18 de fev. de 2013

Perdidos no Espaço da TV: Zero Hour - Primeiras Impressões

Posted by Aline Guevara On 22:19 0 comentários



Todo mundo gosta de uma boa conspiração. Se a igreja/religião estiver envolvida então, é sucesso na certa, como já bem sabia o escritor Dan Brown (O Código da Vinci e Anjos e Demônios). E é exatamente nisso que Zero Hour está colocando suas fichas.

O casal Hank e Laila 
Nova série da ABC, Zero Hour se apoia na história de Hank Galliston, dono de uma revista que tem a esposa sequestrada de forma misteriosa. Sem conseguir confiar completamente nos métodos da polícia, ele mesmo descobre pistas que podem tentar levá-lo a encontrar a amada. Junto com ele estão seus dois repórteres e uma agente do FBI que tem uma relação de vingança pessoal com o criminoso.

Sim, uma conspiração costuma conquistar bastante gente, mas os criadores de Zero Hour devem ter se esquecido que juntar um monte de teorias conspiratórias em uma história de ação sem dar muito sentido para elas pode não ser a melhor maneira de criar um público de fãs.

Não faço a menor ideia de para onde vai a história de Zero Hour. O episódio piloto é uma salada mista sem fim, misturando religião, seitas secretas, nazistas, mapas escondidos, um vilão terrorista, quebra-cabeças e, claro, um segredo que precisa ser protegido pois se cair nas mãos erradas a humanidade sofrerá terríveis consequências.

Ainda por cima (spoilers do episódio), a série flerta com o sobrenatural. O vilão é quase um bebê do inferno (alguém mais lembrou de O Bebê de Rosemary?), o protagonista é a reencanação de um dos "12 escolhidos" para serem os novos apóstolos e tudo isso vai desembocar no apocalipse. Parece muita coisa para um único episódio, não é?! E não consigo ver como vai sair algo bom dessa mistura.

Os personagens não ajudam muito. O protagonista é bem entediante, para não dizer inverossímel. Quem fica tão calmo e racional quando a tão amada esposa acabou de ser sequestrada? A agente do FBI é extremamente irritante e os dois repórteres não acrescentam em muita coisa, a não ser para mostrar como é fácil fazer jornalismo ruim. Mas eles são responsáveis pela cena mais engraçada do episódio, quando eles conseguem arrancar uma valiosa informação que vai poder mudar o futuro do mundo de um velho artesão de relógios. É isso aí, é só chegar dizendo que você trabalha para uma revista X, mostrar uma foto no celular e pronto, todas as fontes caem aos seus pés lhe entregando tudo o que sabem. Só que não.

Como ponto positivo, a série conseguiu manter um ritmo sempre urgente e interessante ao longo do episódio piloto. Mas com essa proposta um tanto megalomaníaca e uma audiência não muito satisfatória em sua estreia, Zero Hour pode enfrentar muita dificuldade em se manter na grade da ABC. 

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