3 de nov. de 2012

Crítica: Frankenweenie

Posted by Thaís Colacino On 21:00 0 comentários

 
  
Frankenweenie é uma típica história de Tim Burton: assustadoramente adorável. O filme é um remake de um curta do diretor, feito em 1984 que durava 30 minutos e com atores reais, que agora chega aos cinemas com uma hora e meia, mas ainda em preto e branco e feito em stop motion, recheado de referências e homenagens a filmes de monstros.

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A história continua a mesma do curta: Victor é um brilhante e recluso garoto, cujo melhor amigo é o cão Sparky, também protagonista dos curtas que o garoto produz. Por circunstâncias, o cãozinho morre e Victor, desolado, recorre à ciência no melhor estilo Frankenstein (que também é o sobrenome do garoto) - ele ressucita Sparky.







O visual do longa é belo, apostando em sombras e tons acinzentados, lembrando os filmes de terror antigos que Burton tanta ama. E podemos ver várias referências a eles no filme: A Família Monstro, Drácula, Múmia, Godzilla, Frankenstein (obviamente) e até Jurassic Park, são alguns dos vários que poderíamos citar. Até o filme que os pais de Victor assistem é Drácula, com Christopher Lee, que já atuou no filme A Múmia,  Frankenstein e outros como vampiro (e também em Senhor dos Anéis e Star Wars...), além de vários outros com Burton. Frankenweenie também conta com a dublagem (no original) de Winona Ryder como Elsa Van Helsing. Para quem não lembra, a atriz interpretou Mina no famoso Drácula de Bram Stoker, então não é difícil imaginar que tipo de monstro ela vai encarar.

É interessante saber que a Disney, que produziu o curta original e o longa, demitiu Tim Burton antigamente justamente por ele utilizar o dinheiro do estúdio em curtas considerados assustadores para crianças.


Com Frankenweenie, Tim Burton deixa de lado algumas escolhas ruins recentes e volta a emocionar com os desajustados da sociedade, que não se preocupam nem se martirizam por ser quem são, aceitando-se. Não é o melhor trabalho do diretor, mas é divertido e bom, além de contar com uma produção que lembra muito os desenhos de olhos arregalados do livro de Burton.

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