A quinta temporada de True Blood começou exatamente onde a quarta parou (spoilers da quarta em frente!): Sookie pede ajuda de Lafayette para limpar a bagunça que Debbie e Tara fizeram, Eric e Bill tinham acabado de matar a porta voz da Autoridade Vampírica e Sam e Alcide tinham matado o líder da matilha. Enquanto isso, alguém desenterrou Russel Edgington, o vilão da terceira temporada (e o mais legal até aqui).
Com um começo bem interessante, a quinta temporada foi recheada de fanatismo religioso, muitas tramas paralelas chatas e perda de ritmo que só engrenou novamente no último episódio.
(Spoilers da quinta temporada)
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Roman |
Depois de quatro temporadas ouvindo falar da famosa "Autoridade", Eric e Bill são levados até a sede dela e entendemos o que de fato eles são e como comandam: eles são fanáticos religiosos que acreditam na convivência pacífica com os humanos porque alguém interpretou a biblía de Lilith assim. Mas como nem todos interpretam assim, há intrigas sutis e veladas que culminam com forças opostas ("vampiros devem dominar e beber de toda a humanidade") agindo e tomando o controle.
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Lilith |
No começo Bill e Eric são levados à Autoridade para morrerem, mas conseguem negociar devido a Russel continuar vivo. Quando descobrem que ele está solto, chamam Sookie, que nesse meio tempo estava enterrando mais pessoas e implorando a ajuda de Pam. Resolvido o problema do sumiço do vampiro antigo, este se recupera com ajuda interna para matar o chanceler dos chanceleres, Roman. E a nova lei é matar os humanos a bel-prazer.
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Chancelers e o sangue de Lilith |

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Salomé, vampira antiga |
A temporada começa bem, até o momento em que os vampiros bebem o sangue da Lilith e ficam chapados. Depois disso há resoluções das outras tramas, enquanto a Autoridade enrola, discutindo o que fazer, amando Lilith, deixando todos loucos e Eric querendo sair dali, levando a irmã, Nora, que é uma das mais fanáticas. É interessante observar que no começo, Roman dava uma gota de sangue para cada Chanceler, mas o efeito do sangue só ocorre depois...
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Ensandecido, Bill só quer poder e se livrar da culpa |
Com episódios arrastados, outras tramas surgem. Sim, mais tramas. Sookie e Jason descobrem que os pais foram mortos por um vampiro e começam a seguir pistas que os levam à boate das fadas, que parecem não servir para nada na série a não ser brilhar e arranjar confusão. Mesmo a mais velha delas, que aparece somente no penúltimo episódio e deveria ser a mais sábia, é caracterizada como um ser estranho e de pouca inteligência. A trama não é resolvida, servindo para deixar Jason com ódio de vampiros e se preparando para a guerra que irá acontecer. Outro fato engraçado é ele delirar com a visão dos pais mortos incentivando a matança de vampiros e Sookie, a telepata, se preocupar com ele e não ouvir tais pensamentos.
Tara agora tem mais atitude, apesar de continuar com aquele comportamento que alguns amam e muitos detestam. O vampirismo fez bem para ela e a relação com Pam é ótima, culminando em belo momento no último episódio. E quando Eric fala de Pam, seja pedindo ajuda ou seja encontrando-a, mostra todo o amor fraterno que sente pela cria e ela por seu criador.
Com o passar dos episódios, Bill vai enlouquecendo e deixando-se levar pela religião encontrada, simplesmente para livrar-se da culpa que sentia e tornar-se poderoso "por direito". Além do motivo egoísta e ambicioso, vemos como ele manipula aqueles ao seu redor e utiliza astúcia para conseguir seus objetivos. Ele que dá a ideia de bombardear todas as fábricas de True Blood, forçando todos os vampiros a se alimentarem de humanos, causando tensão mundial. Além de ordenar o nascimento de novos vampiros para aumentar a "população" em uma possível guerra.
No último episódio, com praticamente todos da Autoridade mortos, restando somente Bill, a série surpreende (por cinco segundos) quando este explode, fazendo acreditarmos (em vão) que ele morreu. Mas então a poça de sangue é focada e ele volta grunhindo como a aparição de Lilith fazia.
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Bill + Lilith = Billith? |
Com poucas reviravoltas e muita história, a quinta temporada foi morna e por vezes chata, mas o último episódio coloca-a de volta a um bom caminho. Porém, não parece que haverá muito mais história daqui para frente: quase todos os habitantes de Bon Temps já tiveram suas experiências ou se tornaram seres sobrenaturais, resolveram tais problemas e seguiram em frente, e o problema dos vampiros, agora mundial, deve ser focado somente na cidade, com uma caçada a Bill (ou fuga dele), o que resultaria no fim completo da Autoridade. A partir daí, os vampiros seriam livres para fazer o que quisessem ou outra Autoridade surgiria. Não podemos esquecer que o emissário dos humanos morreu. Guerra está a caminho. Apesar de parecer extensa, tal trama é facilmente resolvida nos 12 episódios da próxima temporada. A não ser que os produtores inventem mais seres mitológicos que gostam de andar em uma cidade minúscula.
1 comentários:
Medo do que pode acontecer na nova temporada....
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