28 de abr. de 2012

Crítica: Os Vingadores

Posted by Bueno Neto On 12:49 1 comentários

“Se não pudermos proteger a terra pode ter certeza a vingaremos” – Tony Stark



A citação que Tony Stark faz a Loki demonstra força e a convicção do herói em proteger a terra, demonstra a grandiosidade de suas palavras que logo se confirma em seus atos. A grandiosidade que se aplica aos heróis também se aplica a todo o filme, desde a sequência inicial até os créditos finais (e não se atreva a sair antes ou perderá uma surpresa pós-créditos). O elenco é de estrelas e tudo é colocado em uma escala tão grande que até se teme que o filme perca seu foco e a história desande e nos decepcionemos, mas em Os Vingadores isso não acontece. Nossas expectativas são correspondidas, nossos anseios de fãs realizados, e a grandiosidade com que nos deparamos é puro espetáculo.

O filme já começa com uma ameaça iminente quando Loki surge na Terra e rouba o cubo cósmico (que ganhou um nome novo no filme) das mãos do próprio Nick Fury. Ciente do perigo potencial, Fury começa a recrutar aqueles com poder e conhecimento para enfrentar o vilão e reaver o artefato. Inicialmente uma trama simples, mas trabalhada e elaborada como as mais espetaculares histórias, que é típico da Marvel  e o diretor Joss Whedon, que soube abordar o tema e transformar o filme em um épico. Discorrer sobre como ele transforma essa trama estragaria as surpresas de quem não viu e não é essa a ideia.

Whedon soube satisfazer nossas expectativas e até as expectativas dos maiores nerds: todos os elementos que caracterizam os Vingadores nas HQ estão presentes e muito bem representados, até mesmo a guerra de egos entre os heróis que causam discussões internas e o típico “Brigam depois se aliam”. Tony Stark se destaca nesse ponto como um verdadeiro troll: todos acabam vítimas de seus comentários “espirituosos” e suas cutucadas sociais (até cutucadas literais). Robert Downey Jr está inspirado e cada vez mais a vontade como o personagem, vestindo a pele de Tony Stark assim como Tony veste a armadura. 

E falando em interpretação temos ótimos exemplos da arte: Scarlett Johnson soube expressar em sua Viúva Negra todos os lados de seu personagem, desde a espiã sem sentimentos até os momentos de dor física e emocional, com destaque pros seus momentos de falsidade como espiã. Depois desse filme estou convencido que ela merecia um filme próprio. Mark Rufallo me surpreendeu em sua atuação. Nas divulgações anteriores não me parecia que ele seria um bom Bruce Banner, mas no contexto do filme e como seu personagem foi tratado sua atuação foi excelente. O vilão também se sobressaiu, mas não chega a roubar a cena como o coringa de Heath Ledger, afinal, são tantos bons momentos dos heróis que o vilão conseguir ter um ótimo destaque como Loki é louvável. Seus momentos sua ambição e sua loucura foram muito bem caracterizados por Tom Hiddleston, até os momentos dramáticos em “família” com Thor. Falando no deus do trovão, Chris Hemsworh (Thor), Chris Evans (Capitão América) e Jeremy  Renner (Gavião Arqueiro) podem não ter dado um show de interpretação, mas fizeram bem o que foi proposto de seus personagens, são convincentes e sua interpretação está a altura do cargo.


O filme tem efeitos especiais perfeitamente trabalhados e o 3D é competente. O respeito aos heróis e sua mitologia foi expressado no mais alto patamar: todos têm seu tempo de tela e importância de trama e não temos um filme “homem de ferro e mais cinco” como muitos temiam, apesar de um certo destaque para Robert Downer Jr. Mas acredite,  ele fez por merecer. As referências ao universo Marvel estão  por toda parte e diferente de outros filmes, como Thor, onde essas referências se preocupavam em apresentar o universo, dessa vez elas estão ali para ajudar a contar a história. São tantas e a vontade de falar sobre elas é maior ainda, mas vou me segurar para que você as descubra enquanto se diverte com esse filme sensacional.


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