No começo, o patriarca da família, Eddard Stark, é chamado (mais para intimado) pelo rei a ser sua Mão, ou seja, algo como primeiro-ministro. Eddard – ou Ned, seu apelido – recusa, mas após sua cunhada (Lysa), irmã de sua esposa (Catelyn) acusar a Casa Lannister de assassinato de seu marido, o Mão anterior, Stark se vê obrigado a ir a capital do reino e descobrir a verdade.
Robb e Bran Stark com seus lobos gigantes recém nascidos e por isso pequenos (não são lindos?) |
O jogo em si é puramente político, com intrigas, indiretas, boatos e assassinatos encobertos, que os Senhores utilizam no jogo de sombras pelo Trono de Ferro, cadeira forjada com diversas espadas dos derrotados.
Tyrion: fluente em sarcasmo |
No primeiro livro, Martin opta por não utilizar nenhum fator mágico, e quando eles existem, são tratados com descrença pelos que habitam o reino. O leitor sabe bem que há uma ameaça, já contada no prólogo, de algo incrivelmente não natural. Nas terras livres, como são chamadas as terras longe do reino, a história é outra, mas não muito explorada nesse primeiro livro.
A bela Daenerys |
Os capítulos são divididos em perspectivas dos diferentes personagens, e não são poucos. Quase todos os Stark têm um para si, mas há também os de Tyrion Lannister, o anão anti-herói que é provavelmente um dos personagens mais carismáticos e adorados da série, e Daenerys Targaryen, a Dany, uma princesa, filha do rei anterior e última de sua Casa (porque se ela voltar para Westeros, morre!), outra das personagens favoritas dos leitores e que tem um amadurecimento incrível no livro. Como são na visão do personagem, há um grande desenvolvimento de cada um, o que torna as mortes mais difíceis, pois não são poucas. Martin não se preocupa em matar personagens principais e muito amados. Se for necessário para a trama, se é necessário para o jogo, eles são ceifados.
Martin - O sádico autor |
O cenário criado é extremamente rico e variado em detalhes. Martin cria diversas casas senhorais, com seus vassalos, e cada parte do reino tem uma paisagem, um lema, uma vestimenta, uma etnia. E ele descreve todas, e ao longo do livro o leitor já sabe de cor o gigantesco mapa e peculiaridades de cada local.
A história, acompanhando todos esses detalhes, é enorme, como se pode ver por cada livro, um maior que o outro. A trama tem raízes no passado, que Martin mistura ao presente nas recordações dos personagens, enriquecendo-os e desvendando aos poucos cada nova informação e trazendo os detalhes quando é conveniente.
Com personagens que os leitores amam e outros que eles amam odiar, Martin começa bem a saga, transportada com perfeição à série da HBO. Mas se você não aguenta esperar anos para saber quem triunfa no jogo, é melhor começar a ler. Mas, uma vez começado, é impossível parar.
Eddard Stark no Trono de Ferro |
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