A Identidade Bourne acabou de forma que poderia ser um filme único, mas felizmente resolveram continuar a história do agente desmemoriado. A Supremacia Bourne (108 min., 2004) começa com Pamela Landy (Joan Allen) comandando uma investigação da CIA que dá errado: o informante e o agente são mortos e as digitais recolhidas são de ninguém menos que Bourne. E claro que vão atrás do ex-agente que, completamente alterado pelo que ocorreu na Índia, resolve dar o troco.
Usando todo o treinamento que recebeu contra quem o ensinou, os gestos calculados de Bourne (Matt Damon) são admiráveis pela inteligência e precisão, o que alarma todos da CIA, principalmente Ward Abbott (Brian Cox), que queria deixar tudo enterrado por motivos pessoais.
No meio do caminho, Bourne acaba por ter uma conversa com Nicky (Julia Stiles), que cuidava dos agentes em Paris. É interessante que ela afirma que todos sofriam de problemas parecidos, como dores de cabeça e alguns comportamentos instáveis, e que o pior cenário seria Bourne dar as próprias ordens. No melhor estilo "eu avisei vocês para me deixarem em paz", Bourne aterroriza-a em um questionário para entender o que está acontecendo e mais uma vez descobre que a resposta está em alguma missão de seu passado. A partir daí é Bourne em um jogo de gato e rato com a CIA e com um agente russo, enquanto tenta juntar pistas.
Bourne aterrorizando Nicky em busca de respostas |
Pamela Landy |
Algumas coisas não ficam claras: Bourne encontra o endereço e casa do
último agente da Treadstone, mas não é explicado como, ou muito menos
como ele vai conseguindo vários equipamentos de espionagem.
Os destaques de atuação ficam com Joan Allen, que soube passar uma imagem de chefe autoritária mas preocupada, Julia Stiles, que é jogada no meio da confusão e está aterrorizada e, claro, do próprio Matt Damon, que consegue exprimir os sentimentos de dor e angústia ao mesmo tempo em que tem que raciocinar e manter a calma.
Jason Bourne após mais uma perseguição: alterado emocionalmente |
O filme lembra bastante o primeiro: a direção tem câmera tremida para acompanhar a ação, há uma excelente cena de perseguição automobilística, ótima trilha sonora e uma trama que envolve muita política e conspiração. O filme poderia novamente acabar nesse segundo capítulo, mas ainda não é suficiente para os fãs que aguardavam ansiosamente a total recuperação de Bourne, que fica somente no terceiro capítulo, O Ultimato Bourne.
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