Uma das figuras mais irreverentes do rock brasileiro deixou de existir entre nós há 23 anos: no dia 21 de agosto de 1989, Raul Seixas, aos 44 anos, deixou este mundo. Vítima de uma parada cardíaca que foi provocada por uma pancreatite crônica, o cantor e compositor deixou discos e músicas atemporais, que com o passar dos tempos conquistam ainda mais gerações.
O roqueiro baiano está sendo homenageado há vários dias em diversas cidades do Brasil. As bandas que realizam tributos a essa querido artista já passaram por Campinas, Curitiba, São Paulo e Salvador. Na noite de ontem (21/08) o roqueiro baiano foi homenageado em Salvador, sua cidade natal. A Livraria Cultura promoveu o pocket show “Valdir toca Raul” e a banda Arapuka realizou o show “Raul Seixas – Sempre Vivo”. E amanhã (23/08) será lançado o DVD Raul – O Início, O Fim e o Meio, de Walter Carvalho, na Fnac Morumbi às 19h00 com debate sobre o filme com Sylvio Passos e Penna Seixas.
Uma das figuras pioneiras do rock no Brasil, Raul sempre ouviu os mais variados estilos musicais, desde o rock de Elvis Presley ao blues e, claro, o baião de Luís Gonzaga e repentistas nordestinos. Em meio a essa miscelânea de ritmos, o baiano arrebatado pelos ideais alternativos da geração pós-guerra e pelo misticismo, tornou-se o ídolo de muitas gerações com sua guitarra.
Em 26 anos de carreira, Raul lançou 21 discos. Em 1973 lançou o primeiro álbum como artista solo, Krig-há, Bandolo!, contendo canções como Metamorfose Ambulante, Mosca na Sopa, Al Capone e Ouro de Tolo. E ele reinou durante a década de 70. Em 1987, Raulzito fez a canção Muita Estrela, Pouca Constelação, em parceria com Marcelo Nova. Juntos fizeram uma turnê pelo Brasil que terminou com o lançamento de um dos discos mais importantes do rock nacional, A Panela do Diabo. O disco vendeu 150 mil cópias e rendeu a Raul um disco de ouro.
A amizade entre o cantor e o escritor Paulo Coelho também rendeu bons frutos. Raul o procurou ao ler um artigo sobre discos voadores na revista alternativa que Paulo Coelho dirigia, A Pomba. Tornaram-se amigos e logo em seguida parceiros musical, que resultou em clássicos como Sociedade Alternativa, Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás, Gita e Tente Outra Vez.
O Maluco Beleza ajudou a criar a cara do rock nacional, com letras que faziam críticas ao sistema, questionavam os sentimentos humanos e o esoterismo, com mensagens implícitas e sensíveis poesias como em Canto Para Minha Morte. Toca Raul!
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