Artemis Fowl é um livro infanto-juvenil que tem um peculiar protagonista: o tal Artemis, um garoto de 12 anos, com o maior Q.I. da Europa e também um gênio do crime. Sim, 12 anos, gênio do crime, ah sim, que só usa ternos. Porém, o pai sumiu, a mãe está ficando um pouco louca por causa disso e, com credores sumindo, resta a Artemis a árdua tarefa de manter o estilo de vida da família. Por isso ele resolve roubar o ouro das fadas.
Fadas? Sim, mas não aqueles seres que brilham no sol são meigos e fofos. As fadas da série têm armas, MUITAS armas, inclusive armas laser; armas que podem parar o tempo em determinado espaço e por determinado período e uma arma chamada "Biobomba" que destroi toda vida sem afetar nenhuma estrutura. Ou seja, nem um pouco dóceis e certamente quem não se deveria roubar, a não ser que você seja um gênio pré-adolescente. Sendo assim, Artemis resolve raptar uma fada e pedir o resgate. Mas as fadas não são boazinhas e não jogam pelas regras.
A série de livros é bastante interessante e mostra um bom desenvolvimento dos personagens e das situações, e contém muita ação, não só física.. Artemis é sarcástico, faz tiradas muito espirituosas, e consegue, sim, achar oponentes à altura de sua genialidade ou simplesmente situações que pareceriam impossíveis de resolver. Para ajudá-lo, ele tem um guarda-costas de sobrenome Butler, um homem de dois metros de altura treinado em todos os tipos de luta.
Fanart de Holly Short |
Do lado das fadas, temos a capitã Holly Short, que faz parte da LEPrecon (Liga da Elite de Polícia, unidade de reconhecimento), que foi a fada raptada (mas não se enganem, ela não é nenhuma donzela em perigo e é a porradeira da série, fora Butler) e Potrus, um centauro genial e egocêntrico responsável por toda tecnologia das fadas. Sim, um centauro. Porque o Povo, como são chamados, inclui não só fadas, mas diabretes, anões, gnomos, entre outros.
Artemis Fowl conta atualmente com sete livros (e será lançado um oitavo que aparentemente será o último) facilmente reconhecidos: são aqueles livros com capa metalizada brilhante e com códigos estranhos. De fato, os três primeiros livros contam com códigos diferentes que o leitor pode decodificar, enquanto os outros são escritos em gnomês (a lingua das fadas), como o primeiro.
Apesar da evolução dos personagens, o livro não manteve a alcunha que recebeu da mídia, de rival de Harry Potter (foram lançados em épocas parecidas), principalmente porque a profundidade deste não é encontrada em Artemis. Nos primeiros seis livros, tudo corre perfeitamente bem: a história é ótima, as tiradas de Artemis melhores ainda, há muita emoção e até viagens no tempo (que explicam como Artemis soube das fadas, para começar).
O problema foi o sétimo, O Complexo de Atlântida. O autor, Eoin Colfer, inicialmente faria somente três livros, com um final agradável. Voltou para um ótimo quarto, e conseguiu manter o ritmo por mais dois, mostrando até uma rival feminina para Artemis, Minerva, deixando a série impecável. Mas o sétimo parece um daqueles episódios de uma sitcom que está lá só para tomar espaço, com um tema recorrente e sem carisma. O oitavo, O Último Guardião, será lançado no verão estadunidense, e deve ser o último. Esperamos que ele volte ao ritmo dos seis primeiros e tenha uma história mais elaborada. Vendo pela sinopse, há esperanças.
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