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7 de jul. de 2013

Posted by Natália Lins On 15:17 0 comentários

Meu Malvado Favorito 2 | Crítica





A ótima animação lançada em 2010 Meu Malvado Favorito (Despicable Me) foi uma amostra de que o estúdio de animação Ilumination Entertainment tinha conteúdo para adentrar em um dos mercados mais competitivos do mundo.

Após se passarem três anos Gru (Steve Carell/Leandro Hassum) está de volta as telas em Meu Malvado Favorito 2, agora não mais um vilão e sim um pai muito preocupado com a criação de suas três filhas adotivas, e se esforçando para encontrar a receita ideal para seu novo negócio: geleias e gelatinas. Ele conta sempre com a fiel ajuda das divertidas criaturinhas amarelas, os Minions.


O que move a trama agora é a dificuldade que Gru possui em se relacionar com garotas. Entretanto, seu passado acaba o alcançando quando uma liga Anti-Vilões o convoca para utilizar seus conhecimentos para encontrar um perigoso malfeitor e para isso contará com a ajuda da atrapalhada agende Lucy (Kristen Wiig/Maria Clara Gueiros). Ele precisará então saber lidar com ambas as situações ao mesmo tempo.

Dirigido pela dupla Pierre Coffin e Chris Renaud, Meu Malvado Favorito 2 é composto por várias sequências criativas, porém boa parte delas fica a encargo dos pequenos Minions, que acabam brilhando muito mais do que o próprio Gru - mais um dos casos em que o co-protagonista ganha o maior destaque. Sem dúvida é um longa que lhe renderá muitas risadas, porém o primeiro filme ainda é melhor do que sua sequência. 



Claramente é uma animação mais dedicada aos pequenos, já que as piadas mais simplistas são facilmente compreendidas por eles. Até mesmo pequenos conflitos entre as relações humanas são tratados de maneira superficial e de fácil entendimento, sem grandes questões complexas e reflexivas.

Após o final, o grande questionamento é de que talvez não haja razões para a realização de outra continuação. Conforme já foi anunciado, para 2014 espera-se um derivado de Meu Malvado Favorito, mas um longa que contará apenas com a presença dos Minions.



2 de jul. de 2013

Posted by Natália Lins On 20:06 0 comentários

Das Prateleiras: Cubo


A produção Cubo (Cube) transformou a arte do terror da década de 90 e acabou inspirando outros filmes do gênero como Jogos Mortais (2004) e Armadilhas Mortais (2006). O filme, apesar do baixo orçamento, atingiu sucesso comercial significativo, conquistou muitos fãs e ganhou o status de filme cult.

O longa canadense de 1997 mostra um grupo de seis pessoas que misteriosamente acorda dentro de um intrincado labirinto formado por salas cúbicas interconectadas. Cada sala possui uma armadilha e uma pista para a solução do imenso quebra-cabeça. A princípio a ideia pode parecer um tanto bizarra, mas o espectador logo estará mergulhado naquele universo tentando decifrar o verdadeiro enigma que existe por trás de tudo aquilo.


Mais que um simples terror, existe um forte elemento de thriller psicológico, ao decorrer da história fica claro que as piores armadilhas não estão nos cubos, mas sim dentro de cada personagem e na forma com que ele demonstra lidar com a situação. Cada um possui características que, ao serem somadas, podem ajudá-los a escapar. Porém, essas mesmas características podem fazer com que se prejudiquem ainda mais.


A direção de Cubo é de Vicenzo Natali. Mesmo com atores pouco conhecidos e utilizando de poucos efeitos especiais, o filme consegue ser angustiante e claustrofóbico, o que parece ser sua intenção. O que poderia ser apenas um terror vazio se torna atraente à medida que os detalhes são estampados na tela. O objetivo de terem sido trancafiados ou quem fez o tal cubo não é explicado durante o filme, fica a encargo do espectador e sua imaginação.

As situações de pressão provocam em cada pessoa um efeito colateral, cada um responde de uma forma, insana ou heroica, mas ainda assim nem sempre é previsível. E de acordo com essas reações acabarão criando armadilhas para si mesmos.



29 de jun. de 2013

Posted by Bueno Neto On 07:16 0 comentários

Crítica: Guerra Mundial Z


Em 1968 o diretor George A. Romero lançou seu filme A Noite dos Mortos Vivos ("Night of the Living Dead") e foi nessa obra que surgiram as "regras" seguidas por todos os filmes de zumbis. Claro, havia muitas diferenças dos atuais filmes de mortos-vivos, havia limitações tecnológicas e artísticas, os zumbis eram lentos e podia-se até andar entre eles, as maquiagens pesadas e artesanais davam os aspectos de morte aos cadáveres que andam e repúdio às lancinantes mordidas que deixavam em suas vitimas que lentamente iam tornando-se zumbis.

Romero fez mais de seus filmes dos mortos e seguia sempre suas regras. Todos que eram mordidos se tornavam zumbis, o único modo de matá-los era com tiro na cabeça, e acima de tudo seus filmes serviam de metáfora ao nosso próprio mundo, sempre refletindo o momento social e político da época em que seus filmes foram lançados. Alguns temas eram fortes que são atemporais e servem de meta-linguística para os dias de hoje.

Graças ao talento de Romero toda uma geração de filmes foi lançada usando suas regras, e em Guerra Mundial Z é possível dizer que seu exemplo foi seguido, porém só em sua essência. O filme tentou criar seu próprio caminho e tentou reinventar conceitos. Toda essa renovação trouxe muitos aspectos positivos, alguns negativos  e com certeza se diferenciou dos antigos filmes de zumbis. Em meio a seus pontos bons e ruins podemos ver que de Romero, Guerra Mundial Z não pegou só suas regrinhas para matar zumbis, mas também a ideia de ser a metáfora social seguiu viva (ou morta viva).

Na trama uma misteriosa doença se espalha pelo mundo, transformando as pessoas em zumbis. A velocidade do contágio é impressionante e logo o governo americano recruta um ex-investigador da ONU Gerry Lane (Brad Pitt), para descobrir o que pode estar acontecendo. Gerry abandonou a ONU para se dedicar a sua família, mas para manter sua esposa e filhas a salvo do contágio no porta aviões do exército, ele precisa aceitar a missão. Agora, ele tem que  percorrer o caminho inverso da contaminação para tentar entender as causas ou, ao menos, identificar uma maneira de conter o contágio até que se descubra uma cura antes do apocalipse.

Mesmo que o conceito de mundo pós-apocalítico zumbi já tenha sido explorado em outros filmes e séries, Guerra Mundial Z se destaca por mostrar um cenário mundial como seu título informa. Podemos ter vislumbres de como alguns países tentaram conter contágio ou como sofreram com ele. A dinâmica narrativa utilizada para nos mostrar isso foi excelente, começando de um pequeno universo de um núcleo familiar e aos poucos ampliando o cenário, e da angústia e preocupação da família sobreviver passamos para o cataclisma se abatendo na cidade, logo o país dominado e o estado dos outros países. 

O filme soubefazer sentir boas doses de emoções em várias cenas, principalmente em seu primeiro arco narrativo. Somos acometidos pela sensação de urgência que o momento carrega, e até mesmo desorientação, já que nesse primeiro momento de correria não se consegue diferenciar os infectados atacando a esmo de simples pessoas correndo para salvar suas vidas. Infelizmente, a emoção que faltou foi terror devido a decisão dos produtores de pegar censura 13 anos, pois o filme sacrifica as cenas mais intensas de medo, evitando mostrar uma maior violência ou mesmo sangue.

Mas se o terror clássico foi sacrificado, sobra suspense e horror de sobrevivência, e o que falta a câmera mostrar friamente, sobra em subentendidos e muita correria. 

Brad Pitt está carismático em seu personagem e mesmo que por muito tempo ele se torne o principal foco do filme, não o torna cansativo. Nem mesmo os habituais clichês de filmes de zumbis podem ser vistos como falhas; alguns deles até fariam falta se não aparecessem. As cenas de computação gráficas surpreenderam principalmente porque nos trailers os zumbis de CG pareciam muito falsos e no filme pronto estão realistas e medonhos.

Resumindo Guerra Mundial Z é muito divertido, sabe manter o pique e interesse mesmo se dispersando e sendo levado a diversos locais do mundo. O filme consegue mostrar bem o raciocínio de Pitt e, apesar de não ser um horror tão descarado, mantém o clima de suspense e sobrevivência que não vemos há um tempo nos cinemas.

24 de jun. de 2013

Posted by Aline Guevara On 19:00 0 comentários

Lista da semana: Distopias no cinema

Imagine só uma nação onde o desemprego é menor que 1%, a criminalidade é baixíssima e a população vive tranquila... Isto porque durante uma noite por ano, todos os crimes são permitidos sem qualquer punição. Uma noite em que as pessoas podem expurgar todo o seu ódio e violência contra os outros. 

Essa é a premissa de The Purge (chegará ao Brasil como Uma Noite de Crimes), uma distopia futurista que está fazendo sucesso na bilheteria dos EUA e já é o filme mais rentável do verão americano dos últimos 25 anos. Isto porque a produção custou somente 3 milhões de dólares e arrecadou no primeiro fim de semana 36,4 milhões. 

Mas distopias (que é um ramo da ficção que mostra o contrário da utopia, ou seja, um mundo onde as características negativas imperam) são frequentes no cinema. Confira algumas delas na lista abaixo:



Farenheit 451 (1966)

Imagine um futuro no qual você não pudesse ler absolutamente nada. Em Farenheit 451 a prática se torna crime punível de prisão e livros são queimados em praça pública. Para controlar a população e impedir que esta saia da alienação alimentada pela televisão, pelo consumismo e palas drogas, o governo não permite que haja brechas para as pessoas pensarem, analisaram e questionarem.



Idiocracy (2006)

Nem toda distopia precisa ser levada a sério, afinal a comédia também pode ser uma forma de crítica. Na sátira do diretor Mike Judge, Joe (Luke Wilson) e Rita (Maya Rudolph), perfeitos espécimes americanos medíocres e burros hibernam durante 500 anos. Eles despertam em um mundo onde o consumismo e propaganda ferrozes, além docombate ao intelectualismo, geram uma população com um nível extremo de estupidez. Resultado: Os dois se tornam as pessoas mais inteligentes do planeta.



V de Vingança (2006)

Ultimamente, o uso da máscara símbolo do herói da HQ de Alan Morre está "na moda". Inspirada no rosto do inglês Guy Fawkes (homem que tentou explodir o Parlamento do Reino Unido e acabar com o rei protestante Jaime I, assim como com seus parlamentares), ela ficou famosa em V de Vingança, no qual o anárquico protagonista inicia uma elaborada campanha para derrubar o Estado totalitário, que reprime a população controlando a mídia, a vigia através de câmeras, mantém uma polícia secreta e campos de concentração.



Laranja Mecânica (1971)

Clássico de Stanley Kubrick e adaptado do livro homônimo de Anthony Burgess, o filme aborda um tipo diferente de distopia. O totalitarismo do governo existe, mas em respostaste cria uma onda de violência onde as gangues dominam as ruas, como a do protagonista Alex DeLarge (Malcolm McDowell). E a violência gera outro tipo de resposta extrema por parte do Estado.



Jogos Vorazes (2012)

No melhor estilo pão e circo (com um pouco menos de pão e muito mais de circo), o governo instaura um reality show extremamente violento em que jovens são atirados em um ambiente e só sobrevivem se matarem uns aos outros. Parte da população, a que gera os "tributos" se mantém reprimida pela violência da situação, outra parte vê nos jogos uma forma de glória (visão propagandeada pela mídia). A terceira e última parte da população, aqueles que moram na Capital, assiste a tudo isso deliciada e permanece extremamente alienada a tudo mais que os governantes fazem.



Wall-E (2008)

Entre as distopias, tem espaço até para animação. O filme da Pixar explora a ideia de que o ser humano torna o planeta tão insustentável graças a poluição e o lixo acumulado que precisa abandoná-lo, e para limpar a Terra é deixado o simpático robozinho Wall-E. Ao longo do filme descobrimos também que, ainda por cima, a população terráquea que vive em uma nave gigantesca é tão sedentária quanto obesa - eles nem andam, se locomovem através de um meio de transporte flutuante e dependem de sistemas automáticos.



Filhos da Esperança (2006)

Adaptado do romance The Children of Men, de P. D. James, a trama mostra um futuro em que ao longo de duas décadas as mulheres têm estado estéreis e esta situação mundial, e consequente fim da raça humana, levou a inquietação, violência e caos na sociedade. É neste cenário que Theo (Clive Owen) acaba envolvido com o plano de sua ex-mulher Julian (Julianne Moore) de levar Kee (Claire-Hope Ashitey) até um local seguro junto a cientistas que buscam a cura para a infertilidade - afinal a moça está grávida. E em um mundo em que a paranoia está instaurada e a população não vê um bebê há quase vinte anos, todos vão tentar se apoderar da garota.



Matrix (1999)

"A colher não existe". No filme, vemos máquinas de inteligência artificial controlando e manipulando a mente da imensa maior parte da população através da ilusão que é a Matrix. Os corpos humanos no mundo real é usado como baterias. Aqueles que conseguiram escapar deste destino formam uma rebelião para combater as máquinas e trazer de volta a realidade e a liberdade às outras pessoas.



Equilibrium (2002)

Nem todo o governo totalitário controla a população através da violência. Em Equilibrium um governo totalitário que se formou após a 3ª Guerra Mundial mantém a sociedade sob controle através de uma droga chamada Prozium, que elimina que anestesia e suprime os sentimentos. O Estado acredita que foram as emoções humanas, voláteis e descontroladas, que foram as causas dos fracassos do ser humano através dos tempos. 



Blade Runner - O Caçador de Androides (1982)

A distopia das distopias. O filme de Ridley Scott evidencia claramente o conceito de "high tech, low life", ou seja, alta tecnologia e baixa qualidade de vida. Na trama, o grande conhecimento científico possibilita a criação de androides que podem ser confundidos com seres humanos e são conhecidos como replicantes. Estes são mandados para trabalhar em colônias fora da Terra e aqueles que tentam conviver com os humanos são exterminados. Apesar do avanço tecnológico, as pessoas precisam conviver com problemas graves como a superpopulação, a falta de organização e sujeira urbanas, além da criminalidade que é a solução de muitos para conseguir sobreviver. 

Posted by Natália Lins On 12:43 1 comentários

Crítica: Universidade Monstros

Há mais de dez anos surgiu nas telonas a envolvente história da improvável amizade entre um monstro grandalhão e coberto de pêlos, mas com um enorme coração, Jimmy Sullivan, o olhudo verde e neurótico Mike Wazowski e a adorável garotinha Boo. Monstros S.A. (2001) conquistou o público, se tornando um dos mais queridos filmes da parceria Disney/Pixar. O encerramento da história da bela amizade entre os três deixou um gancho para uma possível continuação.

O fato é que, justamente por terem deixado um final em aberto, ficou por conta de cada fã imaginar o que poderia ter acontecido após o reencontro de Sully com a pequena Boo. Sendo assim, o trio de roteiristas, Robert L. Baird, Daniel Gerson e o diretor Dan Scanlon, resolveu lançar o prelúdio Universidade Monstros, que conta a história de como Mike e Sullivan se conheceram, colocando agora o "zoiudinho da mamãe" como centro das atenções.


Diferente do que pensamos os dois nem sempre foram melhores amigos. Mike sempre se esforçou muito para entrar na universidade, pois queria ser um monstro terrivelmente assustador, enquanto Sullivan contava apenas com seu visual e sobrenome famoso para se destacar. É claro que surgiu uma rixa logo de cara, mas quando perceberam que isso prejudicaria o futuro acadêmico de ambos, deixaram o orgulho de lado e se uniram a fraternidade Oozma Kappa, formada por um grupo de deslocados e excluídos, para provarem que eram verdadeiros assustadores.

Baseada no campus universitário americano de elite, a Universidade Monstros tem um visual impressionante, fiel à realidade, e a instituição conta com ambientes que abrigam os mais diversos tipos de monstros. Mas a Disney/Pixar sabe que além do padrão de excelência visual um bom roteiro é igualmente importante e assim o longa acertou em todos os requisitos.


Uma história que vai muito além da diversão, Universidade Monstros se aprofunda em questões sociais e morais. Por trás de todas as cenas de ação, referência a filmes universitários e piadas existe uma preocupação em mostrar os conflitos emocionais vividos por Mike e Sullivan. O autoconhecimento e a aceitação de si é o que sustenta a trama.

Com um final surpreendente o longa mostrou que é possível existir um final feliz diferente do que se almeja, pois nem sempre aquilo que você quer é o que realmente será bom para você. Uma produção que faz as crianças rirem e os adultos pensarem.




17 de jun. de 2013

Posted by Thaís Colacino On 23:55 0 comentários

Das Prateleiras: V de Vingança


"Remember, remember the 5th of November"

De um governo opressor surge uma força que deseja inspirar o povo a tomar o que lhe pertence: o poder. Essa força é uma ideia em forma de homem, o V, que utiliza a máscara de Guy Fawkes, hoje famosa também por ter sido tomada como símbolo dos Anonymous e que faz parte de praticamente todos os protestos no mundo. Portanto, não há momento mais propício para falar de V de Vingança do que agora.

Em uma Londres distópica, após uma guerra civil devastar os EUA, o Reino Unido sofre com um governo autoritário, personificado pelo chanceler Adam Sutler. Nesse cenário, acompanhamos Evey Hammond, funcionária de uma rede de TV, que é salva pelo V que depois destrói um importante prédio. V vê em Evey uma chance de ter uma aliada e de inspirar uma revolução e trazer a liberdade ao povo oprimido. Evey precisa se decidir se o herói dela é a grande ameaça que o governo e a mídia disseram que era.

Hugo Weaving está excelente como V, nunca deixando de lado a máscara, mas ao mesmo tempo conseguindo conferir um carisma que só os grandes atores conseguem, mesmo com limitações ao rosto. Ainda assim, atua com a voz e corpo, tornando V o que ele realmente deseja ser: uma ideia incorruptível.

Natalie Portman como Evey também está ótima, como sempre, sentindo na pele toda a opressão e tortura do governo para qual sempre trabalhou, até dizer um basta. A personagem é inteligente, mas precisou ter contato com V, o ideal da mudança e da revolução popular e sofrer até o limite para entender o que o revolucionário representa e a importância da sua voz no combate a injustiça e autoritarismo.

V de Vingança baseia-se na HQ escrita por Alan Moore e David Lloyd e foi adaptado pelos irmãos WachowskiLevantando questionamentos e trazendo diversas frases que viraram mote para muitos (como "O povo não deveria temer o governo. O governo deve temer o seu povo"), o filme mostra que, mesmo sofrendo, a população precisou da coragem de um gatilho, de uma ideia personificada, para conseguir agir de forma unificada e conseguir mostrar a força que possuíam e conquistar o que realmente desejavam.


11 de jun. de 2013

Posted by Thaís Colacino On 23:33 1 comentários

Lista da semana: Casais mais estranhos


Ah, o Dia dos Namorados chegou! É tudo tão belo e romântico, assim como os casais dessa lista. Ou não, porque nem todos são casais. Alguns deles tem somente um lado achando que tem um relacionamento, outros só formam uma dupla, mas não há como negar que há um carinho, mesmo que estranho, entre eles!

Jack e Sally, O Estranho Mundo de Jack



Um dos casais mais fofos da lista, Jack Skellington, o rei do Halloween e Sally, uma boneca-experimento de pano se completam. Ela traz a lógica para Jack, tão sonhador que acaba não vendo os problemas em que pode entrar.


Beetlejuice e Lydia, Os Fantasmas se Divertem



Ok, eles não são exatamente um casal, estão mais para uma 'dupla dinâmica'. Eles até iam se casar, mas no fim, ficou tudo na amizade. Até porque ele nem está vivo mesmo.


Mortícia e Gomes, A Família Adams




Um casal romântico com filhos adoráveis e um estilo de vida sem igual. Ou mais ou menos. São um tanto parecidos com o casal abaixo. Mas ainda assim, icônicos e apaixonados!


Herman e Lily, Os Monstros



Amor que vai durar a vida inteira... ou até mais! O casal que reside na Rua Pássaro Preto 1313 mostra que existe amor até nas famílias mais estranhas. Tanto é que, do fruto desse amor, nasceu o pequeno Edward Monstro.


Sweeney Todd e Mrs. Lovett, Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet


Outro casal que não é bem um casal, pelo menos não fora da cabeça da Mrs. Lovett. Sweeney está sendo levado pela multidão, tendo sua cúmplice bem estabelecida e focado na vingança, enquanto ela quer um marido como ele. Tem gosto para tudo.


Tyler Durden e Marla Singer, Clube da Luta




Um casal desfuncional, que baseia muito da relação em sexo e tem dois protagonistas muito destrutivos - para não dizer loucos. Mas no fim, tudo dá certo.


Edward Mãos de Tesoura e Kim, Edward Mãos de Tesoura 


O casal com a história mais triste, pois contos de fadas nem sempre terminam com um final feliz. Há de tudo nessa bela história: o conflito inicial, a pureza do amor e a vitória sobre as adversidades.


Chucky e sua noiva, A Noiva de Chucky


Chegando na parte de bizarrices, temos Chucky e sua noiva. Era mais estranho quando ela era uma mulher querendo um boneco e depois ela mesma foi transformada/aprisionada em um. E ainda vai ter filhos. E se apaixonou pelo Chucky. O amor é cego, surdo, sem noção e sem tato!


Davy Jones e Tia Dalma, Piratas do Caribe: O Baú da Morte



Sabe aquele casal que tenta alterar o outro, dominar e mandar e só acabam brigando? É bem Davy Jones e Tia Dalma. Ela, a deusa do mar,Calypso, foi brincar com o mortal apaixonado, que fez tudo o que ela queria. Furioso e obcecado, ele faz tratos nefastos para aprisioná-la em um corpo mortal. Depois arranca o próprio coração para não sentir mais o amor. E ela lança uma maldição sobre ele, agora meio-homem meio-peixe. O amor machuca!


Donkey/Burro e Dragoa, Shrek


O Burro e a Dragoa... Mais um lindo conto de fadas do mundo de Shrek, mostrando que o amor supera todas as limitações: de fisionomia, raça, falta de comunicação e atração. E não sabemos bem como -ou pelo menos, o Burro não sabe- tiveram filhinhos!

Posted by Aline Guevara On 22:48 0 comentários

Das Prateleiras: Festim Diabólico


Festim Diabólico (Rope, 1948), o primeiro filme colorido de Alfred Hitchcock, não é tão conhecido quanto clássicos como Psicose, Janela Indiscreta e Um Corpo Que Cai. Mas a obra merece ser lembrada, pois com ela o diretor prova que, diferente do que vemos no cinema atual, é possível fazer um suspense de alta qualidade somente com um cenário e muito diálogo.

Na trama, os estudantes Brandon (John Dall) e Philip (Farley Granger) matam o colega David Kentley (Dick Hogan) para provarem sua teoria de que poderiam cometer o crime perfeito. Para tornar a situação mais desafiadora, eles convidam os pais e a namorada do rapaz assassinado, além do professor Rupert Cadell (James Stewart) para uma reunião em sua casa e usam como mesa para a comida e bebida o baú que guarda o corpo.

Como o filme é baseado em uma peça teatral e tendo praticamente só um apartamento como cenário, os diálogos e as atuações são seu ponto alto. Das conversas banais às provocações que Brandon faz constantemente tentando atiçar a mente do inteligente professor, o roteiro é impecável na tarefa de provocar tensão crescente. E existe um grande trabalho de atuação, principalmente de Granger e Stewart que culmina no clímax de Festim Diabólico e na extraordinária discussão entre os dois.

Philip, Cadell e Brandon
Hitchcock faz um trabalho de câmera excepcional. Festim Diabólico foi todo filmado em poucas tomadas contínuas de quatro a dez minutos e no fim só tem oito cortes. Mas o filme foi editado de forma que nem esses cortes nós conseguimos perceber, parece que ele foi rodado em um único take. Como acompanhamos em "tempo real", parece que a sua duração é bem maior do que somente 80 minutos. O diretor é tão fantástico que consegue deixar o público à beira de um ataque de nervos só de decidir focalizar o baú por vários minutos, enquanto ouvimos a conversa banal dos personagens.

O filme é baseado em uma história real, o caso Leopold-Loeb, no qual dois universitários mataram um colega de uma forma bem parecida a mostrada no filme. 

Apesar do fantástico trabalho de câmera e atuações, uma das coisas mais marcantes no filme são as explanações dos estudantes do porquê realmente mataram o colega. A desconstrução e uso de um conceito filosófico de forma deturpada instiga discussões e divergência de opiniões. O mesmo não se pode dizer da constatação que Festim Diabólico é uma das melhores obras de Alfred Hitchcock.

Posted by Aline Guevara On 14:16 0 comentários

Crítica: O Grande Gatsby


Adaptado do romance de F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsby traz a tona o estilo inconfundível do diretor Baz Luhrmann. A exuberância, as cores, as construções de cena quase teatrais são marcas registradas do diretor e seu novo filme abraça todas essas características.

Quem é Jay Gatsby? Uns dizem que ele é primo de um príncipe alemão, outros dizem que é um espião. Alguns afirmam categoricamente que já matou um homem. Mas quase ninguém conhece o seu rosto. O Grande Gatsby mantém o mistério sobre o personagem e suas motivações durante uma boa parte do filme.  

O filme acompanha o jovem e inocente Nick Carrraway (Tobey Maguire) que chega à Nova York com a pretensão de estudar e conseguir subir no seu emprego na Bolsa de Valores, mas se vê seduzido pelo estilo de vida da alta sociedade nova-iorquina com suas festas estonteantes e bebidas à vontade. E tudo muda em sua vida após receber o convite para uma das festas megalomaníacas de seu misterioso vizinho, Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio). 

De uma hora para outra, sem muitas explicações, Nick se transforma no melhor amigo do milionário, que o narrador relembra como a melhor pessoa que já conheceu. Mas a aproximação, ainda que gere uma amizade sincera, acaba por se mostrar uma forma de Gatsby chegar mais perto de Daisy (Carey Mulligan), a jovem e bela prima de Nick que é casada com o arrogante Tom Buchanan (Joel Edgerton). 

A exuberância usada por Baz Luhrmann evoca bem a Nova York efervecente que Carraway descreve, a cidade de acordo com os milionários e quem consegue usufruir desta riqueza. Ao mesmo tempo, é impressionante o contraste entre as moradas de Gatsby e dos Buchanan, e a parte miserável onde moram os trabalhadores locais. Assim como Moulin Rouge e Romeu + Julieta, o diretor permite que o pop moderno adentre a atmosfera do filme com uma trilha sonora que vai de Lana Del Rey a Jay-Z.

O Grande Gatsby conta com um ótimo elenco e a escolha por Leonardo DiCaprio para viver o milionário foi acertada. O ator encarna perfeitamente o carisma e a paixão necessários, assim como mantém a aura de mistério sobre o personagem. Já Tobey Maguire desperta quase que instantaneamente toda a nossa simpatia em relação a Nick, enquanto que Carey Mulligan faz um excelente trabalho criando uma Daisy dúbia.

Nick explana sobre o sonho incorruptível de Gatsby, abstendo-o de culpa sobre tudo o que ele faz para atingir tal intento. Mas é evidente que o Gatsby que conhecemos é uma forma idealizada que Nick projeta, assim como era Daisy na mente do milionário. Em determinado momento do filme, o narrador presencia um momento que Gatsby perde a calma e assusta todos com um surto de ódio, e percebe que ele poderia de fato ter matado um homem, como os boatos indicavam. 


O Grande Gatsby de Luhrmann pode soar operístico e dramático demais, distanciando-se da obra de Fitzgerald, mas o estilo funciona muito bem nesta narrativa que parte da mente perturbada de seu narrador. 

10 de jun. de 2013

Posted by Thaís Colacino On 00:04 0 comentários

Crítica: Depois da Terra


Depois da Terra é um filme que, apesar do grande orçamento, não tem muita ambição narrativa. Com uma história simples, entrega exatamente o que promete. E não é muita coisa.

A história se passa mil anos após eventos forçarem os humanos a se retirarem da Terra para Nova Prime, um novo lar. O General Cypher Raige volta para casa depois de muito tempo longe da família e afirma que irá fazer "um último trabalho" antes de se aposentar. Para tentar estreitar os laços com o filho, Kitai, Raige o leva para a missão, mas uma chuva de asteroides os faz desviar dos rumos, levando a um lugar onde tudo evoluiu para matar humanos: a Austrália a perigosa e desconhecida Terra. Raige está ferido e sobra a Kitai a missão de tentar enviar o sinal de ajuda para resgatá-los antes que sejam mortos.


O problema é que Depois da Terra é isso: uma trama simples e previsível do início ao fim. As atuações também não ajudam muito. Will Smith, apesar de ser um ótimo ator, entrega um General que não tem medo, mas parece não ter nenhum outro sentimento, nem mesmo revendo a esposa após tanto tempo, levando um presente como forma de afeto.

Já Jaden Smith é basicamente um garoto assustado, mas isso é da história. Porém, nos momentos em que ele deve mostrar emoções, também escorrega e soa forçado demais, até por que os motivos parecem inverossímeis. Para falar a verdade, a cena mais emotiva vem de alguns animais e não da dupla principal.


Há também um outro questionamento que o público pode fazer: se os humanos não estão na Terra há mais de mil anos, por que todos os animais de lá evoluíram para matá-los?

Não mostrando nada de novo, Depois da Terra segue uma história linear, sem reviravoltas, mostrando uma família tentando se entender, com um clímax curto e nem um pouco emocionante. Alguns disseram que o filme serve como uma analogia à fama de Will Smith e seu filho, Jaden, tentando superá-lo ao seguir seus passos. Aparentemente, se Jaden fizer tudo o que Will manda, ele terá sucesso. E, sinceramente, esse foi o sentido mais profundo que o filme passou.

5 de jun. de 2013

Posted by Thaís Colacino On 21:22 0 comentários

Das Prateleiras: Equilibrium




















Qual o sentido da vida? Para que ser humano?

Equilibrium não é um filme completamente filosófico, apesar de propor um questionamento. Em um futuro distópico, após uma terceira e devastadora guerra mundial, os humanos abriram mão de seus sentimentos em nome da paz e da existência, sendo obrigados a aplicar uma droga todos os dias para suprimir as emoções. Então uma ramificação da lei foi criada, o Clero Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a real fonte de crueldade entre os humanos: a capacidade de sentir, pois há a crença de que as emoções foram culpadas pelos fracassos das sociedades do passado.


A história centra-se em John Preston (Christian Bale) um clérigo do mais alto escalão. Ele cumpre a missão que tem sem questionar - até por não ter razões alguma para questionar, afinal, não tem sentimentos. Infelizmente, ele tem motivos, que ignora.

Lembrando que Equilibrium também é um filme de muita ação e porrada, para agradar a todos. O Clero inventou uma arte marcial que coloca as armas como extensões da mão (eu não saberia explicar de forma melhor), tornando-os ainda mais mortais.

Mas voltando a história. John encontra os criminosos passionais e, como bom clérigo, vai matando todos. Até ele encontrar Mary O'Brien (Emily Watson), que cria diálogos interessantes com John. Afinal, por que existir se não sentimos? Somente para reprodução? E reproduzir só para continuar a existir?

Apesar dos bons questionamentos e ótimas cenas de luta, o roteiro deixa bastante a desejar na terceira parte. Ainda assim, é um filme muito recomendado. E tem o Sean Bean (Ned Stark/Spoiler ambulante).

1 de jun. de 2013

Posted by Natália Lins On 17:04 2 comentários

Crítica: Se Beber, Não Case - Parte III


Após o segundo capítulo da trilogia, ficou claro que não daria para repetir a fórmula do primeiro filme, lançado em 2009. Se Beber, Não Case - Parte III (Hangover Part III) inicia com muita ação, bem diferente dos outros capítulos da franquia. Uma rebelião em um presídio de Bangcoc e um desastroso acidente em uma estrada dá início à nova aventura do quarteto, tudo com muito humor negro, assim como em todos os longas anteriores.

O filme, dividido em dois atos, conta com as situações mais engraçadas no primeiro deles, já no segundo, o público dará algumas risadas pontuais. A família de Alan (Zack Galifianakis) está muito preocupada, pois, há seis meses ele não toma sua medicação e está cada dia pior. Em reunião com os amigos, eles decidem que precisam interná-lo em uma clínica para melhorar seu comportamento. A nova missão fica por conta do "Bando de Lobos", que resulta novamente no sequestro de Doug (Justin Bartha).

Os acontecimentos a seguir distanciam o filme da comédia quebra-cabeça das aventuras anteriores e se torna um filme de ação com situações bizarras. O grupo se vê obrigado a ir para Tijuana, situada na fronteira EUA-México, para encontrar Mr. Chow (Ken Jeong) para entregá-lo ao Marshall (John Goodman), chefão do crime, que graças a um flashback se descobre que ele foi mencionado no primeiro filme.



O bando volta para Las Vegas, onde já haviam estado no primeiro longa. Até Jade (Heather Graham), a garota de programa com quem Stu (Ed Holm) se casou, aparece com seu filho Carlos em uma cena rápida, que serve para mostrar Alan dando um passo em direção ao amadurecimento. Além da cena em que conhece Cassie (Melissa McCarthy), versão feminina de Alan, que lhe ajuda a evoluir ainda mais.

Se Beber, Não Case - Parte III sofre de um problema comum em sequências: não superou as expectativas criadas pelos filmes anteriores. Porém, não significa que seja um filme ruim. É uma diversão fácil para quem gosta do gênero, mas certamente deixa a desejar para aqueles que foram ao cinema com altas expectativas de melhoria. Aos que se encaixam na segunda situação, não levantem antes dos créditos, as cenas que virão em seguida valerão pelos 100 minutos de filme.