Nos anos 1980 e 1990, o cinema nos presenteou com grandes nomes do gênero de ação, alimentando o imaginário e criando verdadeiros mitos na história cinematográfica. Atores como Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis se tornaram os astros mais durões e que mais distribuíam pancadas nas telonas, enfrentando os mais temidos vilões.
A identificação com os personagens vividos por esses atores era inevitável e todos os seus filmes caíam na graça do público, geralmente masculino. Unir todas essas lendas em um único filme foi uma grande ideia. Em 2010, Stallone conseguiu a proeza de reunir grande parte desse elenco. Além dele estavam as feras: Schwarzenegger, Willis, Jason Statham, Jet Li, Dolph Lundgren e Mickey Rouke. O público adorou vê-los juntos, mas sentiu falta de uma boa história, de sequências para as cenas e alegou muita seriedade.
Bom, o que tudo indica é que as críticas foram ouvidas e acatadas. Em Os Mercenários 2 a produção foi superada e a nata da pancadaria realizou um trabalho sensacional. A direção da produção que antes havia sido feita pelo próprio Stallone foi dada para Simon West, que já dirigiu filmes como Con Air, A Filha do General e Lara Croft: Tomb Raider.
A cena de abertura já vem recheada de ação, com tiroteios e explosões. Os mercenários conseguem resgatar um bilionário chinês que fora sequestrado por um grupo de rebeldes no Nepal. Após o sucesso do trabalho, o Sr. Church (Bruce Willis) envia o grupo de Barney Ross (Stallone) para uma nova missão, onde um integrante, Billy the Kid (Liam Hemsworth) é pego pelo vilão, Vilain (Jean-Claude Van Damme). A partir disso a saga em busca de vingança se inicia.
Van Damme havia recusado o convite para participar do primeiro longa, mas desta vez resolveu dar o ar da graça, e com boa forma física representou um vilão à altura do filme. Schwarzenegger, que também não teve muito espaço no primeiro, partiu para ação junto com os mercenários.
Além de toda chuva de balas e pancadas a todo o momento, o espectador dará muitas risadas. Há diversas cenas bem-humoradas que fazem referências aos filmes e personagens já vividos pelos atores no passado. As piadas sobre ator e personagem dividem uma linha muito tênue. O filme satiriza o fato dos atores já estarem velhos para realizarem determinadas cenas.
Nada é mais engraçado do que uma cena marcante e que foi devidamente aplaudida por todos na sala do cinema. Um exército de homens de Vilain é morto de uma vez só com tiros que vinham sabe-se lá de onde. O público se antecipou, pois já sabiam que o ícone da macheza entraria em cena: Chuck Norris.
O homem que já conquistou centenas de inimigos entra em cena e faz um estrago digno da lenda, além de um diálogo hilário com Stallone, onde faz referência aos famosos Chuck Norris Facts.
Muitos dirão que o enredo do filme é falho e que falta muito ainda para fazer jus a tais atores. Pode até ser verdade, mas isso já não importa tanto, com tudo que você viu passar pela tela: personagens muito bem interpretados pelas feras da ação, cenas que humanizam esses brutamontes e mostram a união e a fidelidade que existem entre eles. Vá assistir, você não vai se arrepender.
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