24 de jun. de 2013

Lista da semana: Distopias no cinema

Posted by Aline Guevara On 19:00 0 comentários

Imagine só uma nação onde o desemprego é menor que 1%, a criminalidade é baixíssima e a população vive tranquila... Isto porque durante uma noite por ano, todos os crimes são permitidos sem qualquer punição. Uma noite em que as pessoas podem expurgar todo o seu ódio e violência contra os outros. 

Essa é a premissa de The Purge (chegará ao Brasil como Uma Noite de Crimes), uma distopia futurista que está fazendo sucesso na bilheteria dos EUA e já é o filme mais rentável do verão americano dos últimos 25 anos. Isto porque a produção custou somente 3 milhões de dólares e arrecadou no primeiro fim de semana 36,4 milhões. 

Mas distopias (que é um ramo da ficção que mostra o contrário da utopia, ou seja, um mundo onde as características negativas imperam) são frequentes no cinema. Confira algumas delas na lista abaixo:



Farenheit 451 (1966)

Imagine um futuro no qual você não pudesse ler absolutamente nada. Em Farenheit 451 a prática se torna crime punível de prisão e livros são queimados em praça pública. Para controlar a população e impedir que esta saia da alienação alimentada pela televisão, pelo consumismo e palas drogas, o governo não permite que haja brechas para as pessoas pensarem, analisaram e questionarem.



Idiocracy (2006)

Nem toda distopia precisa ser levada a sério, afinal a comédia também pode ser uma forma de crítica. Na sátira do diretor Mike Judge, Joe (Luke Wilson) e Rita (Maya Rudolph), perfeitos espécimes americanos medíocres e burros hibernam durante 500 anos. Eles despertam em um mundo onde o consumismo e propaganda ferrozes, além docombate ao intelectualismo, geram uma população com um nível extremo de estupidez. Resultado: Os dois se tornam as pessoas mais inteligentes do planeta.



V de Vingança (2006)

Ultimamente, o uso da máscara símbolo do herói da HQ de Alan Morre está "na moda". Inspirada no rosto do inglês Guy Fawkes (homem que tentou explodir o Parlamento do Reino Unido e acabar com o rei protestante Jaime I, assim como com seus parlamentares), ela ficou famosa em V de Vingança, no qual o anárquico protagonista inicia uma elaborada campanha para derrubar o Estado totalitário, que reprime a população controlando a mídia, a vigia através de câmeras, mantém uma polícia secreta e campos de concentração.



Laranja Mecânica (1971)

Clássico de Stanley Kubrick e adaptado do livro homônimo de Anthony Burgess, o filme aborda um tipo diferente de distopia. O totalitarismo do governo existe, mas em respostaste cria uma onda de violência onde as gangues dominam as ruas, como a do protagonista Alex DeLarge (Malcolm McDowell). E a violência gera outro tipo de resposta extrema por parte do Estado.



Jogos Vorazes (2012)

No melhor estilo pão e circo (com um pouco menos de pão e muito mais de circo), o governo instaura um reality show extremamente violento em que jovens são atirados em um ambiente e só sobrevivem se matarem uns aos outros. Parte da população, a que gera os "tributos" se mantém reprimida pela violência da situação, outra parte vê nos jogos uma forma de glória (visão propagandeada pela mídia). A terceira e última parte da população, aqueles que moram na Capital, assiste a tudo isso deliciada e permanece extremamente alienada a tudo mais que os governantes fazem.



Wall-E (2008)

Entre as distopias, tem espaço até para animação. O filme da Pixar explora a ideia de que o ser humano torna o planeta tão insustentável graças a poluição e o lixo acumulado que precisa abandoná-lo, e para limpar a Terra é deixado o simpático robozinho Wall-E. Ao longo do filme descobrimos também que, ainda por cima, a população terráquea que vive em uma nave gigantesca é tão sedentária quanto obesa - eles nem andam, se locomovem através de um meio de transporte flutuante e dependem de sistemas automáticos.



Filhos da Esperança (2006)

Adaptado do romance The Children of Men, de P. D. James, a trama mostra um futuro em que ao longo de duas décadas as mulheres têm estado estéreis e esta situação mundial, e consequente fim da raça humana, levou a inquietação, violência e caos na sociedade. É neste cenário que Theo (Clive Owen) acaba envolvido com o plano de sua ex-mulher Julian (Julianne Moore) de levar Kee (Claire-Hope Ashitey) até um local seguro junto a cientistas que buscam a cura para a infertilidade - afinal a moça está grávida. E em um mundo em que a paranoia está instaurada e a população não vê um bebê há quase vinte anos, todos vão tentar se apoderar da garota.



Matrix (1999)

"A colher não existe". No filme, vemos máquinas de inteligência artificial controlando e manipulando a mente da imensa maior parte da população através da ilusão que é a Matrix. Os corpos humanos no mundo real é usado como baterias. Aqueles que conseguiram escapar deste destino formam uma rebelião para combater as máquinas e trazer de volta a realidade e a liberdade às outras pessoas.



Equilibrium (2002)

Nem todo o governo totalitário controla a população através da violência. Em Equilibrium um governo totalitário que se formou após a 3ª Guerra Mundial mantém a sociedade sob controle através de uma droga chamada Prozium, que elimina que anestesia e suprime os sentimentos. O Estado acredita que foram as emoções humanas, voláteis e descontroladas, que foram as causas dos fracassos do ser humano através dos tempos. 



Blade Runner - O Caçador de Androides (1982)

A distopia das distopias. O filme de Ridley Scott evidencia claramente o conceito de "high tech, low life", ou seja, alta tecnologia e baixa qualidade de vida. Na trama, o grande conhecimento científico possibilita a criação de androides que podem ser confundidos com seres humanos e são conhecidos como replicantes. Estes são mandados para trabalhar em colônias fora da Terra e aqueles que tentam conviver com os humanos são exterminados. Apesar do avanço tecnológico, as pessoas precisam conviver com problemas graves como a superpopulação, a falta de organização e sujeira urbanas, além da criminalidade que é a solução de muitos para conseguir sobreviver. 

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