Os Candidatos chega aos cinemas em um momento extremamente propício: não só estamos em época de eleições no Brasil, mas os Estados Unidos decidem em breve quem será o presidente. Nada melhor que lançar um filme tirando sarro e criticando implicitamente os absurdos das campanhas políticas, seus gastos e falta de propostas e colocando bebês, propagandas com nudez e até o cachorro do filme O Artista no meio.
Na trama o candidato a deputado republicano Cam Brady (Will Ferrell,
O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy) vai para sua quinta reeleição pelo 14º distrito, o da Carolina do Norte. Como ele não tem concorrentes, é só se candidatar que ele automaticamente ganha. Tudo muda quando dois irmãos megaempresários, Wade Motch (Dan Aykroyd, Ghostbusters) e Glenn Motch (John Lithgow, 3rd Rock from the Sun) decidem que precisam de um candidato mais maleável e manipulável para o bem dos negócios deles. Eis que entra em cena Marty Huggins (Zach Galifianakis, Se Beber, Não Case!), um homem honesto e esquisito que quer agradar ao pai e ajudar o distrito.
Quando começa o jogo sujo pelos votos, o filme zoa descaradamente o Tea Party e todos os esteriótipos que este agrega: conservadores, nacionalistas que odeiam comunismo, individualistas, amantes de armas e guerras, preconceituosos e burros. Com debates que não exploram nenhuma proposta, os candidatos atacam unicamente as fraquezas um do outro com discursos cheios de adjetivos jogados e inflamados, que fazem a plateia vibrar. Não deixa de ser uma crítica extremamente engraçada (e sem noção). Desde o tipo de roupa até a raça de cachorros (os pobres pugs são considerados comunistas pela raça, atraindo a ira de eleitores), passando também pelo visual da família e da casa, tudo é uma arma contra o outro.
O filme tem cenas hilárias (o soco e as confissões, principalmente) e mesmo utilizando alguns clichês, não deixa de ser muito divertido e crítico, seja com os políticos, com o público manipulável, com as empresas investidoras que norteiam as eleições. E mesmo usando todos os esteriótipos ruins dos republicanos, não deixa de enaltecer as qualidades de cada personagem.
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