6 de jul. de 2012

Head Shot: Fable III

Posted by Aline Guevara On 15:36 0 comentários




O jogo que decorre de uma franquia de sucesso sempre traz a responsabilidade de superar os anteriores, satisfazer os fãs e conquistar mais público. É com essa premissa que Fable III foi desenvolvido pela LionHead Studios com o produtor Peter Molyneux.

Logan, o tirano
Passaram-se 50 anos desde a história do jogo antecessor e o reino de Albion passa pela industrialização do território. O povo sofre não só com os burgueses aproveitadores, mas também nas mãos do tirano rei Logan, que sente um grande desprezo pela classe e sempre busca por políticas que visam tirar mais dinheiro da população já miserável. O jogador então assume o irmão (ou irmã) mais novo do ditador e liderará uma revolução para depor o monarca.

O mais interessante no jogo é que o jogador decide como quer conduzir a sua própria revolução. Depois do sucesso em depor Logan do poder é o herói que escolherá como reger o reino e essas escolhas não são fáceis de tomar e cada uma delas tem consequências. As promessas feitas ao longo da jornada para importantes aliados na revolução serão cobradas, mas uma grande ameaça também espreita. Diante dela, acabar com o trabalho infantil e substituí-lo por educação não é uma ação tão fácil quanto parecia.

Os aliados na revolução: você terá que fazer promessas
para conquistá-los e depois será cobrado para cumpri-las
Como todo RPG, em Fable você constrói o seu personagem, com roupas da sua escolha (com o tempo você adquire outras vestimentas e com o dinheiro necessário sempre pode comprar as roupas que desejar), acessórios, pode mudar cabelo, adquirir tatuagens. Além disso, suas escolhas no jogo influenciam a aparência do seu personagem: caso comece a matar, intimidar os aldeões ou mesmo ganhar muito dinheiro (ganância), suas feições faciais ficam sombrias; se usar muito suas armas, ele fica musculoso; se comer muito, ele começa a engordar.

A interação com os outros personagens é algo que foi bem desenvolvido no jogo. Ao cumprimentar os camponeses (ou intimidá-los), o jogador ganha conquistas, que serão usadas posteriormente para aprimorar a habilidade mágica, as armas e até as interações sociais. Se fizer bem à cidade, seus moradores vão gostar de você e lhe darão presentes, mas se por um descuido (ou não) matar algum aldeão em público, a cidade toda vai odiá-lo e fugir de você. O personagem também pode se casar e construir uma família. Aliás, em algumas missões é necessário que o personagem tenha um filho.

A aventura principal é ótima e, apesar do visual lindo colorido do game, às vezes ganha contornos mais sombrios a partir das difíceis decisões que o jogador é obrigado a tomar. Mas, infelizmente, essa trama é muito rápida de ser finalizada e as missões paralelas do jogo, diferente de Skyrim, que tem subtramas tão interessantes quanto a história principal, dificilmente empolgam. Recuperar as galinhas de um camponês vestido como uma e ficar percorrendo o mapa para entregar pacotes não costuma ser muito divertido. Claro, algumas das missões são bem criativas e elaboradas como o auxílio aos espíritos presos no livro. Entretanto, esse tipo é raro.

O uso das armas no jogo não foge do tradicional. O jogador pode utilizar espadas, martelos, pistolas e rifles, além de magia, que vão sendo adquiridos e aprimorados ao longo do jogo e das lutas. A acumulação de fortuna em Fable III é uma possibilidade interessante (e bem importante também, como você descobre mais a frente no jogo!). Apesar de o jogador poder ganhar o próprio fazendo pães e tocando no centro das cidades, o meio mais eficiente e rápido de aumentar o seu tesouro é comprando casas e estabelecimentos, alugando-os.

Viva la revolución!

Quem já tem experiência em jogos do tipo RPG pode encontrar em Fable III uma aventura muito fácil, porém para quem está começando a jogar o gênero, este pode ser uma boa pedida. Mas uma coisa é certa, depois de começado o jogo é viciante.



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