Sempre acreditei que essa expressão tem um pouco de mágica em si mesma... Talvez a sonoridade que ela carregue seja em parte responsável por isso, ou talvez por carregar tanto significado. Temos a variação desse termo em português: Era uma vez. Apesar de também gostar muito da versão verde e amarela, confesso que a versão na língua de Shakespeare sempre me encantou mais. De alguma forma, ao ouvi-la ou mesmo pronunciá-la parece que tudo o que nos cerca começa a se desfazer e um reino muito muito distante de repente começa se formar...
Não sei se deu para perceber que sou aficionada por contos de fadas, mas esse provavelmente foi o motivo que me fez dar atenção para esta nova série, Once Upon A Time. Sem saber ao certo do que se tratava, apenas encantada com o título e a possibilidade de um seriado tratar das histórias que lia com tanta alegria na infância, resolvi conferir a trama.
Para quem, como eu inicialmente, não sabe do que se trata, Once Upon A Time é a nova aposta do canal ABC nas temporadas de estreias de séries nos EUA. A história trata de personagens de contos de fada que foram amaldiçoados pela Rainha Má e agora estão presos no nosso mundo, sem lembranças de seus passados. A cidadezinha de Storybrooke serve de morada para esses personagens, com destaque para a Branca de Neve, a Rainha Má, o Príncipe Encantado, Grilo Falante, Chapeuzinho Vermelho e Rumplestiltskin. O único a perceber a verdade é o garoto (fofo!) Henry (Jared Gilmore) que, com a ajuda de Emma Swan, tentará reverter o encanto.
Quem estava sentindo saudades da doce Cameron de House tem tudo pra gostar da protagonista da série. Emma é interpretada pela cada vez mais loira Jennifer Morrison (saudades de seus cabelos ruivos de outrora...) e se configura rapidamente em uma das personagens mais fortes da trama. Força que vai precisar caso queira cumprir seu papel de “salvadora” dos contos de fada, uma vez que encontra uma vilã a altura, a Rainha Má/Regina (Lana Parrilla) e, o trunfo da série, o terrível duende (ou sabe-se-lá-o-que-ele-é) Rumplestiltskin (o excelente Robert Carlyle). Para os românticos de plantão, é difícil não se encantar com o casal Branca de Neve/Mary (Ginnifer Goodwin) e Príncipe Encantado/David (Josh Dallas).
No seriado, a leveza dos contos de fada tem sido intercalada com aspectos mais sombrios das tramas originais narradas pelos Irmãos Grimm e outros contadores de histórias. Resta saber até que ponto os produtores irão se aventurar por esse caminho que foge dos moldes “felizes para sempre”. Se souberem utilizar sabiamente essa trilha, podem criar situações interessantes para os personagens e uma profundidade na narrativa, necessária a um seriado que queira ter uma vida longa nas telinhas.
Pelo que já deu para constatar pelos primeiros episódios da série, ela trará diversos contos e personagens fantásticos paralelamente a trama principal, com uma pitada aqui e acolá de originalidade e subversão nas tão conhecidas tramas da nossa infância (bem utilizado até o momento). A série está sendo bem recebida pelo público, portanto creio que podemos esperar mais príncipes encantados, princesas enfeitiçadas, feiticeiras más, fadas poderosas e muita magia.
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