Para o fim do ano preparamos uma lista para descarregar as frustrações cinéfilas vividas ao longo de 2011. Estamos falando dos piores filmes do ano. Afinal, depois de ter que acompanhar todos esses longas ao menos temos a chance de nos divertir montando essa listinha colocando-os entre as maiores bobagens que o cinema nos proporcionou.
A garota da capa vermelha
Que filme lhe vem a cabeça a partir de: trama ruim, temática fantástica, com um triângulo amoroso irritante e uma protagonista insossa? Crepúsculo? Bem, nós concordamos que a história dos vampiros que brilham no sol não é lá grande coisa, mas nesse perfil se encaixa um filme pior. Bem pior. Estamos falando do terrível A Garota da Capa Vermelha. As semelhanças com o primeiro filme baseado na obra de Stephenie Meyer não ocorrem à toa, afinal ambos os filmes tem a direção de Catherine Hardwicke. Apesar de ter uma premissa interessante, a de trazer a história da Chapeuzinho Vermelho sob um ponto de vista sombrio, o filme descamba em um romancezinho sem sal nem açúcar, em um desenvolvimento muito fraco da personagem principal (o que facilmente pode fazer você torcer contra ela) e em um mistério sem graça, que obviamente vai lançar suspeitas sobre TODOS os personagens, que culmina em um final estúpido e óbvio. A única coisa interessante do filme é sua fotografia, mas esse ponto isolado não o livra de entrar para essa lista com todo o merecimento possível.
Se beber não case 2
Uma ideia que poderia muito bem ser disseminada entre os cineastas e roteiristas: se teve uma ideia muito boa e original que deu certo a ponto de ser elogiado por público e crítica, pare por aí! A não ser que você tenha uma outra ideia muito boa que possa superar ou, no mínimo, se igualar ao anterior, esqueça e parta para outra. Repetir roteiros é sempre uma péssima ideia e Se Beber Não Case 2 não só repete cada passo dado no primeiro filme, de forma que você sabe exatamente tudo o que vai ocorrer em uma história em que a surpresa deveria ser um dos pontos-chave, como se for repetir e apela para situações mais violentas, um humor mais escrachado e momentos mais bizarros. Tudo para tentar impactar o espectador mais uma vez. Mas é claro que esses seres humanos não estão interessados em fazer um filme legal, e sim com o alto valor que cai em suas contas ao final de cada filme.
Transformers: O lado oculto da lua
Ah Transformers. Cria mais famosa de Michael preciso-cortar-cenas-a-cada-cinco-milissegundos-senão-o-espectador-vai-dormir Bay. Parece que o cineasta chega para seus roteiristas e diz: "Quero uma cena dos Decepticons destruindo Chicago e incinerando pessoas, outra dos herois escorregando de um prédio que está desabando porque outro decepticon minhoca o está destruindo...". Ao que os roteiristas: "Como faremos para juntar isso?". A resposta, claro: "Ah, inventem alguma coisa. Não precisa fazer muito sentido. E lógico, não faz mesmo o menor sentido. Ok, os defensores da causa podem alegar que a história não é o foco do filme, mas sim seus efeitos especiais e as cenas de ação. O problema é que apesar de bem feitas, essas cenas são tão excessivas (chutaria que uns 80% das longas 2h30 de filme são explosões e lutas) que perdem o encanto e ficam exaustivas. Em determinado momento, nem da pra se importar se quem está ganhando são Autobots, Decepticons, humanos, vira-casacas... Só queremos que aquilo termine logo. Não precisa nem entrar em detalhes sobre as sofríveis atuações de John Malkovich, Frances McDormand, Patrick Dempsey e da mais nova baygirl, Rosie Huntington Whiteley.
Piratas do Caribe: Navegando em águas misteriosas
Sequência da trilogia bilionária que fez Jack Sparrow ser um dos personagens mais populares do mundo, este filme não faz jus aos anteriores. Ainda que a qualidade viesse caindo ao decorrer dos longas, a diversão ainda se assegurava. Mas o quarto da série não consegue satisfazer esse requisito primordial; nem Jack Sparrow consegue salvar o filme desta vez. Pior ainda, parece que Johnny Depp desistiu de nos fazer rir com o pirata, extremamente sem graça nesta produção. A entrada de Penélope Cruz na saga é um acréscimo interessante, no entanto não é o suficiente para disfarçar a história absurda e desinteressante.
Padre
Padre é um filme que parte uma proposta interessante (baseado na HQ coreana de Hyung Min-Woo): um futuro no qual a igreja católica se aproveita da chegada de criaturas monstruosas, uma espécie de vampiro, para dominar a população e tem a seu serviço padres e sacerdotisas, que na verdade são homens e mulheres altamente treinados para lutar contra tais seres. O problema é que o longa passa por essa premissa de forma rasa, parte para mostrar a ação enveredando por uma história fraca e repleta de clichês, da mocinha em perigo, ao mocinho idiota que fará tudo para salvá-la, ao heroi abnegado que guarda segredos, ao vilão megalomaníaco. A falta de empatia que o filme cria entre os personagens e o espectador, especialmente com o protagonista vivido por Paul Bettany (de Legião e Código da Vinci) é impressionante.
Reféns
Reféns é o típico exemplo de que bons filmes, como Por um Fio e O Custo da Coragem, são meras exceções de talento na filmografia de um diretor ruim. Depois dos fracassados Batman & Robin, Batman Eternamente e O Número 23, Joel Schumacher conseguiu se superar com uma versão ainda piorada do já sofrível Refém. Diante de situações que abusam do clichê a subestimam a inteligência do espectador, a produção só vem abalar ainda mais a credibilidade (já fragilizada) de Nicolas Cage e Nicole Kidman, que dão vida a personagens que, de tão mal feitos, não merecem nem a sua torcida para que escapem dos bandidos que os fazem reféns.
Amanhecer - Parte 1
Stephenie Meyer é uma mulher conservadora e se isso se refletia desde o começo da sua obra, neste filme, que é o começo do fim de sua saga, essa sua atitude chega ao ponto máximo. Finalmente vemos o casamento de Bella e Edward, mas para desespero de quem acompanha a série, o drama do casal não acaba. Se com a união civil finalmente ocorre a cena de sexo entre os dois (não que não venha acompanhado de mais lenga lenga e frescuras), logo em seguida a "gravidez monstro" da protagonista vira o centro de mais e mais drama. Mais uma vez, a mulher criada por Meyer se mostra submissa ao homem e à sua situação para ganhar força somente com a espectativa da vinda de um filho.
Caça às Bruxas
Só Nicolas Cage para conquistar duas posições na lista dos 10 piores filmes do ano. Nesse filme ele vive um cavaleiro medieval que perde a fé quando percebe que ficar matando em nome de Deus não é tão legal assim, deserta do exército cruzado mas tem uma chance de se redimir ao livrar uma vila de uma possível bruxa, transportando-a até um lugar seguro. O filme sofre do grande mal de não fazer o espectador sentir nada. Não dá medo, como era para se esperar de um suspense, não te confere surpresas interessantes, as revirovoltas são até bem previsíveis. Como também é previsível saber que será o próximo a morrer e que não vai sobrar muita gente no fim para contar a história.
Conan
Conan é um filme que todos sabiam que não iam ser bom. As atuações são fracas, a história é fraca (vingança contra quem matou os pais, muito original, vilão que quer artefato para dominar o mundo, mais original ainda). E temos Momoa brandindo sua enorme espada, cortando tudo que se mexe, com olhar enviesado. O pior mesmo é o filme não ter clímax: a morte dos vilões é simplesmente um "tá, legal..e daí?". Não faz diferença, principalmente porque não há empatia com os personagens.
Lanterna Verde
Atualmente um dos melhores quadrinhos da DC, conseguiram fazer um filme com efeitos especiais muito legais...mas como Conan, peca nas atuações e empatia. Ryan Reynolds parece atuar mais com o abdômen e Blake Lively com as pernas. A história é interessante, mas trabalhada de forma rápida para caber em um filme blockbuster. Por isso, as divagações do personagem principal sobre responsabilidade e conflitos internos são resolvidas em cinco minutos, chutando alto. E a cena extra faz qualquer um chorar: os fãs dos quadrinhos por saberem que toda uma história foi suprimida e qualquer ser pensante por ver um personagem que "por não ter nada pra fazer" faz besteira. A besteira dos produtores é pensar em um segundo filme com essa cena como gancho.
Menção horrorosa para...
Cilada.com
Não poderia haver um nome melhor para esse filme, definitivamente é uma cilada. Não é questão de ser feminista nem nada, mas é meio tenso acompanhar um cara que só trai a namorada com várias mulheres, em nenhum momento se mostra arrependido dos seus atos e muito menos se importa se está se a magoando (ou humilhando publicamente), só se importa com seu próprio ego ferido, tem um "insight" de que aquela realmente era a mulher da sua vida e com com uma declaração froxa com um "Eu te amo" inédito, ele resolve a situação. Soma-se a isso um Um dos filmes mais vistos do ano nos cinemas brasileiros, com 3 milhões de espectadores. E Bruno Mazzeo já anunciou continuação...
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