Com os zumbis mais bonitos que já deram as caras na telinha (e se bobear, até mesmo na telona), The Walking Dead estreou em 2010 e conquistou uma das maiores audiências da televisão a cabo norte-americana, o que levou seus produtores (que sorriem até hoje de orelha a orelha) a renovarem a série para pelo menos mais duas temporadas.
E o espaço na televisão para a série está aumentando. A segunda temporada, que está passando atualmente pelo canal AMC e também bateu recordes de audiência, terá 13 episódios, enquanto que a já certa terceira temporada, anunciou a AMC, contará com 16 episódios. Seja pelo bom roteiro, por suas excelentes fotografias e maquiagem, por momentos de susto e tensão bem executados, por seu elenco afiado ou simplesmente como forma de preparo para um possível apocalipse zumbi (por via das dúvidas, também já li o Manual de Sobrevivência e tenho uma estratégia montada para ser executada assim que comece o ataque), o seriado vem conquistando fãs por toda parte. A Quentin apresentará uma resenha da segunda temporada assim que ela terminar nos EUA, o que deve ser no fim de abril, mas o que nos interessa hoje é a primeira temporada.
Plasticamente, a série é linda. Não foi a toa que a classifiquei como o programa com os zumbis mais bonitos já vistos. As cenas de ação são primorosamente realizadas, pra não ter no que colocar defeito, mas uma das principais características da série é mesmo o relacionamento entre os seres humanos envolvidos na tragédia. Não entenda mal, isso não quer dizer uma novela mexicana com mortos-vivos, mas seus personagens e a relação interpessoal que desenvolvem, definidas pela situação, é o mote da trama.
(Spoilers da primeira temporada)
Temos o herói Rick, sua esposa Lori (Sarah Wayne Callies) e o melhor amigo dos dois, Shane (Jon Bernthal). Tão melhor amigo que consola bastante (!!!) a pobre moça quando ela pensa que o marido está morto. Sim, a encrenca está armada quando o esposo não tão morto retorna e a mulher tem que lidar com a situação da infidelidade. Além disso temos Carl (Chandler Riggs), o menino filho dos Grimes, Dale (Jeffrey De Munn), o mais velho do grupo de sobreviventes, Glenn (Steven Yeun), o asiático bom de fugas, Daryl (Norman Reedus), o bad boy que conquista a simpatia de todo mundo, T-Dog (IronE Singleton), o homem que já começa a história com um grande dilema (“ajudo ou deixo o cara algemado pra morrer?”) e a chata da Andrea (Laurie Holden). Sim, ela é interessante nos quadrinhos, mas no seriado beira ao insuportável. A série tem alguns outros personagens recorrentes, mas estes são os mais relevantes.
Ao longo da primeira temporada o grupo terá que lidar com diversos perigos, sendo eles zumbis ou outros ainda mais assustadores. Afinal, uma das coisas mais interessantes que um possível apocalipse zumbi provocaria é a reação individualista extrema dos seres humanos. Afinal, pra sobreviver é cada um por si e o outro que se vire, certo? Ou, minha vida vale mais do que a dele? Vou me colocar em perigo por outra pessoa? Questionamentos interessantes para fazer, mas provavelmente não tão divertidos de se testar.
O final da primeira temporada é literalmente bombástico: a explosão do CCD (Centro de Controle de Doenças). Mas mais do que o impacto que a cena possa trazer, ficam as dúvidas. Será que Rick vai descobrir a traição de Lori com Shane? Existe uma cura para a doença? O que o cientista falou ao ouvido de Rick? O grupo conseguirá encontrar um lugar seguro? Será que alguém vai sobreviver ao final de tudo isso?
Algumas pessoas podem ter uma restrição a série por se tratar de zumbis. Aos que pensam dessa forma, sugiro que baixem um pouco a guarda e deem uma chance para essa que é uma grande produção realizada pela televisão. Pode valer a pena.
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