Após o desastre da 6ª temporada, era difícil imaginar que Supernatural conseguisse retomar a qualidade que desenvolveu ao longo das primeiras cinco. Para sorte dos fãs da série, a sétima realmente conseguiu melhorar em relação à anterior e criar uma trama mais interessante, a começar pelos grandes vilões da temporada, os leviatãs.
(Spoilers da sétima temporada)
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Leviatã: realmente um bicho bonito |
Depois da salada mista de vilões criada na temporada anterior, a sétima começa com um Castiel (Misha Collins) louco por poder tentando ser um novo deus. Mas quando parecia que o antigo aliado dos Winchester iria se tornar o algoz, eis que temos uma surpresa. Os leviatãs destroem o anjo e escapam, possuindo corpos de outros seres humanos. É contra eles, seres bíblicos que aparentemente não podem ser destruídos e são extremamente poderosos, que Dean (Jensen Ackles) e Sam (Jared Padalecki) terão que lutar.
Os primeiros episódios da temporada não são muito interessantes e dão voltas em temas que cansamos de ver ao longo de Supernatural, como Sam defendendo um “monstro” de bom coração, Dean indo contra e matando-o, desestabilizando a relação dos irmãos; a culpa que sentem por mortes de amigos; ambos sendo perseguidos pela polícia após monstros assumirem suas aparências e realizarem assassinatos em público. Ou seja, a criatividade mandou um abraço.
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Mais uma vez a fobia de Sam por palhaços é explorada |
Mas apesar de pouco originais, os episódios desvinculados da trama principal, que são vários como ocorria nas primeiras temporadas, melhoram conforme a temporada avança e conseguem entreter e lembram os bons tempos de Supernatural. Destaque para “Time After Time”, no qual Dean fica preso nos anos 40 e se encontra com Eliot Ness (Nicholas Lea), autor de Os Intocáveis; “Plucky Pennywhistle’s Magic Menagerie”, que revisita o medo que Sam tem por palhaços; “Out With The Old”, que trata de objetos amaldiçoados e tem uma referência bacana ao conto sapatinhos vermelhos de; “Party On, Garth”, que mostra os irmãos tendo a ajuda do divertido e atrapalhado caçador Garth para lidar com um espírito assassino japonês; e “Of Grave Importance”, que discute um pouco mais a fundo a decisão polêmica que Bobby (Jim Beaver) tomou, a de permanecer preso à Terra como espírito depois de morrer.
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Infelizmente, Bobby não consegue sobreviver à temporada |
Pois é, a sétima temporada acaba por matar o último e mais leal aliado dos Winchester, Bobby. Mas o caçador insiste em não ter paz e quer continuar ao lado de Sam e Dean auxiliando-os, ainda que isso resulte em se tornar com o tempo um espírito violento como aqueles que caçou por toda a vida. Apesar de já mostrar algumas das consequências dessa escolha, o destino de Bobby deve ser desenvolvido na próxima temporada.
A volta de Castiel no final da temporada também é bem vinda, ainda que aparentemente só vá servir de alívio cômico por enquanto, já que livrar Sam das alucinações de Lúcifer (Mark Pellegrino) parece ter enlouquecido ele.
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A hacker nerd Charlie protagoniza um dos melhores
episódios da temporada |
Os leviatãs provam ser monstros interessantes e todos os episódios que os envolvem são bons, aumentando a tensão conforme seus planos em relação a humanidade vão sendo descobertos. Destaque para o episódio The Girl With The Dungeons and Dragons Tatoo, que consegue ser tenso e hilário na medida certa. Contando com a divertida Charlie (Felicia Day), e tomara que continue aparecendo na série, pela primeira vez em muito tempo um episódio provoca empatia com a nova personagem e nos faz realmente temer por seu destino.
Ao longo da temporada vemos inseridos muitos elementos que deram certo em momentos passados da série, como para nos relembrar que a série
foi é boa. Primeiro, a presença de Lúcifer como ilusão na mente perturbada de Sam, depois a volta dos episódios com o monstro-da-semana, as aparições de demônios do tempo de Lilith, o retorno do demônio Meg (Rachel Miner), anjos de volta à história.
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A turma reunida novamente |
Supernatural já não é o que costumava ser, apresentando uma história inteligente e reviravoltas incríveis que preparavam para um final de tirar o fôlego. Mas a sétima temporada veio para provar que o seriado ainda pode divertir os fãs e quem sabe a oitava não consegue trazer uma nova boa história? Dessa vez com anjos e demônios novamente em guerra e os irmãos Winchester mais uma vez no meio. Isso, claro, assim que Dean conseguir escapar do assustador purgatório...
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