(CONTÉM SPOILERS)
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Eis que mais uma temporada de Dexter chega ao fim. Esta
contava com assassinatos inspirados no apocalipse, todos muito criativos e
doentios. A temporada começou muito bem, os culpados eram interessantes,
principalmente Gellar, com sua frieza e convicção. Mas uma reviravolta no fim
do episódio nove começa a minar e acentuar os problemas da temporada. Apesar de
um pouco chocante e interessante, Gellar morto tira o charme fanático para
passar somente às alucinações e distúrbios de Travis. Talvez para apaziguar os
nervos conservadores com o tema, mas nem todos os assassinos eu usam religião
são loucos no sentido comprovado, com direito à remédios (apesar de que fariam
muito bem). Apesar disso, Travis também é interessante, mas se é pra comparar,
comparemos: não chega aos pés de Trinity nem do Ice Truck Killer, que faz uma
bem-vinda aparição em um episódio, guiando Dexter por sua natureza assassina.
Quero acreditar que as referências religiosas (o barco, principalmente) foram brincadeiras para flertar com a possível existência ou não de uma divindade superior, que seria irônico ao modo Dexter de ser.
O pior da temporada foi o arco de histórias da Debra.
Normalmente, sempre são, mas os roteiristas conseguiram se superar. Além de uma
trama óbvia no começo da temporada, o desenvolvimento da personagem no fim, com
o recém descoberto amor mais que fraternal pelo irmão é algo difícil de
engolir, simplesmente porque em seis anos nada nunca foi sugerido e de repente,
porque alguém mencionou o assunto, ela acredita. Os motivos também são passáveis:
os relacionamentos fracassados de Debra podem muito bem ser reflexo da falta de
atenção do pai, que passou a dedicar à Dexter para transformá-lo em nosso
serial killer favorito. Mas então, porquê??? Ora Batman, é claro que foi para
tornar maior o choque dela no fim da temporada. Porque se for da família tudo
bem, mas se for alguém que ama no sentido carnal...ah aí sim ficaremos chocados né? #not
Por fim, Debra descobre algo que nos livros ela sabe
desde o segundo: seu irmão é... “Um pai, um filho, um serial killer” (melhor
frase da temporada). O que ela fará, caçará Dexter ou será cúmplice? Ao pensar
no fim da quinta temporada, a tendência é a segunda opção. Em Setembro
saberemos. E até lá, espero que formulem uma trama decente para a mão do ITK.
1 comentários:
Começando pelo fim, também acho que a Deb vai consentir. Gostei muito da guinada que deram para a série nesta temporada. Desde a morte da Rita (o episódio mais chocante e na minha opinião o segundo melhor, justamente porque a Rita morre, o melhor fica com a morte do Brian), ficou faltando uma peça no quebra-cabeça. Tudo se encaixa para ele ficar com a Deb. Agora com a paixão de Deb pelo seu irmão, surge uma peça que dá sentido a trama no contexto geral. Hoje assisti ao final da 1ª temporada (morte do Brian) e o final da 4ª (morte da Rita). Concordo que essa temporada ficou muito aquém dessas, mas o final foi interessante. Quando a Deb falou pro Dexter cuidar da igreja eu já imaginava que ela apareceria lá no final, mas foi legal. Quanto a cena do barco, eu fiquei torcendo pra ele fazer alguma coisa, mas não tinha o que fazer. Ele mais uma vez cometeu erros, como havia cometido na caçada ao Trinity, sorte que o Travis era um lunático amador (bem colocado pela revista: ele não chega nem aos pés do ITK e do Trinity) e não conseguiu atingir a família do Dexter. Ele deveria ter ido ao médico. Pra mim, essa temporada foi a terceira melhor por causa dos diálogos do Dexter sobre religião e Deus, em que ele não acredita. Mais ali na cena do barco ficou claro pra mim, que o Dexter sabe reconhecer sua infalibilidade e que as vezes as coisas fogem do controle. Fazendo uma análise de todas as temporadas, percebo que ele está cada vez mais humano. Embora não consiga se desprender do seu instinto. Enfim, voltemos a real life. O fato de Michael C. Hal e Jennifer Carpenter terem sido casados na vida real deixa esse possível relacionamento fictício mais interessante ainda. O que acham? Até mais.
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