“- Eu sou Bane! Essa cidade é minha! Eu destruí Batman, aqui esta seu herói, seu protetor, enterrem o cadáver!”
Assim bradou Bane do alto do prédio de Gotham, enquanto arremessava na rua perante as pessoas o corpo ferido do Homem-Morcego.
Dessa forma dramática começa a segunda parte da queda do morcego, publicado originalmente em 1993, e é também a última parte de nossa retrospectiva sobre uma das mais polêmicas sagas de Batman. Leia a Queda para conhecer o Retorno.
O corpo Batman padece sobre as ruas de Gotham, a polícia cerca esperando a ambulância que vem antes do esperado, mas não era uma ambulância comum, era Alfred, o leal mordomo de Bruce, Robin, seu parceiro, e Azrael, (saiba sobre ele aqui) e seu destino não foi um hospital, mas a Bat-caverna. O disfarce de ambulância comum foi ideia de Alfred, que sabia que para curar Bruce precisava tratar mais que seu corpo, mas também seu espírito de luta e sua força de vontade. Alfred sabia que Batman é a verdadeira vida de Bruce e se sua identidade fosse exposta num hospital Batman morreria e, com ele, talvez o próprio Bruce.
Os aliados do morcego agiram rápido e a Bat-caverna foi equipada às pressas, mas serviu para os socorros imediatos. Enquanto isso, Gotham queimava. Bane atacou pesado o crime e organizou a bagunça que ele mesmo fez, mas tudo isso por um fim: agora Bane era o “dono da cidade” e todos se reportavam a ele, inclusive a Mulher-Gato.
Na caverna, os esforços de Alfred deram resultado e Bruce acorda só para constatar que havia perdido: não sentia as próprias pernas. Alfred não perde tempo e procura uma especialista, a Dra. Shondra Kinsolving, médica que também cuidava do pai de Tim Drake, que também estava preso à uma cadeira de rodas.
Gotham City mergulha cada vez mais no caos e no crime que Bane criou, a cidade precisava de seu protetor mascarado e Bruce sabia bem disso. Em meio à dor ele deixa seu legado, a capa e o capuz, para Jean-Paul Valley, o Azrael, sob a condição de não enfrentar Bane. Jean-Paul se torna assim o Batman.
Os dias e noites passam e Bruce já fica fora de perigo de morte e andando de cadeira de rodas, até começando um envolvimento romântico com a Dra Shondra, chegando a pensar em revelar sua verdadeira identidade para ela. Azrael/Batman e Robin enfrentam o crime de rua o novo Homem Morcego se mostra muito mais agressivo e impiedoso, já não quer enfrentar o crime menor e deseja enfrentar Bane, quebrando a promessa feita a Bruce. Robin tenta ser a consciência dele, mas é inútil. Azrael/Batman procura os chefes do crime para conseguir chegar a Bane.
Alheio aos atos do novo Batman, Bruce procura a Dra Shondra na casa de seu outro paciente, o pai de Tim, mas acaba testemunhando o sequestro da Dra e do pai de Robin. Sentindo-se responsável por não impedir o sequestro, Bruce decide confiar cegamente no novo Batman e deixar a cidade sob sua proteção e a de Robin enquanto parte de Gotham em sua busca.
Na Bat-caverna, a parte da mente Jean-Paul Valley que ainda era Azrael começa a funcionar para ajudá-lo na sua nova identidade como Batman: ele entra em transe, projeta e constrói manoplas como parte de um novo arsenal para sua luta contra o crime, armas mais agressivas e possivelmente letais. As discussões com Robin sobre seus métodos começam a separar a dupla.
Com arsenal atualizado, o novo Batman caça os chefes do crime em Gotham até chegar a Bane. Em seu primeiro encontro a luta é violenta: Bane quer usar a luta de exemplo para ninguém mais assumir o uniforme e transformar o manto do morcego em uma mortalha fúnebre. Mesmo com arsenal modificado e letal, o novo Batman quase não sobrevive a luta, porém seu método assassino também feriu Bane e ambos se retiram. Para o novo Batman a caçada não termina, ele deixa o transe tomar conta dele novamente e dessa vez modifica o uniforme inteiro, troca o manto por uma sofisticada armadura corporal completa cheia de armas e lâminas, pronto para segundo round com Bane.
Com nova armadura o segundo confronto com Bane é um massacre tão grandioso que leva o vilão ao coma. As brigas com Robin aumentam a ponto do novo Batman expulsá-lo da Bat-caverna e da parceria, obrigando-o a agir sozinho.
Enquanto isso, longe de Gotham, Bruce rastreia os sequestradores até a Ilha de Santa Prisca, no estado que estava sabia que não conseguira enfrentar os bandidos, então usa suas conexões para ter ajuda de alguns membros da Liga da Justiça: o Arqueiro Verde, Tigre de Bronze e Cigana. Para se disfarçar ele usa uma “máscara de Bruce Wayne”, ou seja, finge ser Batman fingindo ser Bruce. Com membros da Liga dando suporte foi fácil invadir a ilha, mas os criminosos escapam com os reféns e a jornada de Bruce continua.
Em Gotham, o novo Batman segue pelos caminhos tortuosos guiados pelo Sistema de Azrael, cuja mente começa a desequilibrar principalmente quando ele vê imagens implantadas pelo Sistema. Ele continua sua missão, enfrentado todos os criminosos que aterrorizam Gotham, de Cara-de-Barro ao Coringa. Em cada luta ele se aproxima mais da vontade de matar. Ele enfrentou a loucura de Gotham, mas enfrentar tantas mortes e assassinatos sem sentido e ainda suportar o Sistema o afetou. Ele deixou Matadouro - um assassino em série - morrer e com isso sua vitima presa numa armadilha também morreu. Isso causa uma mudança no novo Batman, que decide que era hora do Batman matar.
Bruce continua sua busca e seu caminho o leva a Londres, onde ele se passa por um Lorde inglês para encontrar a Dra Shondra e Jack Drake, o pai de Tim. Sua investigação o leva ao irmão da doutora, que a sequestrou para usar seus poderes (que ela mal sabia que tinha) para matar a distâcia. Quando Bruce os encontra, ele se vê em meio a uma guerra telecinética entre os irmãos, e um dos efeitos disso é a recuperação da coluna quebrada de Bruce. Entretanto, as drogas ingeridas à força por ela, combinadas com o efeito da luta, reduzem a mente da doutora à de uma criança, e Wayne, relutantemente, a coloca numa instituição mental. Reféns salvos, hora de voltar para Gotham.
Ao voltar para Gotham, Bruce viu sua cidade sob terror, sua mansão abandonada, a caverna alterada e deturpada e seu legado manchado. Ele decide então recuperar o manto, foi até Jean-Paul, mas esse se recusou a devolver e até o ameaçou. Bruce teria que tomá-lo de volta.
Sua coluna estava boa novamente, mas seus reflexos de luta haviam desaparecido e seus músculos estavam preguiçosos por meses na cadeira. Ele precisava reaprender a lutar novamente, havia pouco tempo e Bruce procurou a assassina Lady Shiva, a única que poderia ensinar em pouco o que ele levou a vida toda para aprender. Ela o ensinou e o testou, ele só passaria no teste se matasse alguém, demorou semanas, mas Bruce estava pronto e no teste fingiu um assassinato, mantendo-se fiel a seu código, e logo estava pronto novamente e vestia o manto do morcego.
O encontro dos dois foi grandioso, a armadura de Batman/Azrael dava vantagem a Jean-Paul, mas técnica e experiência faziam a diferença para Bruce. Seu primeiro encontro não levou nada a não ser a luta, e Bruce sabia que precisava derrotá-lo mentalmente e não no físico.
A Bat-caverna foi o cenário final, Bruce entrou pela passagem que caiu quando era uma criança, pequena e estreita, tampada apenas por uma tábua colocada ali pelo pai de Bruce. Por essa entrada ele foi até Jean-Paul, que estava feroz e imponente em sua armadura e o confrontou com palavras. Como esperado, o novo Batman se voltou para violência e atacou Bruce, mas este não reagiu, voltando pelo mesmo caminho estreito. Jean-Paul estava descontrolado e o seguiu, mas o caminho não tinha espaço para a armadura, então ele foi tirando peça por peça, sobrando só a máscara.
Quando alcançou Bruce, este estava embaixo da tábua que cobria a entrada. Bruce a retirou e deixou a luz invadir o local escuro. Jean-Paul viu a luz e viu Bruce como Batman, viu o verdadeiro Batman, o que fez voltar um pouco da sanidade que tinha e se entregou. Bruce Wayne novamente voltou a ser o único e verdadeiro Batman, o Cavaleiro das Trevas.
Mais sobre o Morcego:
Vs the world: Batman - A Origem de Bane
Radio Gaga: O som de Hans Zimmer
Das Prateleiras: Batman Begins & The Dark Knight
Crítica: Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge - The Dark Knight Rises
Assim bradou Bane do alto do prédio de Gotham, enquanto arremessava na rua perante as pessoas o corpo ferido do Homem-Morcego.
Dessa forma dramática começa a segunda parte da queda do morcego, publicado originalmente em 1993, e é também a última parte de nossa retrospectiva sobre uma das mais polêmicas sagas de Batman. Leia a Queda para conhecer o Retorno.
O corpo Batman padece sobre as ruas de Gotham, a polícia cerca esperando a ambulância que vem antes do esperado, mas não era uma ambulância comum, era Alfred, o leal mordomo de Bruce, Robin, seu parceiro, e Azrael, (saiba sobre ele aqui) e seu destino não foi um hospital, mas a Bat-caverna. O disfarce de ambulância comum foi ideia de Alfred, que sabia que para curar Bruce precisava tratar mais que seu corpo, mas também seu espírito de luta e sua força de vontade. Alfred sabia que Batman é a verdadeira vida de Bruce e se sua identidade fosse exposta num hospital Batman morreria e, com ele, talvez o próprio Bruce.
Os aliados do morcego agiram rápido e a Bat-caverna foi equipada às pressas, mas serviu para os socorros imediatos. Enquanto isso, Gotham queimava. Bane atacou pesado o crime e organizou a bagunça que ele mesmo fez, mas tudo isso por um fim: agora Bane era o “dono da cidade” e todos se reportavam a ele, inclusive a Mulher-Gato.
Na caverna, os esforços de Alfred deram resultado e Bruce acorda só para constatar que havia perdido: não sentia as próprias pernas. Alfred não perde tempo e procura uma especialista, a Dra. Shondra Kinsolving, médica que também cuidava do pai de Tim Drake, que também estava preso à uma cadeira de rodas.
Gotham City mergulha cada vez mais no caos e no crime que Bane criou, a cidade precisava de seu protetor mascarado e Bruce sabia bem disso. Em meio à dor ele deixa seu legado, a capa e o capuz, para Jean-Paul Valley, o Azrael, sob a condição de não enfrentar Bane. Jean-Paul se torna assim o Batman.
Os dias e noites passam e Bruce já fica fora de perigo de morte e andando de cadeira de rodas, até começando um envolvimento romântico com a Dra Shondra, chegando a pensar em revelar sua verdadeira identidade para ela. Azrael/Batman e Robin enfrentam o crime de rua o novo Homem Morcego se mostra muito mais agressivo e impiedoso, já não quer enfrentar o crime menor e deseja enfrentar Bane, quebrando a promessa feita a Bruce. Robin tenta ser a consciência dele, mas é inútil. Azrael/Batman procura os chefes do crime para conseguir chegar a Bane.
Alheio aos atos do novo Batman, Bruce procura a Dra Shondra na casa de seu outro paciente, o pai de Tim, mas acaba testemunhando o sequestro da Dra e do pai de Robin. Sentindo-se responsável por não impedir o sequestro, Bruce decide confiar cegamente no novo Batman e deixar a cidade sob sua proteção e a de Robin enquanto parte de Gotham em sua busca.
Na Bat-caverna, a parte da mente Jean-Paul Valley que ainda era Azrael começa a funcionar para ajudá-lo na sua nova identidade como Batman: ele entra em transe, projeta e constrói manoplas como parte de um novo arsenal para sua luta contra o crime, armas mais agressivas e possivelmente letais. As discussões com Robin sobre seus métodos começam a separar a dupla.
Com arsenal atualizado, o novo Batman caça os chefes do crime em Gotham até chegar a Bane. Em seu primeiro encontro a luta é violenta: Bane quer usar a luta de exemplo para ninguém mais assumir o uniforme e transformar o manto do morcego em uma mortalha fúnebre. Mesmo com arsenal modificado e letal, o novo Batman quase não sobrevive a luta, porém seu método assassino também feriu Bane e ambos se retiram. Para o novo Batman a caçada não termina, ele deixa o transe tomar conta dele novamente e dessa vez modifica o uniforme inteiro, troca o manto por uma sofisticada armadura corporal completa cheia de armas e lâminas, pronto para segundo round com Bane.
Com nova armadura o segundo confronto com Bane é um massacre tão grandioso que leva o vilão ao coma. As brigas com Robin aumentam a ponto do novo Batman expulsá-lo da Bat-caverna e da parceria, obrigando-o a agir sozinho.
Enquanto isso, longe de Gotham, Bruce rastreia os sequestradores até a Ilha de Santa Prisca, no estado que estava sabia que não conseguira enfrentar os bandidos, então usa suas conexões para ter ajuda de alguns membros da Liga da Justiça: o Arqueiro Verde, Tigre de Bronze e Cigana. Para se disfarçar ele usa uma “máscara de Bruce Wayne”, ou seja, finge ser Batman fingindo ser Bruce. Com membros da Liga dando suporte foi fácil invadir a ilha, mas os criminosos escapam com os reféns e a jornada de Bruce continua.
Em Gotham, o novo Batman segue pelos caminhos tortuosos guiados pelo Sistema de Azrael, cuja mente começa a desequilibrar principalmente quando ele vê imagens implantadas pelo Sistema. Ele continua sua missão, enfrentado todos os criminosos que aterrorizam Gotham, de Cara-de-Barro ao Coringa. Em cada luta ele se aproxima mais da vontade de matar. Ele enfrentou a loucura de Gotham, mas enfrentar tantas mortes e assassinatos sem sentido e ainda suportar o Sistema o afetou. Ele deixou Matadouro - um assassino em série - morrer e com isso sua vitima presa numa armadilha também morreu. Isso causa uma mudança no novo Batman, que decide que era hora do Batman matar.
Bruce continua sua busca e seu caminho o leva a Londres, onde ele se passa por um Lorde inglês para encontrar a Dra Shondra e Jack Drake, o pai de Tim. Sua investigação o leva ao irmão da doutora, que a sequestrou para usar seus poderes (que ela mal sabia que tinha) para matar a distâcia. Quando Bruce os encontra, ele se vê em meio a uma guerra telecinética entre os irmãos, e um dos efeitos disso é a recuperação da coluna quebrada de Bruce. Entretanto, as drogas ingeridas à força por ela, combinadas com o efeito da luta, reduzem a mente da doutora à de uma criança, e Wayne, relutantemente, a coloca numa instituição mental. Reféns salvos, hora de voltar para Gotham.
Ao voltar para Gotham, Bruce viu sua cidade sob terror, sua mansão abandonada, a caverna alterada e deturpada e seu legado manchado. Ele decide então recuperar o manto, foi até Jean-Paul, mas esse se recusou a devolver e até o ameaçou. Bruce teria que tomá-lo de volta.
Sua coluna estava boa novamente, mas seus reflexos de luta haviam desaparecido e seus músculos estavam preguiçosos por meses na cadeira. Ele precisava reaprender a lutar novamente, havia pouco tempo e Bruce procurou a assassina Lady Shiva, a única que poderia ensinar em pouco o que ele levou a vida toda para aprender. Ela o ensinou e o testou, ele só passaria no teste se matasse alguém, demorou semanas, mas Bruce estava pronto e no teste fingiu um assassinato, mantendo-se fiel a seu código, e logo estava pronto novamente e vestia o manto do morcego.
O encontro dos dois foi grandioso, a armadura de Batman/Azrael dava vantagem a Jean-Paul, mas técnica e experiência faziam a diferença para Bruce. Seu primeiro encontro não levou nada a não ser a luta, e Bruce sabia que precisava derrotá-lo mentalmente e não no físico.
A Bat-caverna foi o cenário final, Bruce entrou pela passagem que caiu quando era uma criança, pequena e estreita, tampada apenas por uma tábua colocada ali pelo pai de Bruce. Por essa entrada ele foi até Jean-Paul, que estava feroz e imponente em sua armadura e o confrontou com palavras. Como esperado, o novo Batman se voltou para violência e atacou Bruce, mas este não reagiu, voltando pelo mesmo caminho estreito. Jean-Paul estava descontrolado e o seguiu, mas o caminho não tinha espaço para a armadura, então ele foi tirando peça por peça, sobrando só a máscara.
Quando alcançou Bruce, este estava embaixo da tábua que cobria a entrada. Bruce a retirou e deixou a luz invadir o local escuro. Jean-Paul viu a luz e viu Bruce como Batman, viu o verdadeiro Batman, o que fez voltar um pouco da sanidade que tinha e se entregou. Bruce Wayne novamente voltou a ser o único e verdadeiro Batman, o Cavaleiro das Trevas.
Mais sobre o Morcego:
Vs the world: Batman - A Origem de Bane
Radio Gaga: O som de Hans Zimmer
Das Prateleiras: Batman Begins & The Dark Knight
Crítica: Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge - The Dark Knight Rises
1 comentários:
Essa é da época em que ainda era viável colecionar quadrinhos no Brasil. Ainda tenho toda a saga guardada aqui =)
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