28 de jun. de 2012

Era uma vez: Instrumentos Mortais - Cidade das Cinzas

Posted by Thaís Colacino On 13:57 0 comentários




Os Caçadores de Sombras estão em polvorosa. Valentim, um dos mais poderosos Caçadores, que tem um ódio gigantesco de demônios e qualquer ser do submundo e dizia-se estar morto, ressurgiu e roubou para si o Cálice Mortal. Com ele, poderá criar um exército de Caçadores que se curvarão à sua ideologia extremista. 

A Clave, conselho de Alicante, cidade dos Caçadores, desconfiando de todos em Nova York, manda a Inquisidora colocar ordem no local. Enquanto isso, Clary precisa aprender a controlar seus recém descobertos poderes, pois Valentim pretende roubar outro dos Instrumentos Mortais para controlar uma horda de demônios infinita e acabar com aqueles que dele discordam.

(O texto abaixo contém spoilers do primeiro livro)






O livro começa imediatamente após o fim do primeiro. A mãe de Clary, Jocelyn, está no hospital em coma, Clary ainda está tentando interiorizar tudo o que aconteceu, como descobrir que seu pai é Valentim e que tem um irmão, Jace, por quem está apaixonada e tem esperanças que seja recíproco, mas também tenta algum relacionamento com Simon para esquecer o irmão. Já Jace tenta reprimir os sentimentos por Clary, enquanto é praticamente expulso do Instituto de Nova York uma vez que a Inquisidora desconfia que ele esteja trabalhando com o pai, Valentim. Duvidando de si próprio, ele apela para quem pode ajudá-lo: Luke, o lobisomem "tio" de Clary, já que tenta se afastar da garota.

Cassandra Clare continua deixando claro suas influências, mas também mergulhando na própria mitologia que criou, trazendo novas nuances e profundidade para o livro, em especial de tradições e passado de outros personagens. Uma das melhores cenas do livro é no reino das fadas, que não são nem de longe boazinhas, levando os mundanos a dançar eternamente ou provendo presentes envenenados, como diz Jace, e não podia estar mais certo na metáfora.

A evolução da trama também conta com um vilão à altura. Apesar de ainda não conhecermos todos os motivos que fazem Valentim odiar tanto os demônios e membros do Submundo, ele tem todo o brilhantismo que seus ex-seguidores e ex-colegas tanto afirmam que ele tem, como vemos já no prólogo e principalmente na cena do navio. Além de tudo, é cruel: para completar um ritual, precisa de sangue de jovens do submundo, e os deixa sabendo disso, presos e com medo de que cada minuto seja o último.

O segundo livro da série Instrumentos Mortais, ainda que caminhe para mostrar uma informação que todos os leitores já sabem desde o primeiro, melhora muito em história e desenvolvimento, pavimentando o caminho para um excelente desfecho no terceiro, Cidade de Vidro, no qual finalmente conheceremos a famosa Alicante, cidade sede dos Caçadores. Algo muito grande e maligno irá acontecer lá.

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