12 de fev. de 2013

Crítica: Meu Namorado é um Zumbi

Posted by Natália Lins On 23:35 1 comentários



Como na maioria das vezes, a tradução dos títulos dificilmente condiz com a realidade dos filmes lançados. É o caso de Meu Namorado é um Zumbi, que com a tradução da distribuidora brasileira não transmitiu a complexidade que o original Warm Bodies (Corpos Quentes) pretendia obter. 

O público, ao ler um título como esse, imediatamente acredita que trata-se de mais uma comédia romântica, com uma história melosa e cheia de clichês. Mas não se deixe levar por esse título medonho. A película trata sobre relacionamentos amorosos sim, mas de uma forma mais complexa do que parece e fala do que nós humanos precisamos de fato para que nos sintamos vivos de verdade. 

O longa aborda uma realidade pós-apocalíptica zumbi em tom de sátira no primeiro momento, com referências da cultura pop e incomodando um pouco os fãs acalorados dos mortos-vivos, com informações que desmentem os mitos criados em cima do gênero. Baseado na obra Sangue Quente, de Isaac Marion, ele conta a história de R (Nicholas Hoult), um zumbi que só lembra-se da primeira letra do nome e que passa os dias perambulando entre os destroços da cidade em busca de alimento, esbarrando em outros zumbis e comunicando-se através grunhidos além de fugir de esqueletos que representam outro estágio de decomposição, ainda mais selvagens.



Ao se alimentar do cérebro de um vivo o zumbi tem acesso às memórias daquela pessoa. É assim que R se apaixona por Julie (Teresa Palmer). Ele devora o cérebro de Perry (Dave Franco), namorado da moça e assim entra em contato com os sentimentos e as lembranças do rapaz. A partir desse momento, R faz de tudo para mantê-la viva, algo que nunca havia acontecido entre essas criaturas e, por ser uma situação inédita, ele não sabe como agir. Mas sabe o principal: o amor está transformando sua condição física.


O filme é realmente uma miscelânea de gêneros. Com muito humor ele faz referência a clássicos como Romeu e Julieta, Madrugada dos Mortos e, claro, também lembramos um pouquinho do iluminado vampiro Edward de Crepúsculo. Mas o resultado não é tão absurdo quanto parece. As trilhas tocadas ao longo da narrativa merecem respeito e destaque: Scorpions, Bruce Springsteen e  Bob Dylan embalam os momentos mais importantes do casal. Assim como a atuação de Nicholas Hoult no papel principal que, mesmo com expressões faciais limitadas, transmite muito bem os sentimentos de R. 

Dirigido com competência por Jonathan Levine, Meu Namorado é um Zumbi trata-se de uma história sensível que, com uma pitada de comicidade, aborda questões importantes como a luta por trazer a vida aos corações e relembra as pessoas o que é importante para viver. Pode parecer clichê, mas, o amor pode realmente curar.



1 comentários:

Eu gostei do filme, mesmo sendo super fã de zumbis e esse não ter nada a ve com oq estamos acostumados o filme é bem legal se vc for de cabeça aberta para ele.

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