Relembrando as grandes sagas dos HQs, hoje vamos relembrar um clássico do vingador dourado, A Guerra das Armaduras. Com roteiro de David Michelinie, desenhos de Mark D. Bright e arte-final de Bob Layton, o arco foi publicado no Brasil em 1991, em O Incrível Hulk, edições #102 a #107 editora Abril. (originalmente em Iron Man #225 a #231).
Para entender esta saga temos que relembrar como era o Homem de Ferro dos anos 90, mais precisamente Tony Stark. Sua personalidade não era muito diferente do Tony mostrado nos filmes Homem de Ferro. Stark já era playboy, bilionário, filantropo e gênio, mas tinha algumas diferenças básicas, gozava da liberdade de uma identidade secreta. Para o público, Homem de Ferro era seu guarda costas e de sua empresa, uma pessoa anônima utilizando sua tecnologia sob contrato. Esse engodo dava liberdade para Tony agir à margem da lei quando preciso como Homem de Ferro sem comprometer sua imagem ou sua empresa.
Outra diferença: seu amigo de longa data James Rhodes, (hoje o Máquina de Combate), tinha pendurado sua armadura de Homem de Ferro (sim, ele substituiu Tony como vingador blindado num curto período durante a fase "demônio na garrafa", saga que Tony entregou-se ao vício do alcoolismo e não conseguia nem usar a armadura). Essa saga se passa muitos anos antes de Rhodes se tornar Máquina de Combate.
Vamos a saga:
Em seu laboratório Tony tem seu pior pesadelo ganhando vida quando ao analisar a armadura de combate de um inimigo derrotado meses antes. Descobre algo perturbador: grande parte da tecnologia da armadura foi criada por ele mesmo. Tecnologia roubada por espiões industriais, Stark não perde tempo e monta um esquema de contra espionagem e sua investigação o leva a Justin Hammer, concorrente de Stark sem escrúpulos.
Descobre que sua tecnologia fora roubada pelo 1º Espião-Mestre, pouco antes de sua morte. A tecnologia foi vendida e utilizada por diferentes vilões em suas armaduras e armas especiais, Hammer vendeu até mesmo para o governo dos Estados Unidos. Vilões como...
Nas palavras do próprio Tony Stark "Quantos não derramaram sangue com minha espada?"
Começa então uma verdadeira guerra para Tony destruir sua espada para ninguém mais causar mal com ela, guerra que toma âmbitos legais quando Stark contrata advogados para cobrar suas patentes no estado. Obviamente não havia muito o que a lei podia fazer, principalmente quanto aos vilões que não abririam mão de suas armaduras. Começa então uma cruzada implacável do Homem de Ferro para destruir cada armadura.
Com sua genialidade, Tony criou um inibidor que destrói toda Tecnologia Stark de qualquer armadura e com ele nas mãos passa rastrear e caçar vilões pelo mundo.
Característica da genialidade de Tony: ele emprega nessa saga Armaduras especiais para algumas missões, como a armadura stealth, utilizada para invadir a Rússia (a Guerra Fria ainda era muito presente nas HQs dessa época).
A imprensa noticiava a caçada do Homem de Ferro aos vilões de armadura, e seus atos ja refletiam nas indústrias, mas tudo ainda iria piorar. Tony não foi atras só dos bandidos, ele temia mal uso de sua tecnologia até pelos mocinhos, e sendo assim, partiu para cima e destruiu a armadura do Arraia, um oceanógrafo que usa armadura para pesquisa aquática e já foi dos Vingadores. Com a má publicidade dos atos do Homem de Ferro e sabendo que sua missão só iria piorar, Tony "demite" Homem de Ferro como seu guarda-costas e não assume responsabilidade por nenhum de seus atos. Essa foi a liberdade da máscara, principalmente porque as coisas só iriam piorar porque Homem de Ferro agora atacaria o governo que usava sua tecnologia de armaduras na super-prisão para sobre-humanos, a Gruta.
Homem de Ferro invade a gruta jogando gás anestésico na ventilação, assim colocando pra dormir a maioria dos vilões, mas os Guardiões (soldados usando armaduras com tecnologia Stark), estão bem ativos e a batalha acontece. O inibidor dá uma vantagem até injusta para Tony, mas prisioneiros e Guardiões não são os únicos que Stark encontra na prisão, ele também encontra Steve Rogers, o Capitão America (na época usando outro uniforme e chamado apenas Capitão, devido sua própria trama em sua HQ).
Aqui começou toda uma disputa ideológica que culminou na Guerra Civil e se estende até nas histórias atuais, mostrada até no cinema, no filme dos Vingadores, tudo teve origem aqui.
A luta termina com os Guardiões desativados e uma ferida na amizade entre Steve e Tony que nunca iria cicatrizar. Também termina com o governo pedindo a prisão do Homem de Ferro e sua expulsão dos Vingadores.
Aqui começou toda uma disputa ideológica que culminou na Guerra Civil e se estende até nas histórias atuais, mostrada até no cinema, no filme dos Vingadores, tudo teve origem aqui.
A luta termina com os Guardiões desativados e uma ferida na amizade entre Steve e Tony que nunca iria cicatrizar. Também termina com o governo pedindo a prisão do Homem de Ferro e sua expulsão dos Vingadores.
Tempos difíceis e sua missão ainda não havia acabado: restava uma última missão na Rússia contra o Dinamo Escarlate e o Homem de Titânio. Missão que terminou com a destruição das armaduras dos vilões e a morte do Homem de Titânio. Nesse ponto o governo resolve dar um fim no herói.
Foi desenvolvida então a armadura Poder de Fogo utilizando tecnologia Stark de último tipo. Era sofisticada e fazia jus ao nome, fortemente armada. O combate contra ela foi um verdadeiro massacre, a poderosa Poder de Fogo vinha ferindo gravemente Tony que percebeu que não sobreviveria, mesmo tentando uma retirada estratégica em um helicóptero pilotado por Rhodes. Poder de Fogo foi atrás. Temendo por seu amigo Homem de Ferro, alça voo deixando o helicóptero fora de perigo da batalha, mas Poder de Fogo coloca um fim na luta com um míssil que destrói a armadura.
Tony simulou a morte do Homem de Ferro colocando sangue (havia preparado o helicóptero como uma UTI, já imaginava sair ferido da luta), e deixando ela voar vazia por controle remoto. Poder de Fogo destruiu uma casca vazia. Tony usou aquilo para não ter que explicar suas ações e "contratou" um novo Homem de Ferro, criando uma armadura nova e partiu para o segundo round com Poder de Fogo.
O novo traje era tão avançado que a revanche contra o temível Poder de Fogo (já totalmente fora do controle dos militares) foi rápida e eficiente. Stark sofreu muito, perdeu amigos e ganhou feridas físicas e emocionais, mas conseguiu colocar o gênio de volta na garrafa, cumpriu sua missão e jurou que sua "espada" não cairia em mão erradas novamente.
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