The Secret Circle pode não encantar logo de primeira, mas certamente deixa o espectador curioso para continuar acompanhando. O episódio piloto, apesar de um ótimo e surpreendente começo, recorre a vários clichês: a estranha que chega à cidade pequena e provoca a curiosidade de todos os moradores; um romance que começa a florescer, mas terá que passar por obstáculos para se desenvolver; e, o mais irritante de todos, a garota anti-social que, ao descobrir que tem poderes sobrenaturais, prefere ignorá-los e continuar fingindo que é “normal”.
Mas tudo isso vai mudando ao longo dos episódios e a série vai mostrando que é muito mais do que aparentava ser de início.
Cassie Blake (Britt Robertson) é a protagonista da história e chega à Chance Harbor para morar com a avó depois da morte da mãe. Introvertida, ela acaba chamando mais atenção do que gostaria, especialmente de um grupo de jovens que parece que estavam à espera dela. São eles Diana (Shelley Hennig), Faye (Phoebe Tonkin), Adam (Thomas Dekker, de The Sarah Connor Chronicles), Melissa (Jessica Parker Kennedy) e Nick (Luois Hunter), que logo se revelam à garota como bruxos, explicam que ela também é como eles e que precisam se unir, formar o círculo de magia, para que possam controlar melhor seus poderes.
Existe ainda um mistério por trás da história. Há 16 anos, na cidade, o círculo de magia era formado pelos pais dos seis jovens e um incêndio matou parte deles. Esse provavelmente é o motivo de Amelia (Emily Holmes), mãe de Cassie, ter saído da cidade coma filha e nunca ter voltado. Não se sabe ao certo o que ocorreu e surgem dúvidas em relação ao verdadeiro potencial mágico do círculo. Pouco a pouco, relances da verdade por trás do mistério o círculo da geração anterior vão aparecendo para assombrar os novos bruxos, indicando que os próprios membros do grupo podem ser responsáveis pela tragédia.
Faye provavelmente é a bruxa mais divertida, ainda que imatura. Ela parece ser a única que realmente quer usar seus poderes. Mas também mostra um lado mais complexo e uma sensibilidade que se recusa a deixar transparecer para não ser vista como fraca.
Nick e Melissa têm menos tempo na tela do que os demais, mas conseguem cativar. Adam acaba sendo o menos interessante do grupo, relegado somente a interesse amoroso de Cassie e Diana. Com certeza pode ser melhor desenvolvido.
Bem, as histórias dos círculos de magia e a possibilidade de poderes de cada um são interessantes, ainda que inicialmente, só Cassie tenha recebido atenção nesse ponto. Falta um pouco mais de bruxaria de verdade e um pouco menos tramas paralelas que parecem não levam a lugar nenhum. E claro, um pouco menos de drama adolescente. Apesar da história ser baseada na trilogia de L. J. Smith, que também escreve a série de livros Diários do Vampiro, não quer dizer que a história precisa descambar para o chororô “eu o amo, ele me ama, mas não podemos ficar juntos”. Afinal, a história tem potencial, os personagens são carismáticos, mas precisam ser mais explorados, assim como a própria magia.
The Secret Circle não passa sem erros, mas te deixa suficientemente envolvido para continuar acompanhando.
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