22 de set. de 2012

Crítica: Ted

Posted by Aline Guevara On 10:00 2 comentários




Era uma vez um menino que não tinha amigos. Nem entrar no meio de uma briga para bater nos garotinhos judeus próximo ao Natal ele conseguia; os agressores e até mesmo a vítima queriam distância dele. Foi quando um milagre natalino ocorreu: depois de desejar intensamente, o menininho vê seu ursinho de pelúcia ganhar vida, prometendo estar junto dele por toda a vida. Afinal, nada é mais forte do que o desejo de criança (a não ser um helicóptero apache com metralhadoras, que é uma coisa muito poderosa!).



E com a narração de Patrick Stewart nos explicando esses eventos do passado, assim como a ascensão de Ted como celebridade mundial e sua posterior queda no ostracismo (afinal, isso acontece com todas essas celebridades como Frankie Muniz e Justin Bieber), chegamos aos dias atuais. O antes menino, John (Mark Wahlberg), é um marmanjo de 35 anos, enquanto o doce Ted de voz infantil continua com a aparência fofa, mas agora fala grosso, diz palavrões, sai com prostitutas e fuma maconha.

John pode até ter a idade de um adulto, mas junto com Ted ele mantém a mentalidade infantil agindo de forma irresponsável e brincalhona, para desespero da namorada Lori (Mila Kunis), que apesar de tentar ser compreensiva, acaba prejudicada pelas atitudes dos dois. A garota então dá um ultimato ao namorado: ou eu, ou Ted.

O diretor, Seth MacFarlane, já tinha provado que sabia fazer um humor adulto de qualidade com Uma Família da Pesada, e agora mostra mesmo talento para fazer comédia mudando de mídia. O cineasta também assina o roteiro do fime, ao lado de seus antigos companheiros Alec Sulkin e Wellesley Wild, assim como faz a voz do ursinho e seus movimentos, com a mesma tecnologia usada para a construção de Gollum de O Senhor dos Anéis.

O relacionamento de John e Lori pode até acusar a velha fórmula da comédia romântica, mas Ted foge dos estereótipos e arranca muitas gargalhadas. MacFarlane está hilário como o ursinho e as piadas, que variam das situações clássicas ao completo absurdo, funcionam muito bem. O filme consegue fazer um humor politicamente incorreto sem ofender a inteligência do espectador. 

O filme é repleto de referências ao mundo pop e quem consegue entendê-las vai se divertir ainda mais, como perceber que o toque de celular de John para o telefone de Lori é o tema do vilão de Star Wars, Darth Vader. 

O filme também conta com algumas pequenas participações, como Norah Jones e Sam Jones, ator que viveu o Flash Gordon na série americana homônima nos anos 1980 e grande ídolo de John e Ted. Ryan Reynolds aparece, mudo, para fazer uma participação especialíssima. Além disso, o filme não poupa as celebridades tirando sarro de nomes como Katy Perry, Adam Sandler, Chris Brown e Taylor Lautner.

Elogiado pela crítica especializada e fazendo bons números de bilheteria, o que já levou a Universal a anunciar uma continuação para o filme, Ted se consagra como uma das melhores comédias do ano.

2 comentários:

de quem é aquele toque do celular de john que toca qndo ted iga ?

É o tema do seriado "A Super Máquina/ Knight Rider"
http://www.youtube.com/watch?v=GbfVmzF7N4g

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