14 de abr. de 2012

Crítica: 12 horas

Posted by Thaís Colacino On 14:07 0 comentários

"12 horas"  é para ser um filme de suspense, mas a obviedade não permite. No filme, Jill (Amanda Seyfried) é uma garota perturbada, e tem motivos para isso. No último ano ela foi sequestrada, deixada em um buraco e quase morta, mas conseguiu escapar. Mas não conseguiu esquecer. Tanto que constantemente vai ao parque onde foi encontrada com esperanças de encontrar uma prova que a leve à seu sequestrador. Quando a irmã dela some, ela acha que o assassino voltou para terminar o que começou.

O problema é que ninguém acredita que Jill foi sequestrada pra começo de conversa. E todos têm bons motivos para isso: nunca acharam o buraco onde ela ficou, ela não viu o rosto do suspeito e nem sabe dar nenhuma pista sobre ele, ela não tinha nenhum ferimento e, bem, ela é paranoica. Ou assim o filme quer que nós acreditemos. Não que ela não tenha alguns comportamentos exagerados, mas para uma pessoa que sofreu tal violência, trabalhar à noite, parar longe do trabalho e caminhar olhando para o chão, sem ficar surtando pra ver quem anda a seu lado, não é muito convincente.


Mas o pior de tudo são as pistas que Jill encontra sozinha, já que a polícia não acredita nela e portanto não considera a irmã desaparecida. As informações e pessoas para provê-las simplesmente aparecem do nada com uma super memória para detalhes. Isso só poderia significar uma dessas opções: ou o serial killer é extremamente inteligente e está brincando com a presa, deixando as pistas propositalmente; ou Jill acha pistas onde não existe, tentando pegar uma nuvem de fumaça; ou o roteiro é extremamente falho a ponto de tudo ser uma enorme coincidência. Baseado no final, só posso afirmar que foi o terceiro.



Não que o filme de todo seja ruim, pois em algumas partes, quando desconfiamos da própria protagonista, lembramos vagamente de Ilha do Medo, e se fosse essa a direção tomada, seria muito mais interessante e, para dizer a verdade, plausível. Enquanto Jill tenta desesperadamente achar o assassino e se submete a situações absurdas para tal, vemos que ela também duvida do que aconteceu e precisa de uma confirmação, se agarrando a qualquer fio de esperança que aparecer na frente. Infelizmente, o final é totalmente anti-climático passando um pouco para a vingança pessoal da protagonista, mas não com o assassino, mas com os que não a ajudaram.

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