Nove anos depois da icônica Sex and the City chegar ao fim (vamos ignorar os filmes), chega às telinhas a prequel que demorou para sair, mas veio: The Carrie Diaries. Centrada novamente em Carrie, vemos agora a adolescência da protagonista nos anos 80 e seu caso de amor com Nova York, principalmente a ilha de Manhattan.
A ambientação da série está perfeita: todos usam roupas muito coloridas e que atualmente muitos dizem não combinar, permanente no cabelo está na moda e a trilha sonora é composta por Cindy Lauper, Laid Back e Madonna.
A trama começa estabelecendo os problemas pelos quais Carrie está passando: a perda recente da mãe para o câncer, a irmã problemática, o isolamento no colégio, o garoto bonito e novo na escola. Sim, porque em meio a todos os dramas, trata-se de uma série adolescente com todos os dramas que acarretam.
O que o diferencia de outras séries adolescentes atuais então? A inocência de Carrie, por exemplo. Ela é virgem e perde a inocência não para o sexo, mas para uma cidade. A personagem compreende que amadurece pelas situações que vive e aprende, e não pela quantidade de homens com que fica. Uma maturidade rara em uma série adolescente.
As narrações em off dos sentimentos da protagonista e as situações cômicas que quebram tais contemplações continuam a existir, tanto como uma homenagem quanto pela identidade do programa. A moda também tem sua devida importância mostrada, com Carrie surtando que não tem o que vestir mesmo com várias roupas no chão, algo que não mudou nunca.
A série acerta em deixar um pouco de lado os dramas do colégio, tendo até uma pegada meio Meninas Malvadas, inserindo Nova York na metade do episódio, tornando-o mais interessante.
AnnaSophia Robb faz um bom trabalho como Carrie, mas precisa de mais tempo atuando para conferir mais emoções à personagem. Ela também parece ter 15 anos, mesmo tendo 20 na vida real (choque: ela fez Violet, a criança mastigadora de chicletes, na refilmagem de A Fantástica Fábrica de Chocolates. Sintam-se velhos!).
De fato, o único problema da série é Stefania Owen, a Dorrit, irmã de Carrie. A atriz não dá força a personagem, e o roteiro peca em não fornecer um motivo fora a perda da mãe para a garota se rebelar tanto.
Por fim, as primeiras impressões são que The Carrie Diaries tem um bom piloto e tem tudo para uma ótima temporada.
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