7 de abr. de 2012

Crítica - Espelho, Espelho Meu

Posted by Natália Lins On 22:54 0 comentários





Com uma versatilidade surpreendente, o diretor indiano Tarsem Singh após a violência estilizada e muito sangue em “Imortais”, foi capaz de recriar um famoso conto de fadas em “Espelho, Espelho Meu”. Apesar dos espetáculos visuais e cenários extravagantes, a narrativa não se mostrou envolvente. O público rapidamente é capaz de identificar a natureza da produção: uma comédia para ser assistida com a família.

Caracterizada como Branca de Neve, Lily Collins enche a tela com sua beleza, dona de traços finos, pele alva, cabelos longos e sobrancelhas espessas, a atriz carrega consigo um encantamento natural, hora com a força de uma mulher adulta e decidida, hora com trejeitos de menina.

A sequência animada que dá início ao filme se mostra um tanto brega, bonecos muito simples que não chamam a atenção, interpretam a história narrada pela Rainha Má, personagem de Julia Roberts, que conta desde o nascimento da princesa até seus primeiros anos de vida.

A jovem princesa, prestes a completar 18 anos vive enclausurada em um quarto do palácio que um dia fora de seu pai, sob a guarda da tresloucada e vaidosa rainha, que já preocupada com a possível perda de seu posto (a mulher mais linda do reino) para Branca de Neve, a mantinha afastada dos olhares alheios.

Um figurino que chama a atenção devido às cores fortes e modelos exagerados, que vezes pareciam ser fruto de uma cortina ou talvez de um forro de sofá. Um pequeno exemplo é a fantasia escolhida por Branca de Neve para ir ao baile do castelo, vestida de branco, com asas (até ai tudo bem), e com um cisne na cabeça... Seria ela já uma fã de Björk e nem sabia?!


Dessa vez o príncipe encantado Alcott, interpretado pelo (belíssimo) ator Armie Hammer, não veio em um cavalo branco e com roupas de gala. A jovem, após sair sorrateiramente do palácio para ver com seus próprios olhos as condições em que se encontrava o povoado que a rainha só explorava, encontra o príncipe sem camisa e sem calças, pendurado de cabeça para baixo em uma árvore junto a seu fiel escudeiro. Tal constrangimento foi causado por gigantes salteadores, terrivelmente perigosos, que os surraram e lhes tiraram todo o ouro... Os sete anões! (Ohhh) Pois é, anões habituados a amedrontar todos que passavam pela floresta, providos de pernas de pau, é claro.


Muito interesseira a Rainha Má logo quer se casar com o príncipe para salvar as finanças do reino. Ao descobrir a afeição que ele nutre por Branca de Neve, a maquiavélica ordena a seu bajulador servo Brighton (Natan Lane, que deu uma pequena amostra de seu grande talento), que mate sua rival. Em sua fuga para a floresta ela encontra os bandoleiros anões, que lhe dão abrigo e a ensina a lutar. E isso faz com que ela se torne uma líder à La Robin Hoody, tirando o ouro da Rainha Má e os devolvendo ao povo.

“Espelho, Espelho Meu” diverte o espectador com seu tema leve e despretensioso, ajustes e modernas piadas o difere um pouco da famosa história que ouvíamos quando pequenos. Parece que Branca de Neve está com tudo, porque esse é o primeiro de dois filmes sobre a princesa no mesmo ano. Em junho chega às telas “Branca de Neve e o Caçador” (personagem que por sinal não apareceu nesse primeiro filme).

A sala toda cai em gargalhadas ao descobrir os desfechos dos divertidos anões.Tarsem Singh insere nos créditos finais uma pitada de sua Terra Natal, onde um gran finale Bollywoodiano invadirá sua tela.


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