4 de set. de 2012

Das Prateleiras: A Identidade Bourne

Posted by Thaís Colacino On 15:39 0 comentários


A Identidade Bourne (118 min, 2002), é o filme que mudou o jeito como filmes de espiões eram feitos (como a nova fase de 007, mas outros ainda resistem) por mostrar cenas de ação e tramas mais realísticas, sem explosões a torto e a direito e sem pessoas excepcionalmente belas e bem treinadas, com o protagonista saindo incólume de tudo.

Baseada no livro de Robert Ludlum, o filme narra a história de um homem encontrado à deriva por pescadores, dos quais recebe cuidados médicos, que retiram duas balas das costas do homem e um laser do quadril, que mostra o número de um banco. O homem, com amnésia, começa a seguir pistas para recuperar a memória. Descoberto seu nome, Jason Bourne (Matt Damon), ele começa a ser perseguido pela polícia e por assassinos muito bem treinados. Para escapar de tudo, Jason pede ajuda à Marie (Franka Potente, de Corra Lola, Corra), uma garota que ele encontra na embaixada americana.

Com excelentes cenas de ação e perseguição, a história vai se desenvolvendo para a audiência que sabe pouco mais que o próprio protagonista: a CIA está atrás dele porque ele é um agente secreto, de um projeto mais secreto ainda, que falhou em uma missão e não reportou, contrariando os procedimentos. A agência acredita que ele pode estar armando, mas não sabendo bem qual o motivo do agente não se reportar e considerando-o perigoso (afinal, ele faz parte da nata dos assassinos), coloca outros como ele atrás de Bourne.


Marie tem um papel especial nisso tudo. No começo, dá carona para Bourne pelo dinheiro, mas começa a se interessar por ele. Quando são atacados, ela entra em choque e depois parece vítima da Síndrome de Estocolmo, afinal, ela já está cheia de problemas mesmo e parece querer saber até onde aquela perseguição iria. Uma característica do filme é o já comentado realismo, e isso também conta com os personagens: Marie não é uma linda mulher curvílinea e que sabe usar uma arma mesmo que nunca tenha segurado uma antes, como tanto acontece em diversos filmes de ação. Ela é só uma pessoa que estava no lugar errado na hora errada (ou seria certa?).


 
Um fato interessante é que Bourne rejeita ser assassino, só realmente levando uma arma consigo após ser atacado por outro agente da Treadstone, mesmo tendo a oportunidade de levar alguma três vezes antes. A inteligência e a habilidade de prever os movimentos dos outros agentes - que seriam os mesmos que o dele, ainda que ele não se lembre exatamente - mostra quão bem treinados os agentes são. Mas nem todos são assassinos frios. O Professor (Clive Owen, O Plano Perfeito) demonstra bem isso: sabe que o que faz é errado, que a única coisa que entrega ao mundo é morte e parece se arrepender disso.



O final poderia ser um tanto clichê, se não fosse pelas outras duas parte da trilogia que complementam a história perfeitamente, sem ser somente mais filmes com explosões e corridas sem fim.

Semana que vem tem A Supremacia Bourne.

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