. A garota presenciou uma reunião entre Jaime, a dona da reserva indígena e Michael Ames (Barcley Hope) e, no desespero de calá-la, o assessor a persegue e prende no porta-malas do carro. Mas não é só isso, Terry (Jamie Anne Allman), a tia da vítima também teve participação no crime. De fato, foi ela que efetivamente matou Rosie. E a cena em que ela confessa a culpa é dolorosamente triste.

Terry revela a culpa do assassinato de Rosie em uma
cena de partir o coração até dos mais insensíveis
Mesmo após a confissão de Jamie para Richmond, seguida por sua morte pelas mãos de Holder, Linden não acredita que o caso chegou ao fim e tenta esclarecer os detalhes que ficaram obscuros. E é então que chega a conclusão, após investigar o carro de Terry, que ela estava com o amante Ames quando este foi chamado por Jamie no local onde mantinha Rosie encarcerada no porta-malas. Desesperada e infeliz, temendo que o amado não cumprisse a promessa de ficar ela, Terry solta o freio de mão do carro sem saber que estava provocando a morte da própria sobrinha.

É bacana perceber que alguns indícios já haviam sido mostrados na primeira temporada, como a reação menor de Terry à morte de Rosie e a cena que faz com o amante no funeral, quando ele demonstra uma clara repulsa, quando pouco antes pensava em abandonar a família por ela. Claro, uma mudança drástica de atitude depois que a presenciou matar uma garota inocente para ficar com ele.

Família de Rosie ao assistir o vídeo com
seus últimos momentos de vida

Resolveram inserir neste episódio final um flashback dos últimos momentos de Rosie, e, apesar do pouquíssimo tempo em tela, a afeição à personagem é quase imediata, o que torna muito difícil assistir a sua perseguição e ouvir seus gritos enquanto o carro onde está trancafiada afunda no lago. A dor de sua família também nos atinge.

Após o final da primeira temporada muitos ficaram decepcionados com a série por não revelar o assassino de Rosie, estendendo o mistério. Mas a segunda temporada vale a pena. A continuação da trama nos leva a pensar em outros suspeitos e motivos para a morte de Rosie e, apesar de sabermos que estamos sendo enrolados em mais investigações que não vão solucionar o mistério (afinal sabemos que este só será resolvido no final da temporada), cada um dos novos episódios nos mantém grudados na tela e terminamos querendo outro episódio. Isso com uma mistura de atuações fantásticas, diálogos inteligentes e uma história pessoal mais interessante que a anterior.

Linden acaba na ala psiquiátrica por não
conseguir se afastar de seus casos
Nesta temporada também vemos a relação entre Linden e Holder se fortalecer, sendo a amizade e companheirismo de ambos um dos principais motes da série. Também descobrimos um pouco mais sobre o passado da detetive, como o período que passou em um centro psiquiátrico depois de ficar obsessiva com um caso. Melhor do que nunca, Enos transmite toda a complexidade da personagem e sua identificação com as vítimas que quase a leva a loucura.

O episódio final “What I Know” conclui praticamente todas as histórias narradas até aqui. Os Larsem finalmente encontram paz e conseguem rever Rosie em seus momentos felizes, graças a um vídeo que a garota gravara, deixando para trás a amargura que haviam enfrentado até agora. Após ter levado belos sermões de Stan (Brent Sexton) e Terry por ter fugido e abandonado a família, mesmo Mitch (Michelle Forbes) fez jus a redenção. Richmond nem bem assumiu o poder e já parece ter cedido a ele, negociando com pessoas corruptas e envolvidas em criminalidade, negando tudo o que havia pregado até então.

O companheirismo entre Linden e Holder é essencial
para conseguirem resolver o assassinato

Já Holder e Linden, depois de finalmente receberem os merecidos elogios pela conclusão do caso Rosie, são chamados a outra cena de crime. Mas a detetive, em um ato que deve ter exigido muita força de vontade, sai do carro e resolve deixar o assunto para os outros resolverem. Nada mais justo, depois da zona que está a sua vida pessoal em decorrência de sua obsessão pelo trabalho, se dedicar um pouco a ela. Se ela vai conseguir, é outra história.

The Killing não fecha com bons índices de audiência e ainda não dá para dizer se a AMC irá renovar a série. Se não renovar, ao menos a segunda temporada concluiu bem a história e sempre podemos ver a série que original dinamarquesa, Forbryldelsen. Caso renove, estaremos novamente com Holder e Linden e que venham mais investigações!

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