27 de dez. de 2011

Das prateleiras: Go Speed Go!

Posted by Thaís Colacino On 23:34 0 comentários


Go Speed, Go!!!
Em 2008, concluída a trilogia Matrix, os irmãos Wachowski começaram um novo projeto: levar Speed Racer para o cinema. Uma tarefa difícil, visto que grande maioria (se não todas) as produções baseadas em animes ou mangas são um fracasso total, tanto de crítica quanto de público (Dragon Ball, estou falando de você e, futuramente, do Akira americanizado). Pois bem, o filme não foi bem na bilheteria e não agradou grande parte da crítica, mas diferente dos exemplos, ele não é ruim, muito pelo contrário. Talvez pela expectativa criada por ser os irmãos e pelos filmes que tinham acabado de completar, Speed Racer foi injustiçado.

Todos os elementos do anime estão lá: o macaco e o irmão de Speed em cenas engraçadas e no porta-malas, a união da família Racer, o vilão que de alguma forma lucra com os resultados da corrida, o mistério do Corredor X (que muitos reclamaram por ter sido elucidado no primeiro filme, mas e se não houvesse – como não há – previsão de continuação? É...), Speed bebendo leite no pódio, as frases típicas dos personagens, as armas criativas dos outros corredores para fazer uma corrida injusta, o mecanismo de pular do Mach 5... Tudo o que os fãs poderiam pedir foi atendido.

O colorido mundo de Speed Racer (clique para ampliar)
Speed é interpretado por Emile Hirsch como Speed deveria ser: obstinado, um pouco ingênuo e amante do que faz. Ao ver a família a beira da falência e ver suas crenças ruírem, não mede esforços para trazer a verdade a tona. Afinal, foi baseado em um clássico japonês, então é um pouco “preto no branco”. Mas e as corridas e batidas? Bom, faz parte do jogo e ninguém realmente se fere, então Speed não está sendo mau, certo?

 A estética do filme pode ser descrito como LSD visual. Depois de muito azul e verde em Matrix, parece que Speed Racer faz aflorar todas as gamas de cores, saturadas ao máximo, que os irmãos não usaram. Os cenários são simplesmente lindos, os ambientes criados, a cidade um tanto quanto futurista, as milhares de voltas e curvas das corridas... Esse arco-íris ululante e a rapidez das cenas das corridas, com movimento de câmeras faz com que o espectador realmente sinta o que os corredores sentem. Apesar de ser um filme para a família com um final nem um pouco surpreendente, Speed faz com que o espectador vibre, se emocione e torça pelo protagonista, coisa que poucos filmes estão fazendo.


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