Diversão garantida. É a primeira coisa que me vem a mente ao pensar em Missão: Impossível – Protocolo Fantasma. O quarto filme da série, que se iniciou em 1996 sob a batuta de Brian de Palma, retorna com as missões Ethan Hunt pela agência IMF (Impossible Missions Force). E é só começar a ouvir a trilha que imortalizou a série nos créditos iniciais para entrar no clima. O título faz referência a situação vivida por Ethan Hunt e seus companheiros no filme: após a explosão do Kremlin em Moscou a suspeita de terrorismo recai sobre a IMF, que é destituída de poder pelo governo norte-americano enquanto está sob investigação. Os agentes se veem obrigados a agir como renegados para evitar uma possível guerra nuclear.
É interessante ver que o novo filme da franquia não esquece a história dos anteriores, como a vida pessoal de Hunt. Fã confesso do terceiro longa (dirigido por J. J. Abrams, produtor neste novo longa), no qual abrange mais o lado humano do melhor agente da IMF, o diretor Brad Bird retoma as consequências do romance dele com Julia (Michelle Monaghan). E se o cineasta já mostrava competência com os excelentes Os Incríveis e Ratatouille, agora demonstra que também pode realizar boas produções com atores de carne e osso.
Encarnando novamente o popular agente do governo, Ethan Hunt, Tom Cruise faz bonito. Prestes a completar 50 anos, o ator mostra que ainda tem muito fôlego para acompanhar as aventuras do agente que o consagrou. Ele realizou a maior parte das cenas de ação sem auxílio de dublês. Apesar de um período conturbado que lhe rendeu uma desconcertante cena no sofá da Oprah, um casamento com Katie Holmes e uma baixa na sua popularidade, o ator parece estar tentando cair novamente nas graças do público. E se depender desse filme, tem tudo para conseguir.
A ação do filme é impecável, trazendo cenas de tirar o fôlego e deixar qualquer um apreensivo. Ainda assim o filme as costura com um boa história (ouviu Michael Bay!) e, claro, com o plano que levará os personagens a executá-las. Como em todos os filmes da série, aquele cronograma tão bem pensado sempre sofre imprevistos exigindo a improvisação dos herois, resultando em bons momentos de tensão.
O elenco secundário que o acompanha na missão também faz um bom trabalho. Paula Patton, a única mulher do grupo, transita bem entre a força da agente Jane e também entre sua dor, resultante de uma missão que falhou. Simon Pegg retorna a série após uma participação em Missão Impossível 3, dessa vez como integrante da equipe e como ponto cômico do filme. Jeremy Renner fecha o bando exibindo o carisma de sempre e se mostra um possível sucessor de Cruise na série, realizando inclusive, movimentos clássicos de Ethan Hunt, como ficar suspenso no ar a centímetros do chão. Lembrando que Renner já está escalado para protagonizar o novo filme da saga Bourne que tem estreia prevista para 2012. Para os fãs de Josh Holloway (Sawyer da série Lost), o ator faz uma ponta interessante no filme.
É claro, como em todos os filmes, há vários momentos em que você se da conta do quão absurdas são algumas sequências de ação. Mas realmente quem liga se algumas leis da física estão sendo ignoradas quando você está vibrando na telona acompanhando uma sensacional escalada ao maior prédio do mundo em Dubai enquanto uma gigantesca tempestade de areia está a caminho?!
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