H.P. Lovecraft não é um dos grandes nomes da literatura à toa. O escritor criou um dos maiores símbolos do horror, Cthulhu, e muitos outros ótimos contos de horror gótico. O livro A Cor que Caiu do Céu reúne nove desses contos.

São histórias com seres fantásticos, raças extra-planetárias nem um pouco amigáveis dos planetas mais remotos. Resta aos pobres protagonistas dois caminhos certos: a loucura ou a morte. Ninguém mandou descobrir segredos que não deveriam.
O conto que mais se destaca é o que dá nome ao livro: A Cor que Caiu do Céu. Ambientado na zona rural, conta exatamente o que se passa quando um enorme meteorito cai em uma fazenda. Após atrair muita atenção e turistas, descobre-se que o núcleo do objeto alienígena é uma cor como nenhuma outra da Terra, e que possui um certo cintilar.
Com o passar do tempo, nota-se algo de errado com o local: insetos proliferam, alguns enormes e albinos, frutos da fazenda começam a ficar acinzentados e com um odor repugnante, a vegetação à noite possui um brilho parecido com o da cor...
O protagonista é o próprio dono da fazenda. O horror se faz presente principalmente ao notar-se que pouco a pouco,
tudo vai ficando cinza, menos aquela cor. E como parar uma cor? E se ela infectar um humano?
O conto, narrado em primeira pessoa, como todos os de Lovecraft, possui extensa descrição, beirando a claustrofobia e impotência diante de seres tão mais poderosos, levando a finais raramente equilibrados ou esperados.
A Cor que Caiu do Céu é um livro que rende o leitor, que fica fascinado pelo pavor que encontra, levando-se a questionar se os sonhos do autor não eram uma porta para dimensões mais profundas.
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