Quem é fã do clássico hitchcockiano Psicose certamente viu com desconfiança a proposta de Bates Motel: ser um prelúdio do filme com foco na doentia relação entre Norman Bates e sua mãe, o que ajudou a formar a mente de um dos serials killers mais icônicos do cinema. Bem, a série estreou e já mostrou que, ao menos de início, não precisamos nos preocupar, pois o piloto é excelente.
Na trama, Norma Bates se muda com o filho Norman para uma pequena cidade para administrar o motel que acabou de adquirir como uma forma de começar uma vida nova após a (estranha) morte do marido.
A série nos prega uma "pegadinha" em seus primeiros minutos. Após um caracterização de cenário e personagens condizente com uma produção de época, eis que nos deparamos com celulares, roupas e carros modernos. Sim, Bates Motel se passa nos dias atuais, o que causa bastante estranheza. Mas ao mesmo tempo a decisão provoca uma análise interessante: Norma tenta viver em um mundo próprio, onde o tempo é congelado justamente em um período em que os pais eram a autoridade máxima e a rebeldia dos filhos dava lugar à submissão. E ela imerge o filho caçula neste mundo.
Freddie Highmore parece ser uma escolha acertada. Além da incrível semelhança com Anthony Perkins, ator que interpretou o personagem em Psicose, o garoto consegue passar a ingenuidade e o carisma característicos de Norman. E também já mostrou que consegue demonstrar só com o olhar seu lado mais assustador também, em desenvolvimento.
Já Vera Farmiga está perfeita no papel de Norma. Doce na medida certa, ela alterna as várias facetas da personagens com naturalidade. Uma hora agradável, outra forte, uma outra ainda obssessiva e manipuladora. As interações de mãe e filho são ótimas e já revelam o aspecto bizarro da relação dos dois, que influencia também nas relações de Norman com outras mulheres, como o receio de deixar a professora se aproximar.
Freddie Highmore parece ser uma escolha acertada. Além da incrível semelhança com Anthony Perkins, ator que interpretou o personagem em Psicose, o garoto consegue passar a ingenuidade e o carisma característicos de Norman. E também já mostrou que consegue demonstrar só com o olhar seu lado mais assustador também, em desenvolvimento.
Já Vera Farmiga está perfeita no papel de Norma. Doce na medida certa, ela alterna as várias facetas da personagens com naturalidade. Uma hora agradável, outra forte, uma outra ainda obssessiva e manipuladora. As interações de mãe e filho são ótimas e já revelam o aspecto bizarro da relação dos dois, que influencia também nas relações de Norman com outras mulheres, como o receio de deixar a professora se aproximar.
Existem muitas referências à Psicose, desde as cenas no banheiro com a famosa cortina até a sombra de Norma sendo vista na janela. Com uma direção de arte impecável, Bates Motel recria o motel e a casa dos Bates com perfeição. É difícil ver a escada da casa ou o quarto do motel sem sentir calafrios.
A série não se priva de mostrar cenas fortes, mas a direção de câmera o faz de forma elegante. O clima de tensão também é uma constante ao longo do episódio e bem conduzido, ainda que algumas cenas realizadas com esse propósito sejam desnecessárias, como o momento em que o policial utiliza o banheiro do hotel.
A série não se priva de mostrar cenas fortes, mas a direção de câmera o faz de forma elegante. O clima de tensão também é uma constante ao longo do episódio e bem conduzido, ainda que algumas cenas realizadas com esse propósito sejam desnecessárias, como o momento em que o policial utiliza o banheiro do hotel.
Bates Motel deixa muitos ganchos para serem desenvolvidos, como a história do irmão mais velho de Norman, o dia a dia do garoto na escola e a relação com os colegas (especialmente AS colegas), e, claro, o mais instigante, a assustadora cena final. Resta ver como a série irá desenvolver as suas subtramas e torcer para que os próximos episódios mantenham a qualidade deste primeiro.
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