6 de jan. de 2012

Head Shot: Batman - Arkham City

Posted by Thaís Colacino On 12:24 0 comentários

Batman sempre foi meu super-heroi favorito. Por isso, estava mais do que empolgada para jogar Arkham City, e o jogo não só atendeu como superou minhas expectativas.

A narrativa começa com Bruce Wayne sendo preso. Mas hein? Você pergunta, mas não darei mais spoilers. Mas sim, você começa jogando com Bruce Wayne (se tiver a extensão da mulher-gato, começa com ela).

Os gráficos estão muito bem trabalhados e o bairro Arkham City é extremamente variado, com a única conveniência de ser o local onde vários criminosos tinham aberto suas lojas. Explicando: a nova prisão, dirigida por Hugo Strange, era um bairro de Gotham que foi evacuada e fechada para abrigar os criminosos.
Falando neles, os desenvolvedores tiveram a boa ideia de não repetir vilões do primeiro jogo, salvo, é claro, o Coringa e o Charada. Não que eles não estejam na prisão, mas não fazem parte da trama principal, o que possibilita explorar outros vilões, como Duas-Caras, Pinguim e Sr. Frio, entre (muitos) outros.

O Charada é um caso à parte. Os desafios agora não consistem em somente pegar troféus espalhados e responder enigmas simples. Alguns servem para salvar reféns e a maioria precisa de muitas combinações de gadgets e inteligência do jogador para descobrir como pegar tudo o que é necessário. Sem mapas dessa vez, mas há informantes do vilão por toda a prisão, que devem ser interrogados para revelar as informações (ou seja, socar todo mundo ao redor e deixá-los por último!).

Ao pegar troféus e resolver as questões do Charada (são mais de 400, contando os desafios físicos), somos brindados com a história de Arkham City, afinal, o Batman é um detetive, e as pistas constroem um cenário rico e cheio de intrigas que demonstram bem porque o lugar está mais tenso do que deveria. Deixando claro que a voz de Hugo Strange ecoa por Arkham City afirmando que quem está lá dentro teve a chance com a sociedade e a perdeu, e que são responsáveis pela própria sobrevivência. A comida fica a cargo dos presos distribuírem, e são vigiados por guardas da corporação TYGER, que podem – e usam- força letal contra qualquer um que queira escalar os muros – inclusive o Batman.

Poderia abrir um parênteses aqui e filosofar sobre algumas frases que os presos dizem (“Eles têm que nos alimentar. Ainda somos humanos, certo?”) ou pela crueldade de alguns, que sempre riem quando há reféns a serem espancados e torturados (e há, muitos). Ou ainda que todos os presos sejam musculosos e sarados, mas deixa pra lá.


Jogar com a mulher-gato também é um ponto alto (se é que existe um baixo) do jogo. A jogabilidade não difere da do Batman, mas ela faz coisas como ficar de ponta cabeça em grades que o Morcego não faz. Ela tem a própria trama e bem menos gadgets que Batman (que já começa com quase todos os aparelhos do primeiro jogo e ganha muitos mais). Caso exista um terceiro jogo (alguém duvida? - se bem que, com a quantidade de...deixa pra lá =p) poderia haver a opção de mais personagens jogáveis no modo história, aumentando a participação da mulher-gato e do Robin, que só joga nos desafios e mapas próprios.


O jogo mostra também a destreza, habilidade, inteligência e arrogância da mulher-gato, afinal, que outra anti-heroína iria dar um golpe em um capanga enquanto olha para ver como estão as unhas? Além disso, há possiblidade de dois finais para todo o jogo por culpa da mulher-gato. Alguns capangas perguntam uns aos outros como ela sobrevive naquele lugar, e jogando com ela descobrimos o porquê.

A dificuldade do jogo vai aumentando a toda hora: assim como Batman recebe, além dos comentários espirituosos de Alfred e Oráculo, um monte de melhorias, seja de traje, combate ou aparelhos, os inimigos também vão evoluindo (e apelando). Há óculos para visão térmica, aparelhos que interferem na visão de detetive, blindagem, escudos e até lança-granadas, entre outras coisas.

As missões paralelas também ajudam um pouco a compreender o que seria ser o Batman. A todo momento você topa em uma, que pode levar a vilões menos conhecidos do grande público e em alguns exigem que o Batman investigue, enquanto em outros é só bater mesmo. Apesar de que, se você as deixar em segundo plano, elas continuam lá.

Por fim, a história do jogo é descoberta por Batman e pelo jogador ao mesmo tempo, que vai compreendendo o que está acontecendo a medida que encontra vilões ou pistas. Para mim, foi o melhor jogo do ano, mas sou suspeita em afirmar tal coisa. Aguardo ansiosamente que lancem um próximo, mesmo achando que patrulhar toda a cidade de Gotham seja um desafio imenso. Bring it on!

Vai encara

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