“Para onde vamos, não precisamos de estradas” - Dr. Emmett Brown
A frase que encerra o primeiro filme descreve bem a mensagem que a trilogia como um todo nos faz sentir: não precisamos de estradas para alcançar o futuro, apenas de nossos sonhos.
E muito mais que um filme de ficção cientifica, um incrível filme de aventura ou até uma ótima comédia, “De volta para o futuro” é sobre sonhos e a realização dos mesmos.
Ao escrever essa matéria pensei que devesse contar a história do filme, ou citar a trama e até mesmo a brilhante atuação de Michael J. Fox, mas achei que não deveria fazer isso. Tudo isso já foi dito antes por diversas mídias, então, da mesma forma que o filme fala sobre sonhos, resolvi escrever sobre o que assisti no filme que me fez sonhar.
A trama logo do início nos traz Marty McFly e através dos olhos dele somos apresentados a Hill Valley, sua cidade e, pelo brilhantismo do diretor Robert Zemeckis, até mesmo a cidade é um personagem: ela tem uma alma e a vida de Marty nos apresenta a ela, pois sua história e sua família se mistura a importância da cidade.
Apenas através do desenvolvimento da história de Hill Valey, foi possível não só nos divertirmos com a viagem no tempo, mas também nos importarmos com a viagem. São as emoções que despertam ao vermos a praça central semi-destruída de 1985 ou totalmente limpa e brilhante de 1955, até a futurista.
As formas que a cidade toma através do tempo são só uma das emoções que o diretor quis passar ao filmar. Em entrevista o próprio Zemeckis contou que a história era sobre pessoas e não sobre hardware, por isso ele se centrou nos personagens em vez de efeitos especiais. No primeiro filme temos por volta de apenas 31 efeitos visuais, todo o resto é puro cinema. Até mesmo no roteiro original a máquina do tempo seria criada em uma geladeira velha, substituída ainda no roteiro com medo de que crianças ficassem presas nelas. Foi bom que assim usaram o DeLorean!
Mas como sabemos não é um drama que invoca intensas emoções. Longe disso, o filme segue uma comédia sutil em ritmo de aventura, sabendo balancear os dois, e com o tema viagem pelo tempo a ficção cientifica não ficou pra trás. Ele segue a teoria de que se pode viajar no tempo e não no espaço e que ações erradas no passado ou no futuro pode romper o continuum do tempo/espaço, causando um paradoxo que pode destruir nosso universo. Bom o próprio Doc Brown retifica isso dizendo que a destruição pode ficar contida em nossa galáxia. Um alívio, não?
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