16 de out. de 2012

Das Prateleiras: Sempre ao Seu Lado

Posted by Natália Lins On 21:15 0 comentários



“Chora menina, assim sai água ruim da cabeça!” Sua avó ou sua mãe nunca lhe falou essa frase? A minha sempre fala. E se esse dito popular for realmente verdadeiro não resta mais nem um vestígio de água ruim na minha. Ela se foi toda quando assisti Sempre ao Seu Lado

O filme é um remake muito bem feito de uma película japonesa de 1987, intitulada Hachiko Monogatari, baseada em uma história real que ocorreu no Japão na década de 1920. Hachiko foi um cachorro da raça akita que se tornou famoso quando todo o país descobriu sua história de lealdade ao seu dono. Ele acompanhava seu amigo, um professor da universidade de Tóquio, todos os dias até a estação de trem e depois voltava no final do dia para buscá-lo. 

O verdadeiro Hachi e sua estátua

A refilmagem, Sempre ao Seu Lado se passa nos Estados Unidos durante os anos 1990. Certo dia, Parker (Richard Gere), um professor de música encontra (ou é encontrado) um filhote da raça akita em uma estação de trem. Após as inúteis tentativas de descobrir a quem pertencia o cão, Parker decide ficar com ele, mesmo contrariando a vontade de sua esposa, Cate (Joan Allen). 


Graças a seu amigo nipônico, Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa), Parker descobre quão nobre é a linhagem dos akitas. Em sua coleira estava impressa o kanji Hachi (“oito” em japonês), e esse se torna o nome de seu novo companheiro. Hachi vai crescendo e todo cheio de personalidade resolve acompanhar Parker até a estação todos os dias e retorna no final do dia para acompanhá-lo de volta para casa. Porém, algo trágico mudará o rumo da existência de Hachi e estampará para todos o valor da amizade sincera e a lealdade que existe entre um cão e um ser humano. 




O longa não apela para o humor barato ou situações extravagantes, ele consegue fisgar o espectador justamente pela simplicidade e correlação com o dia a dia. E claro, não tem como não se deixar levar pela emoção, principalmente a partir da metade da trama. Palmas para a interpretação dos cães que vivem Hachi em todas as fases de sua vida. 




O diretor sueco Lasse Hallström apostou na narrativa clássica, mostrou o cotidiano, a convivência de Parker e Hachi, assim como a família do professor e seus amigos. Um visual familiar que agrada o público. E a trilha sonora não deixa por menos. Composta por Jan A. P. Kaczmarek, que abusa do piano, o instrumento também tocado por Parker, faz o espectador imergir ainda mais no mundo do personagem. Um artefato emocional muito bem-vindo. 

Pegue aquela toalha usada em Marley e Eu e limpe o mar de lágrimas que transbordarão de seus olhos ao final desse belo filme. Dois conselhos: Assista a esse filme. Tenha um cachorro.




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