Prestes a realizar uma
prova, Antônio (Gregório Duvivier) é surpreendido com uma decisão
da namorada, Adriana (Érika Mader), de terminar o relacionamento e
fugir para algum lugar. Com uma hora antes da partida, ela propõe a
chance de refletirem sobre o relacionamento. Surpreso, ele aceita
passar esse resto de tempo ao lado de Adriana. E assim, nessa
conversa pelo campus da faculdade se desenrola Apenas o Fim (2008).
Entre as belas
paisagens da PUC-RJ, o casal conversa sobre a situação e são
inseridos flashbacks dos dois discutindo assuntos amenos, sobre
elementos da cultura pop que influenciaram, e continuam
influenciando. O público se identifica vendo os ícones de uma
geração mesclados com a vida real. Uma vez que cresceu vendo
Cavaleiros do Zodíaco, Tartarugas Ninjas e Power Rangers; tendo
Britney Spears como musa; entre vários outros elementos fizeram
parte da formação dos jovens, que hoje tem seus 20, 30 anos.
Em Apenas o Fim, além
das inúmeras referencias à cultura pop, temos o fim de uma relação,
mas diferente do clichê quando se fala do fim de um romance. Na
trama o assunto é tratado com dignidade, usa-se de um realismo que
às vezes diverte e outras parte o coração.
Resumindo, é o retrato
de duas pessoas comuns, vivendo algo real, uma despedida e a
esperança de um recomeço.
O texto rápido lembra
os diálogos dos filmes de Woddy Allen; a caminhada da dupla é
herança dos filmes de amor de Richard Linklater, como Antes do
Amanhecer; o casal vive dilemas parecidos com os de Joel e Clementine, de Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças.
Apenas o Fim pode ser
simples, mas não é superficial, o roteiro e a direção de Matheus
Souza ganham naturalidade na atuação de Gregório e Érika, que
parecem improvisar em algumas situações de tão à vontade que
parecem em cena. Os personagens falam com propriedade daquilo que
conhecem cultura pop e amor.
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