29 de mar. de 2012

Era uma vez: O Escafandro e a Borboleta

Posted by Janaína do Amaral On 23:17 0 comentários



Jean-Dominique Bauby era um homem no auge de sua vida profissional, até que no  dia 8 de dezembro de 1995, o jornalista sofreu um acidente vascular cerebral e mergulhou em coma profundo. Quando acorda percebe-se que foi atingido pela "Locked-in Syndrome";  em que o paciente não consegue se mexer, comer, falar; preso em si mesmo. A única parte do corpo que ainda se movimenta era o olho esquerdo.


Por se tratar de uma autobiografia de um homem em tais condições, não é de se esperar grandes emoções. Ledo engano, é incrível o metódo que ele desenvolve para se comunicar, e escrever o livro. Outro ponto relevante é a conciência e lucidez que Bauby tinha, apesar de sua condição.

O modo de se comunicar do jornalista merece reconhecimento, enquanto a enfermeira ditava o alfabeto em padrão ESA (adaptado para a língua francesa), Jean-Dominique piscava na letra que desejava. E desse esforço nasceu o livro.

 A obra é um misto de lembranças de sua vida e momentos no hospital, permeado por capítulos que consistiam em histórias criadas por ele. Dá pra sentir-se preso junto com ele num escafandro, assim como voar como borboleta pelas lembranças.

A angústia é um ponto marcante na obra, mas é completamente justificavél. Ele não tinha como se expressar, se mexer, enquanto o mundo acontecia a sua volta. Mas, temos a chance de saber  o que pensa uma pessoa nessa condição. Mostra a capacidade da mente  e o poder que ela tem em situações extremas. É uma lição de vida, apeser de ter todos os ingredientes para ser uma história de de coitadismo, Jean-Dominique não se retrata como sofredor.

Vale para repensar a ideia que temos da vida e do acaso. 

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