Em tempos de ameaças nucleares vindas da Coreia do Norte, chega aos cinemas Invasão à Casa Branca (Olympus Has Fallen), que retrata a tomada do maior símbolo de poder dos EUA caindo nas mãos dos terroristas orientais. A coincidência com o momento é interessante, mas longe de trazer qualquer discussão ao tema, como os cartazes mesmo podem indicar o longa não passa de um filme de ação absurdo e nacionalista.
O presidente e a sua esposa |
Mike Banning (Gerard Butler) é chefe da segurança do presidente Benjamin Asher (Aaron Eckhart) e é extremamente eficaz na função. Sua relação com a "primeira-família" vai bem além da situação padrão de empregado e patrão; ele é amigo de confiança de seu protegido, assim como de sua esposa, e é visto pelo filho do casal como um modelo a ser seguido. Tudo isso muda após um trágico acidente de carro que culmina na retirada de Banning de seu cargo.
Meses depois, a Casa Branca é atacada e tomada por terroristas norte-coreanos, que fazem o presidente e seus secretários reféns. Banning, que consegue se infiltrar no local, oferece a melhor (e a única) chance de salvá-los, além de eliminar a ameaça.
Estabelecida a premissa, que chega a ser interessante, o filme segue por uma sucessão de momentos de ação absurdos e cansativos, no qual o herói segue matando seus oponentes um a um enquanto que o restante de toda a força militar norte-americana se mostra extremamente incompetente em fazer qualquer coisa. Morgan Freeman parece estar nos trollando na história, mais interessado em tomar café do que fazer algo efetivo para conter os terroristas.
A ineficiência dos burocratas |
A duração do filme também incomoda. Duas horas é muito tempo para se gastar com um filme repleto de ação aonde nada faz muito sentido. Invasão à Casa Branca estaria muito bem estabelecido com uns 30 minutos a menos e muitas cenas desnecessárias cortadas. Menos tempo para ficar frustrado na frente da telona.
As cenas de ação são bem realizadas e surpreendem por não se privarem de imagens violentas, com muito sangue voando para todos os lados. Mas com um roteiro mais furado do que uma peneira e com atores funcionando no automático, Invasão à Casa Branca tem problemas até para se transformar em um bom entretenimento. Se não fosse tão barulhento, o filme ofereceria uma boa sessão-soneca.
O herói da nação |
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